sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ultimo Post do Ano :)



Que passem o ano nos braços de um anjo....
Seja ele o vosso amor, o vosso amigo... ou um perfeito desconhecido...
Abreijos

Ano Novo mesmo ali já na esquina

E pronto a noite tão sonhada e desejada por milhares de pessoas esta a umas horas de chegar... Para passar num instante e ficarem novamente 365 dias a espera dela.
Confesso que nunca achei muita piada a passagem de Ano Novo...Não gosto de comemorações por obrigação… porque é uma tradição … E para desejar sorte, felicidade, dinheiro, amor ou mesmo sexo… faço-o recorrentemente a quem gosto e não espero pelo 31 de Dezembro à meia-noite.
Para dividir momentos especiais… para criar momentos especiais… para fazer resoluções posso fazer quando bem me der na gana ou na vontade.
No entanto ela chega… uns anos parece que mais rápido outros de uma forma mais lenta… mas chega sempre 365 ou 366 dias depois de a termos passado… E lá vamos nós em parelha festejar novamente… entre abraços e beijos… desejando tudo igual que no ano passado… mas sentindo na realidade?
 Por isso e porque nunca fui de “panos quentes”, e não sendo cega na realidade dos tempos que correm…sabendo conscientemente que o ano de 2011 vai ser difícil, desejo a todos os que tão amavelmente cá passam e dividem estes meus Loucos Idealismos comigo um ano cheio de sucessos nas vossas ligações a nível pessoal, rodeiem-se de amigos, daqueles verdadeiros… que estão sempre lá… daqueles que não se importam de caminhar lado a lado connosco no meio do nada quando chove torrencialmente ou na canícula do calor….
E tenham força… e saúde muita saúde que quando ela existe nada nos pode meter medo.
Deixo-vos com uma frase anónima que li e que resume em muito aquilo que tão paranoicamente as vezes, escrevo por aqui:
“ Quando o fim do mundo chega para a lagarta ela transforma-se em borboleta!”
Feliz Ano Novo…. Luz, paz e muito amor!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Balanço

Estive para não fazer um balanço do ano... Engraçado com todas as pessoas que falo parece que este ano é daqueles que passam e não deixam marca! Que são para ser esquecidos.
Pelo menos é o que todos me dizem, mas eu como não poderia deixar de ser não concordo... Rais parta esta minha mania de ser do contra.
Não concordo porque sinto que todas as experiências que vivenciamos, tudo aquilo que passamos, todas as cruzes que carregamos servem para nos moldar, tal qual barro nas mãos de um oleiro, naquilo que somos.
Pensando bem, e pondo a mão na consciência nunca gostei de nada fácil, de nada dado… sempre fiz questão de merecer o que tenho… cada nódoa negra de alma é uma vitoria minha de crescimento e evolução.
Em jeito de balanço de forma a ficar registado este ano, quem sabe de transição e de mudança cá ficam os meus pontos mais negativos e mais positivos… quem sabe depois de ver escrito resumido por pontos, não chego a conclusão que o ano até nem foi assim tão negro.

Pontos Negativos:

(Definitivamente foi um ano de hospitais e doenças)

·         O meu pai foi operado ao coração, correu mal e teve quase 2 semanas de coma,
·         O meu avô sentiu-se mal e ia parando ao hospital
·         A minha mãe teve problemas nervosos e foi mesmo lá parar
·         O meu cão mais novo, teve problemas e ainda hoje não se sabe ao certo o que aconteceu
·         O meu cão mais velho teve duas vezes momentaneamente paralisado sem conseguir andar.
·         Voltaram os meus problemas nas costas
·         Amigos com problemas no trabalho (eu sem conseguir ajudar)
·         O carro que eu comprei, para as minhas deslocações deu problemas (agora esta a ficar bom, espero eu!)
·         Os abutres (não vou dizer quem), aproveitaram momentos de fraqueza e aproximaram-se do meu pai e estão a criar desentendimentos em casa
·         Mais algumas merdas, daquelas que não matam mas moem… conclusão um ano de sobressalto…


Pontos Positivos:

·         O meu pai saiu sem lesões do coma
·         A minha mãe esta estável embora ainda tenha dores de quando a quando
·         As paralisias do meu mais velho foram pontuais e ele conseguiu recuperar os movimentos
·         Sai de um emprego que me bloqueava e atrofiava
·         Comecei o meu sonho
·         Maior relação de proximidade com a minha mãe
·         Voltei ao ginásio em força
·         Retomei convivência com companheiros de alma
·         Conheci companheiros de alma.
·         Voltei a escrever
·         Retomei o meu namoro
·         E mais alguns arco-íris no meio das nuvens que se acostumaram, a aparecer no meu dia-a-dia.

No meio do balanço posso dizer que embora o mau tenha tido uma predominância com um impacto maior naquilo que foi o meu ano, e que não me permitiu descansar as costas entre cada pancada, serviu também para me fazer contestar quem de facto esta do meu lado… quem me apoia incondicionalmente mesmo dando-me na cabeça, quem esta lá do outro lado apenas com uma chávena de café na mão e o ombro disponível para eu puder repousar por 5 minutos sem dizer nada… só lá estar e ponto.
E permitiu também criar laços… fortes e seguros! Indestrutíveis o difícil tem essa vantagem… quando passamos por ele… sejam tormentas, calamidades ou terramotos e saímos do outro lado… não só saímos mais fortes mais nós, como quem sai do nosso lado de mão dada connosco, lado a lado… Fica na nossa vida, impresso a laser na nossa alma para não mais sair!
Foi sem dúvida um ano f@odido, mas na minha terra costumamos sempre dizer Filho-da-Put@ por Filho-da-Put@ sou mais eu que agarro o touro pelos cornos.
Estas no fim… muitas lágrimas depois e sorrisos envergonhados estas no fim e eu estou aqui de pé… Magoada, ferida mas de pé!
Venha o próximo…

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Memorias a preservar


Nos meus 33 anos de vida (feitos fresquinhos ainda este mês), aprendi que na vida as memórias são valiosas… Não interessam se são boas ou más, são recordações daquilo que somos, do que éramos e do que porventura poderemos vir a ser (esta foi profunda).
Hoje foi um dia de aprofundar memórias, criar registos no meu subconsciente, foi dia de estar com o meu avô, de o ver, de olhar os seus olhos até decorar a cor meio violeta que eles ficam quando está emocionado, de o ouvir falar até o som da voz ficar gravado na minha alma…
O meu avô, é um homem duro, vivido, sofrido… de uma inteligência acutilante… Não me lembro de ele me ter feito um mimo, a não ser quando já vinha um pouco alegre do café depois de jogar uma sueca, uns dados ou uma malha… O que ele gostava de jogar a malha… até dizia que queria ser enterrado com o jogo… a doença tirou-lhe mais essa alegria!
Mas mesmo não sendo propriamente terno é o meu melhor amigo… o meu mais fiel confidente, com quem falo do mais problemático da minha vida ao mais banal… com quem choro de tristeza pela sua solidão tão densa que até dificulta a respirar, com quem rio do mais pequeno disparate que passa a qualquer pessoa menos a nós os dois.
Aprendi a conhecer chás com ele e a que fazem bem… mezinhas que ninguém liga mas que ajuda tanto em certas alturas… Aprendi no fundo a ser quem sou! Gostem ou não!
Ensinou-me a ser fiel a mim mesma, a nunca baixar os braços, a não permitir que me fizessem sentir mais fraca… as palavras dele florescem tantas vezes a minha memória “se não for com as mãos é com os pés, com a cabeça, com os dentes ou com uma pedra. Mas és minha neta e não te ficas!”
E não me fico, não o fiz na altura, não o faço agora… Mesmo quando a vida se torna tão dura que cada passo é um tormento… porque sou neta dele… Desse homem magnifico que me ensinou a andar pelos meus próprios pés e a ter orgulho do caminho que traço.
A ser Mulher… com M grande e a não ter vergonha disso.
Obrigada!


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O mesmo de sempre

Lá passamos outro Natal, alguns bem, outros mal, alguns que morreram no dia e outros que nasceram. Assim é a vida feita de encontros... desencontros. Alegrias e tristezas.
Tal como isso tudo, temos os famosos discursos dos homens do poder, dentro dos seus fatos de marca, com o seu semblante 35, um ar modesto e natalício como quem quer dizer “cá estamos nós os mártires do país que tudo fazemos para o vosso bem-estar”
Não muda nada, impressionante… nem a cor do fato, nem o tom do discurso…nada!
É assustador saber que vivemos numa época do come e cala… fala esta gente do Salazar! Afinal o que podemos dizer deste homem? O que sabemos nós dele? De qualquer politico… Colocamos a nossa vida na mão de um homem que não conhecemos, que não sabemos do que é capaz.
E eles tornam-se donos do país e das nossas vidas!
Democracia… A ironia da palavra é arrepiante nesta altura!
Metade do país não sabe o que significa, e a outra metade está-se nas tintas para ela, desde de que continue a viver a sua vidinha medíocre, envolta em fantasia esta tudo bem.
É tão fácil enganar quem quer ser enganado… tão estupidamente fácil.
Tapa-se o sol com a peneira, vemos o dinheiro passar de mão em mão, cada vez mais sujo… fecha-se acordos…queimam-se provas.
E o povo? O povo é sereno… reclama por reclamar porque esta habituado a desfilar sempre o mesmo fado… o mesmo destino medíocre… As lamurias sucedem-se mas se perguntarmos então e o que fazemos para mudar isto? Vemos o fugir de olhos, e o pensamento gritante… “Eu? Eu nada que tenho mais que fazer e mais com que me chatear”
E continuamos carneiros… de homens que não são mais que nenhum de nós… que fazem as coisas porque permitimos… porque fechamos os olhos!
Porque somos serenos!
Basta… rebelem-se, lutem. Actuem… com ou sem razão, não interessa mas façam algo!
Deixem de lado as greves e as palavras de ordem que valem o que valem… que são lançadas ao vento e depois esquecidas…
Agarrem o destino com as vossas mãos! Se somos nós que os pomos lá tem de se exigir o que foi prometido para lá irem.
E parem de se contentar com o pouco… exijam o muito…
Façam deste país novamente o orgulho dos seus habitantes…
Um destino não se faz de uma vez só mas de pequenos passos… comecem a dar o primeiro!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Smile



Deixo aqui uma musica que adoro... e que me faz ficar sempre com um sorriso na cara mesmo quando acompanhado por uma lágrima...
Sorriam...limpa a alma e acende o coração!
Eu sei que custa mas quando se cria hábito é muito fácil de conseguir!
E nada como encarar a vida com um sorriso na cara!

Profissão dificil

Ora cá estamos nós no fim de mais um Natal, péssimo no meu caso, mas que não é novidade nenhuma pois já estava a contar com isso, e cá volta a televisão portuguesa o mesmo programa natalício de sempre, que inclui a criança que não cresce (será que é porque passa todos os natais sozinho em casa?) às emissões da missa do galo e de circo.
Não vou comentar como foi o meu Natal, descansem, não vou para aqui criar um rol de cortar pulsos, mas ao estar a olhar apaticamente para a TV, acabei por dar por mim a pensar em duas coisas:
1º Continuo a não achar graça nenhuma à utilização de animais em circos!
2º Continuo a ter uma admiração enorme pelos palhaços.
Sempre adorei o circo, a magia por trás dele, o empenho, o amor e a dedicação das personagens que habitam os nossos sonhos mais férteis. Os malabaristas, as contorcionistas, os equilibristas… mas admiro sobretudo os palhaços… para mim uma profissão difícil e nobre.
Aliás se formos ver fazer chorar é fácil, uma música num momento difícil, um poema… um livro que nos toca, uma imagem num filme… mas fazer rir é tão mais difícil… tão mais completo!
E depois nada tem de ficção! Não se pode dizer, corta! E recomeçar novamente se houver engano se não nos parece engraçado… ali é cara a cara… nós e eles… e tantas vezes nos fazem rir estando eles a chorar por dentro!
E os que nada falam… nada dizem mas que nos fazem chorar a rir só com a expressão corporal é fabuloso… Por isso e porque estamos na época que mais nos lembramos destes artistas maravilhosos que tantas dificuldades passam…ciganos da arte! Lutadores de tradição o meu aplauso de pé e o meu agradecimento por me terem permitido sonhar quando menina.
Faltam 6 dias para o final do ano… Ufa que isto nunca mais acaba!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Como se consegue?

As vezes gostava de me conseguir dividir em duas, de conseguir agradar a toda a gente.
Engraçado pensar isso quando no meio disto a única pessoa que acaba por sair prejudicada sou eu, pois ao querer que todos fiquem bem eu acabo sempre por ficar mal e a sentir-me entre a espada e a parede.
Engraçado este ano, onde as coisas passaram como em saltos… e eu cheguei ao Natal sem o sentir ou desejar e a um novo inicio do ano deprimida e em baixo.
Gostava de ter uns comprimidos que me fizessem ficar feliz, alheia a tudo, egoísta de sentimentos mas não consigo… neste momento acho que já nem chorar consigo.
Sinto-me uma falsa, que tenta manter um sorriso na cara quando o que me apetece e isolar-me de tudo e de todos, fechar os olhos e não acordar tão cedo.
Acho que já nem rir sei… perdi no meio disto tudo a capacidade de me defender das agressões exteriores de me isolar, e a verdade é que as pancadas são muitas e parece que cada dia mais fortes.
Por isso lá terei eu novamente de endireitar os ombros, colocar o sorriso nº9 no rosto e ir para a festa familiar… quem sabe no meio dos doces… pode ser que as pancadas parem… as costas aliviem e eu passe uma noite razoavelmente boa…
Noite Feliz!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O doce do meu Natal

A parte do meu Natal que eu considero mais doce é sem dúvida o 23 á noite e o 24 de madrugada.
Não fiquem confusos que eu explico, trabalhando eu e a minha mãe seguido nas lojas na semana de Natal e saindo tarde no dia 23 e suficientemente tarde no 24 para puder preparar os doces da ceia, acabamos por criar uma espécie de hábito que se vem arrastando de ano para ano de fazer os doces depois do serviço, pelo menos os mais resistentes e antes de entrar ao serviço os mais delicados.
Sendo assim hoje à noite lá iremos as duas para a cozinha, tratar de fazer a Aletria, Arroz Doce e rabanadas, mas aquelas do norte com calda de vinho do porto, que são bem melhores e mais calóricas, entre risadas e despiques, momentos de silencio em que os pés já não aguentam o corpo e a mente esta tão alienada que se torna mecânica criando momentos cúmplices de silêncio.
Terminados esses doces, onde a decoração a preceito com a canela fica a cargo do meu avô que sempre tratou disso (diz que ele que põe menos canela que nós… Mas cá para mim também já é algo que esta incluído na tradição), rumamos as duas para a sala vegetar em frente a televisão, até eu adormecer já que estou acampada na sala e ela entrar em dormência no sofá…pequeno descanso para depois da parte madrugada da manha fazermos o leite-creme e os sonhos e o cheiro invadir a casa e acordar todos para o pequeno-almoço.
Adoro este momento repartido com a minha mãe na cozinha com companhia dos nossos amigos de quatro patas sempre entre as nossas pernas, de nariz no ar a espera que lhes caia alguma coisa, ou pior ainda a espera de nos fazer cair a nós.
E visto que o Natal é isso mesmo o dividir momentos com a família este é sem dúvida o mais especial para mim…
Feliz Natal a todos, o que passam e deixam mensagem, ou que passam apenas para ler o que aqui divido. E aproveitem a época pelo que ela é, com alegria, carinho e amor e lembrem-se que os maiores tesouros que temos são partilhar aquilo que melhor somos com quem mais amamos.
E riam, gargalhem até vos vir as lágrimas aos olhos, limpem a alma e aproveitem a maior dádiva de todas a união! Já basta o restante ano para nos sentirmos solitários… pequenas ilhas no meio da multidão.
Luz!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O meio...


Sou sagitário, signo fogo no que isso possa implicar, por isso nunca entendi essa história de "o copo estar meio cheio ou meio vazio". Para mim ou o copo tem liquido ou não!
Sei perfeitamente que a frase, tal como tantas existentes sejam elas exportadas ou importadas, tem conotação com aquilo que poderá ser a nossa vida, esteja ela direccionada para o meio cheio ou o meio vazio.
Mas eu vejo as coisas de forma diferente, se ele esta cheio de coisas boas ou não, isso não é o importante aqui, deverá ser absorvido e despejado, para que quando vazio possa ser novamente enchido com novas experiencias e vivencias.
Poderei estar a fazer uma tempestade num copo de água, mas enerva-me as pessoas que se satisfazem com o meio-termo, com a vida fácil… com as facilidades que a rotina pode trazer.
De qualquer forma não somos todos iguais, e cada um é como cada qual e quem sou eu para criticar quem seja, eu que não permito nunca que o façam com a minha. Ou para ser mais sincera permito a pessoas restritas e de suma importância nela.
Não posso no entanto ser conta as críticas, quando são feitas com o intuito de ajuda no crescimento e desenvolvimento sendo elas mais ou menos agradáveis devem ser ouvidas, analisadas e usadas conforme nos convier… agora as criticas porque sim, aquilo que eu chamo o corte e costura… enerva-me soberanamente.
Não entendo as pessoas que conseguem passar um serão a falar de banalidades, da vida alheia… quer dizer entender entendo, basicamente a vida deles é tão nula que para terem algo que valha a pena, vivem a dos outros mas custa-me aceitar.
Principalmente depois da noite que tive ontem, quase perfeita, com trovões, trovoadas, e chuva, lareira e amigos especiais.
Com partilhas, risos, sorrisos e gargalhadas… com entrega… com dadiva… com desejos e partilhas… e tudo isto sem falar de ninguém a não ser de nós mesmos… sem comentar vidas alheias a não ser a nossa.
Serão propício a aquecer a alma e a deixar o copo cheio… e a mente tranquila.
Família não se escolhe, é imposta…supostamente… mas amigos são escolhidos… se forem escolhidos com cautela são um tesouro maravilhoso… agora irmãos de alma são uma dadiva e eu nesse campo tenho o maior dos tesouros… sou uma mulher rica, dona de não apenas um mais vários copos cheios.
A vida é feita de momentos mágicos… e o final de 2010 até esta a ser recheado deles… Modéstia a parte? Eu mereço…

Hold On



Maravilhoso é, quando ouvimos músicas como esta e pelo menos 4 pessoas aparecem imediatamente na nossa mente, sejam elas para nos segurar nos braços, ou para serem seguradas pelos nossos.
Irmãos de alma, que não precisam de tempo para aprofundar conhecimento mas que se detectam ao primeiro olhar.
Che Dio mi dia la forza di essere sempre quello che sono quando ho dalla mia parte. Ti amo

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ilusões



Estou numa fase de grande introspecção. Não é novidade nenhuma que me perco em pensamentos, muitos deles completamente absurdos e outros modéstia a parte nem por isso, mas talvez pela época que estamos e que de uma forma ou de outra nos bate a todos tenho dado por mim mais pensativa, digamos que em balanço de fim de ano.
Hoje especialmente nas minhas pesquisas de imagens pelo mundo maravilhosamente anónimo da internet dei por mim fascinada a olhar para esta, não fui eu que a descobri primeiro, mas nem por isso deixa de ser hipnótica.
E ao olhar para ela, deixando-me envolver pela sua essência dei por mim a pensar em ilusões, os vulgos castelos de areia, que todos sabemos fazer tão bem, embora nem todos com a capacidade de o construir na praia, numa tarde de verão, quando todos já regressaram aos seus lares.
O ser humano tem a capacidade maravilhosa de fazer castelos de areia, ilusões, todas elas grandiosas... mas a capacidade de sonhar nunca teve a sigla Q.B. a frente e isso é que faz dela uma escapatória tantas vezes necessária da realidade do dia-a-dia.
No entanto a realidade é que sendo essa escapatória mais ou menos usada e/ou exercitada, tenho a noção que hoje em dia as pessoas vivem basicamente num estado ilusório que torna ou tudo extremamente negro ou tudo brilhantemente cor-de-rosa.
Fazer uma simples pergunta como o que precisas para ser feliz? torna a mesma numa monumental tragédia grega ou pior ainda comédia romana... está certo não é algo que se consiga responder de uma forma curta e grosa, mas chego a conclusão que ou os parâmetros estão muito altos ou as exigências subiram de patamar.
Por isso e observando a imagem que anexo a este meu texto tão espantosamente cheia de pormenores, pergunto-me quando foi que a humanidade deixou de dar valor a pequenos momentos, instantes... pequenas demonstrações de carinho...pequeninos espaços de tempo que no fundo fazem a nossa vida ser o que é e como é!
Um grande momento é algo de estrondoso que nos arrebata a respiração, nos deixa momentaneamente sem fôlego, com palpitações... mas que depois de passar o primeiro impacto se desvanece até ficar uma ténue lembrança do que foi, isso se ficar. Mas um momento especial, pensado em pormenor, idealizado com alma, percorre a nossa espinha deixando-nos com pele de galinha e as pernas tremulas...entranhasse como se de um perfume se tratasse que usamos tanto tempo que já nem o sentimos mas que faz parte do que somos. E porque é simples acaba por ser absorvido por inteiro...de uma forma completa e única   
E agora respondendo a minha pergunta o que é preciso para eu ser feliz? Posso responder a isso de uma forma filosófica:
Para eu ser feliz basta que apareceram pequenos raios de sol de vez em quando por entre as nuvens grossas da tempestade.
Simples? Não! É tão mais complicado que isso...mas lá bem no fundo ser feliz é mesmo isso ser simples no meio da confusão que é a vida!


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Eu juro que tento...


Ontem teve mesmo de ser, por mais que quisesse adiar não dava mais, por isso com a alma pesada e a certeza que no fim a neura estaria presente e a dor de cabeça latejante, lá me enchi eu de coragem e parti para as compras de Natal.
As prendas de Natal para mim são meramente simbólicas, a época é que é importante ou deveria ser, não estivesse eu tão pouco virada para festejos.
De qualquer forma não me parecia bem chegar a noite de 24 sem ter nada debaixo da árvore, e como a despensa também já começava a apresentar teias de aranha, juntamos o útil ao agradável (isto do agradável sou eu a ser irónica) e zarpamos para o famoso Cascaishopping num domingo a tarde, domingo esse, o último antes do Natal!
Sim é verdade, confesso aqui, eu que nunca deixo nada para a última hora, deixei as prendas para o último instante humanamente possível.
Sai portanto de casa, eu e a minha companheira de luta e maluquices, em direcção ao que sabíamos ser uma tarde infernal…
Assim que chegamos foi a loucura, carros por todo lado, estacionados a maluca, sem respeito por peões, ou automobilistas, ou lugares marcados…mas como eu até me posso considerar uma gaja com um pouco de sorte, uma senhora ao sair do centro avisou-nos que ia tirar o carro e conseguimos arrumar.
Respiramos fundo 3 vezes, olhamos uma para a outra e partimos para desbravar esta selva perigosa e dura que é a selva humana em tempo de Natal.
Ora o centro estava como é natural nesta altura, cheio, lotado e pelas costuras… e podem pensar vocês as lojas estavam cheias! Não meus amigos engano, o centro estava as lojas não, agora expliquem-me por favor se forem capazes por raio, as alminhas vão para um centro comercial, num domingo, ultimo antes do Natal para passear no corredor??? Pois não sabem? Eu também não! Posso no entanto dizer que se por norma a maralha que costuma habitar este locais ao domingo são do pior que há, nesta altura superam o pior dos pesadelos de qualquer ser conhecido ou desconhecido. São estúpidas, mal-educadas, arrogantes, parvas, idiotas, burras… e o pior que tudo ignorantes… andam feito cordeiros de um rebanho com os seus modelitos berrantes, entre corredores, espreitando montras, desfazendo lojas, sem respeito por quem trabalha, por quem lá esta na sua infinita paciência para os aturar, ou não.!Porque também existe o contrario nos lojistas que se baseia basicamente no entra, serve-te paga e não me chateies.
Bem como este é um Natal diferente, com apenas um embrulho para cada membro por debaixo da árvore, e não! Não tem nada a ver com a crise, mas com o facto de não esperarmos na nossa família por datas para oferecer prendas, lá fomos as duas armadas do nosso melhor sorriso até as lojas já previamente decidias para as compras natalícias.
Agora dúvida impertinente e novo pedido de esclarecimento, alguém me explica porque será que numa altura de tão grande movimento e calor humano a lojas têm os aquecimentos ligados em temperaturas capazes de fazer derreter as calotes do Pólos? Eu sinceramente não sei, o que sei é que levamos com um bafo quente sempre que entramos numa, junto com odor corporal de milhentas pessoas sabe-se lá quem e depois quando saímos levamos em cheio com o frio dos corredores… e neste entra e sai não ficamos com uma tuberculose em cima por sorte… porque somos apertados, apalpados, empurrados… e sujeitos a milhentas bactérias e vírus alheios, sempre que por azar a loja escolhida esta cheia até as bordinhas de gente a passar o tempo.
Feitas as compras, terminados os embrulhos, os pagamentos e os votos de um Feliz Natal a quem nos agradece desejosa de se ir embora para casa tomar um banho de hora e meia, seguimos para o supermercado, tratar de refazer a despensa e abastecer o necessário para tornar a mesa festiva colorida e alegre… estava quase vazio… de pessoas o que é bom… e de mantimentos o que é péssimo pois obriga-nos a ser criativas e substituir os itens na lista por outros que não nos faça ter que lá voltar antes pelo menos da semana de Ano Novo.
Posso dizer que criatividade é algo que não nos falta… mas que se resume num acréscimo de mais pelo menos uma hora nas compras.
Arrumado o ultimo saco, lá tivemos nós de percorrer meio centro, pois o carro estava na con@ da tia, por entre mar de gente… entre desculpe dá-me licença e posteriormente olhe sai da frente ou quer que o tire eu!
Arrumamos as compras no carro e voltamos para um café… numa mesa! Porque também somos gente e confesso que nos encontrávamos já num estado de esgotamento tal que não éramos capazes de conduzir de volta a casa.
Posto isto voltamos com a certeza que ainda tínhamos uma hora entre o descarregar o carro e o arrumar as coisas na despensa, sim porque o idiota que disse que acartar para casa não custa devia levar um bom pontapé no cú, completamento esgotadas, sem vontade de proferir uma palavra que não fosse um qualquer disparate que tivéssemos visto sem ser comentado e que servia naquele momento para nos manter activas e despertas.
Chegamos a casa, meio vivas meio mortas com a certeza que o Natal esta a porta e desejosas que ele chegue, passe e se despeça com um até para o ano se não mais calmo pelo menos mais festivo e muito mais desejado.
Porque verdade seja dita quando as coisas são desejadas, são tão mais facilmente passadas….

sábado, 18 de dezembro de 2010

Terras Verdes


Tenho desde de que me conheço um fascínio pela Escócia. Não sei se será pelos verdes dos campos, pelas altas escarpas, pelos castelos... ou até mesmo pelo sotaque mas a verdade é que tenho.
Temos de ter respeito por homens que usam saias, sem nada por baixo segundo tradição e parte para a luta, sem medos… com alma guerreira e nobre.
E hoje estava aqui a iniciar um balanço de 2010, e o mesmo estava a ficar tão negro que eu recusei-me literalmente a continuar a faze-lo e deixei o pensamento partir para outras paragens e outros desejos, mais verdes… mais bonitos… mais energéticos.
Ultimamente ando assim a fugir do que me deixa deprimida e triste… por enquanto tenho ganho a corrida… mas com a proximidade do Natal vamos ver até quando!
Voltando a Escócia, terra do monstro do lago de Ness, tomei a decisão que no próximo ano de 2011 a quero visitar. Tipo mochila as costas sem hotéis… mais um bed and breakfast, para entrar em contacto com a verdadeira gente de lá, sentir o verdadeiro sotaque, beber directamente da fonte dos conhecimentos das gentes daquela terra.
Por isso e embora ainda não estejamos perto das badaladas da meia-noite que dão por terminado este ano dos infernos, inicio aqui já o primeiro item da minha lista de resoluções.
Ir à Escócia… a terra dos highlander’s que tantas vezes me fez ficar colada ao ecrã a ver primeiro os filmes e depois a série.
Vou estar lá! Sentir a energia dos homens valentes do passado… absorver conhecimentos que não se lêem nem se aprendem… sentem-se!
A primeira da lista esta feita… vamos a próxima!

Nova obsessão



Ouvi esta música por um acaso, aquando andava nas minhas deambulações pelo You Tube.
Fiquei obcecada com ela, adoro a letra, o video clip, a voz.
Valente portuguesa... não foi pelo fado... entrou pelo Jazz!
Excelente... Divido com vocês

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Renovada Q.B.


È impressionante como um pouco de tempo comigo mesma me deixa renovada.
Não foi o que precisava, nem de longe nem de perto, mas ter uns minutinhos para ir ao meu mundo, faz milagres e eu estava mesmo a precisar disso.
Tive de dispensar a vela e o incenso, o meu avó já esta por cá para passar as festas e é alérgico ao cheiro, e como estou temporariamente afastada do meu quarto, para ele estar mas a vontade e mais sossegado, optei por deixar a árvore acesa.  
O brilho doce das luzes brancas, reflectidas nas bolas de vidro, deu um ar dourado a sala que me fez descontrair, e facilmente criar o estado para puder entrar em meditação.
As saudades que eu tinha do meu mundo interior, dos meus guardiões, eram mais do que eu pensava e depressa me deixei levar pelas “boas vindas”, pelos cheiros e pelas cores.
Faço meditação já a muito tempo, mas confesso que só a pouco tempo consigo controlar a mente, no estado que quero…durante o tempo que quero!
Foi difícil ao inicio onde sempre que tentava meditar, todos os pensamentos, imagens e sensações se metiam no meio, tinha a ideia que para o conseguir fazer tinha de estar como nos filmes, de pernas cruzadas, com as mãos nos joelhos… agora medito de forma natural… e embora prefira a posição de Lotus, porque gosto de relaxar o corpo e de me sentir quase como fundir com o chão frio e duro, também medito deitada na cama… na noite… apenas para repor certas energias.
E ontem foi um dia desses… em que me deitei… me entreguei a luz da árvore de Natal, e acariciando o pelo do meu menino mais novo, quase que num ritmo hipnótico, me deixei ir… de encontro ao meu refugio a tanto tempo ausente de mim!
Acabei por não terminar a meditação, por não me despedir do local, pois no estado que estava… adormeci relaxadamente. Acordei como se tivesse estado noutro local, o que em parte é verdade pois ao não dizer adeus ao meu espaço é como se não tivesse saído de lá.
Foi uma noite minha… egoísta… isolada… reconfortante!
Ainda não estou a 100% mas a 80% já me encontro… Pronta para terminar este ano de 2010 que pouco me trouxe de bom a não ser aumentar a minha capacidade de resistência ao sofrimento.
Sinto-me quase nova! Mas com forças redobradas… Não devia ter deixado passar tanto tempo!
Vivendo e aprendendo… até as mais duras precisam de um repouso… E tive o meu ontem e soube-me pela vida!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Preciso de tempo...

Adoro a minha língua (não a minha literal mas a língua portuguesa), e o que ela nos permite fazer.
Como um pequeno senão numa frase, um pronome, uma acentuação ou um sinal ortográfico altera tudo, muda todo o sentido da frase e do que queremos dizer.
Por um lado sempre gostei dessa liberdade que ela nos trás de sermos ambíguos de dizer as coisas de uma forma especifica para serem entendidas da forma que dá jeito aos outros, apenas para serem rectificados quando nos interessa. Por outro enerva-me as meias palavras ou o duplo sentido numa frase!
Baralhados? Eu também, mas adiante, as coisas tem sempre dois pesos e duas medidas por isso, é normal não ser 100% certo no que dizemos e no que fazemos.
Este texto surge a propósito de uma frase que já tantos relacionamentos desfez, tantas lágrimas causou e tantas desilusões alimentou. A famosa frase: “Preciso de um tempo!”
Eu por mim falo, a primeira vez que me dizem isso, é a ultima, pois eu sou uma moça muito dada e quando mo pedem dou logo todo o que quiserem e pelo tempo que eu quero, que será… vejamos…. Muito!
Mas a frase por si só tem outras conotações consoante a entoação e os acrescentos que lhe fizermos.
Se eu disser “Preciso de um tempo para mim” significa que preciso de relaxar a cabeça, sem me preocupar com nada, sem relógio ou compromissos, ou timings… Não que preciso de um tempo para pensar… mas que preciso dele para não pensar em nada, Literalmente para não fazer a ponta de um corno.
Não tem de ser uma semana, nem um dia muitas vezes tem de ser… as vezes, basta uns minutos, só meus, no limbo onde nada se passa, onde não vejo nada e mais ainda não sinto nada.
Ultimamente tem sido difícil ter esses momentos que para mim são retemperantes, que me recuperam mais do que uma noite bem dormida ou um dia bem passado e isso tem feito as suas mossas e os seus efeitos secundários.
Tenho andado constantemente com a sensação de sindroma pré-mestrual onde tudo me enerva e me altera o temperamento. Esqueço-me das coisas, das datas, dos compromissos… esqueço-me e isso é mais grave ainda de mim! Do meu bem-estar!
Porque como diz o leite Matinal “se eu não gostar de mim quem gostará” e eu já passei essa fase… a fase de olhar ao espelho e ter vergonha do reflexo… de não querer ser o que via do outro lado! De não gostar do que eu era… do que eu podia ser! De me boicotar!
Por isso chego a conclusão que preciso de um tempo para mim… só para mim… de uma forma o mais egoísta que possa pensar! Não é um tempo especial, para fazer isto ou aquilo, que todas as mulheres gostam e que eu não tenho a mínima paciência. Não é de um tempo sem nada nem minguem, sem ouvir conversas, sem ver pessoas, sem ter contacto.
Só eu e o meu eu interior… uma vela… um incenso… o meu cristal rocha! O som da água a correr, da minha respiração a ficar pausada… e deixar-me ir para o meu refúgio, para o meu campo energético interior, que me restabelece e me dá força!
Tenho saudades do que envolve essa passagem, do sentir a luz suave da vela por entre as pestanas, de sentir o cheiro a âmbar do incenso, do concentrar a cabeça no som da água, do relaxar o corpo consoante a respiração, o inspirar… o expirar… a sensação do chão por baixo do meu corpo… e o perder a noção de onde estou! Do abrir os olhos para o mundo criado por mim com as suas cores brilhantes, com a água da cascata que lá esta colocada para me dar energia… paz… do sair dela nova! Única! Mais eu… do dizer adeus a quem a guarda…do despertar para o meio real, para as sensações do presente… a dormência das pernas, o peso do corpo, a respiração… a musica… o incenso… a vela!
Por isso sim! Quero esse tempo… mais que isso desejo-o com uma paixão quase selvagem!
E como tudo o que quero consigo… vou tê-lo hoje… com toda a intensidade que o rodeia… com toda a vontade que me preenche.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Era uma vez


Ontem nas minhas deambulações por uma conhecida rede social (o famoso Facebook), numa conversa entre mim e as minhas irmãs conhecidas pessoalmente ou ainda não (mas a faltar pouco queiram os Deuses), veio a “baila” uma conversa que confesso aqui me deixou de queixo caído.
Ora passo aqui o resumo, uma suposta senhora, “amantizada” com o pai do filho de uma minha amiga, fez questão de dizer à criança (criança convém aqui esclarecer com 5 anos), que o Pai Natal não existe.
Fiquei incrédula por um momento, depois ofendida, fula, f@dida e por fim triste… A sério triste, o que se passa com os adultos de hoje em dia? Que tendência é esta de acabar com o universo imaginário das crianças?
Não sou psicóloga, muito menos mãe, mas já fui criança e ainda agora como adulta o imaginário para mim é uma mais-valia, um refúgio, qualquer doutorado na área infantil de psicologia por mais ele próprio, alucinado, saberia dizer a esta senhora que a imaginação de um infante não é apenas um processo, mas algo de suma importância no seu desenvolvimento de carácter e personalidade.
Pergunto-me se com o andar da carruagem, vamos deixar de ouvir, nas noites frias embrulhados numa manta, o inicio sempre delicioso de “Era uma vez…”
Que interessa que seja lenda ou histórias da carochinha, o Pai Natal, o Coelho da Pascoa ou a Fada dos Dentes, faz parte da imaginação dos mais novos, e se deitaram-mos as mãos as lembranças mais doces dos nossos tempos de meninas, vemos que é uma das alturas que recordamos com mais carinho!
É engraçado como a sociedade hoje em dia tem dois pesos e duas medidas, perdem tanto tempo com festividades como o Carnaval ou o dia das Bruxas, também eles do campo imaginário das crianças e depois destroem a magia, ela sim especial e com lições de união, fraternidade como o Natal.
A verdade é que não estou propriamente Natalícia este ano, confesso e não nego, mas também não sou assim tão estupidamente amarga para estragar a fantasia de uma criança!
A preparação da chegada do Pai Natal, o deixar o prato com as bolachas e o copo de leite, a excitação de ir para a cama, o acordar de manha para as prendas, não é banal é mágico, para os pequenos e para os adultos, estragar isso devia ser considerado crime por parvoíce mórbida.
Já não basta as crianças não saberem brincar, não puderem correr nos campos, subir as árvores, lidar com o que melhor a terra nos dá, ainda aparecem estas aventesmas a estragar aquilo que quem verdadeiramente tem direito sobre a educação deles lhes tenta transmitir.
Vá lá malta controlem o Grinch que há em vocês, eu tenho motivos para querem passar o Natal a dormir e mesmo assim faço um esforço de falar com cada criança que por mim passa com paciência e carinho e de forma a prolongar o espírito natalício, porque o Natal é deles, não nosso!
E tentem recordar os vossos tempos, em que andavam atrás dos pais a pedir uma história na hora de dormir… vão ver que as crianças serão muito mais felizes agora e muito mais fortes em adultos.
Lembrem-se Filho és… Pai serás! Chegam lá com consciência! E eduquem os vossos e deixem os filhos dos outros em paz!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Deixem-me rir a ver se não choro!


A sério o Universo só pode estar a brincar comigo, não é que me considere assim de tão suma importância para ele perder o seu tempo nesta brincadeira de rato e gato, mas só pode ser isso mesmo.
É impressionante como sou constantemente testada, como me sinto a ser levada ao meu limite, que embora grande, estou a um pouco de não conseguir controlar o que ai vem… e a verdade é que não vai ser nada bonito de ser ver.
Sábado escrevi bastante convicta que não iria lutar mais contra a maré, que ia deitar a toalha ao chão e dar-me por vencida… não derrotada, vencida!
Que ia retemperar forças, estabelecer margens… evitar dores de cabeça dos outros pois as minhas já são demais.
Ora a que conclusões me fazem chegar? Que se não lutar contra a maré, a put@ da corrente me vai fazer ir pela barragem abaixo.
È que não é normal, não é mesmo! Não sou eu a fazer-me de coitadinha desgraçadinha, protagonista de um qualquer fado de taberna… é que parece que lá em cima alguém decidiu fazer o meu ano de 2010, algo típico de uma comédia/tragédia grega.
Não vou fazer neste texto um balanço do meu maravilhoso ano, vou deixar isso para mais perto do fim, para puder chorar, berrar, gritar tudo o que bem me apetecer até limpar a alma para um novo que vem a caminho, mas vou descrever aqui o que me sucedeu 24 horas depois do texto que tão convictamente escrevi.
“ Domingo dia 12 de Dezembro de 2010, pelas 9h00 da manha, levantei-me da minha caminha, após uma noite até repousante e o dia estava luminoso pelo que pensei que vinha ai um dia bom para relaxe e retemperar forças, fui ao WC tratar da minha higiene matinal, ao sair passei pelo quarto dos meus pais para ver como estavam os meus meninos de 4 patas, e ai é que as coisas começam a dar para o torto, o meu mais velho, já com uns simpáticos 13 anos e com alguns problemas de coluna, não consegue andar… fica a olhar para mim com aqueles olhos de venturina, num pedido silencioso de ajuda que me destrói a alma e mina o coração,
Aproximadamente uma hora depois, começa a reagir e a conseguir andar novamente, meio trôpego é verdade, mas já a andar, nesta altura já com uma dor de cabeça descomunal, mas disposta a não deixar que me deitem abaixo, estas partidas que ultimamente me fazem e porque tinha de testar o carro que adquiri para as minhas deslocações diárias rumo ao Seixal a casa do namorado. A viagem corre tranquila sem sobressaltos e ao som da M80, lá vou eu a relaxar pelo caminho e a tentar que a cabeça me deixe sossegada por algum tempo. Chego por volta das 11h20 mais coisa menos e resolvemos sair para almoçar e para um passeio a beira-mar
Após algum tempo na rua, e porque a dor de cabeça não passa, combinamos voltar para casa dele onde tomo algo para as dores, encosto a cabeça no colo dele, e ao fim de algum tempo consigo raciocinar sem ter sinos a tocar tal qual corcunda de Norte Dame nas têmporas.
Decido sair por volta das 19h00, para retornar ao meu poiso, convicta que o dia até se acabou por compor, relaxada e feliz, quando o Universo resolve brincar novamente no seu belo tabuleiro, e o meu carro começa a aquecer feito forno louco em noite de Natal, e eu acabo por voltar de reboque para casa, depois de ter chorado de raiva e me ter passado ao telefone com pai, mãe e namorado, e não foi com mais ninguém porque mais ninguém me tentou animar na altura.
Termino pois o meu dia apática por volta da 1h00 da manha com os sinos novamente em acção e com uma dor de estômago daquelas para acompanhar o ramalhete!”
Agora digam-me lá se não é de eu me começar a rir, para não desatar aqui a chorar?
Quer dizer é que não há cú que aguente…. Quem é que consegue com esta merda toda a acontecer, conseguir levantar a cabeça e seguir em frente de sorriso e nariz empinado?
Pode-se mesmo dizer que no fim tudo correu bem, que o meu menino está bem, pelo menos até a próxima crise, que o carro esta bom é apenas provavelmente a ventoinha, mas sinceramente ando cansada de ver o bem de todas as coisas que me acontecem, porque resumindo quem me tira o stress que apanhei, e as dores de cabeça com que fico? Ninguém!
O que me dá animo no meio disto tudo é que eu sou um osso duro de roer, e filha da minha mãe, uma cabra dura que não vai ser o Universo seja ele omnipotente, omnipresente e mais forte que eu que me vai derrubar!
Chega! Estou farta e cansada e não vais ser tu com os teus testes que me vão fazer não conseguir manter a cabeça erguida, as costas descansadas e a luz no rosto!
Venha a próxima estou aqui pronta para ela!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Vou ter de me bater a mim mesma.


Estive agora a dar uma revisão aos textos que ultimamente me tem saído e com excepção de um ou dois, os outros estão tão desmoralizados que até me apeteceu internar-me para uma cura de sono. Ou pior uma cura de choques a ver se deixo de estar parva.
Vá lá, mas que merda é que se passa comigo? Por muito menos se eu tivesse uma amiga a “falar” ou no estado em que eu estou já lhe tinha dado uma “pissada” daquelas e verdade seja dita, com toda a razão.
Confesso que ultimamente me olho ao espelho e não me reconheço, ando cinzenta, literalmente cinzenta, como se uma nuvem carregada estivesse por cima de mim, retirando-me a luz do rosto, colocando-me um peso nos ombros que não me deixa endireitar o pescoço e a cabeça.
Por isso hoje de manha quando acordei e dirigi-me até a cama do meu cão mais velho, quando lhe peguei, no seu corpinho preto e peludo, e ele olhou para mim com aqueles olhos dourados de venturina, e se espreguiçou no meu colo, confiante que eu sou a sua protectora que o meu colo é seguro… quando lhe sussurrei no ouvido “dormiste bem meu amor?” e ele me respondeu com uma pequena lambidela sonolenta… quando os outros dois acordaram porque me sentiram e se aconchegaram junto a mim, eu pensei que as pequenas coisas, são as que maior sentido tenhem, decidi… chega de lamentos, de cruzes as costas…
Vai ser difícil, porra se vai… difícil, duro, doloroso, cansativo… vai haver alturas que vou querer deitar a toalha ao chão… posso até continuar a exorcizar as coisas que me deixam mental, física e psicologicamente doente, com a alma ferida aqui nos meus textos mais duros… mas chega!
A sério chega de tristezas, de querer mudar o mundo, de o querer carregar as costas, não o posso, nem o consigo fazer e quem se f%de sou eu!
E neste caso acontece sem eu ter prazer nenhum o que é uma grande chatice.
Por isso a partir deste momento vou levantar a cabeça, pintar os lábios de vermelho, colocar rímel nas pestanas e me aguardem, vou viver cada dia, um de cada vez… e que venham as merdas todas, as chatices, os problemas, porque estou cá para eles… mas garantidamente não com a nuvem em cima, quero sol para ter luz e chuva que me limpe o ar, quero espaço para levantar a cabeça…. Quero deixar de não me reconhecer no espelho… e como eu sou tão mais eu e tudo o que quero consigo… nem que tenha de dar duas lambadas a mim mesma vou conseguir!
Os ventos mudaram amigos (essa é para ti M. obrigada por me estares a acompanhar desde do inicio) e desta vez vou soprar com eles!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Natal época de alegria?!?

Peço desculpa a todos os que andam excitados com o Natal, mas eu este ano pura e simplesmente não estou virada para ai.
O meu espírito natalício deve ter ido na corrente desta crise que toda a gente fala, mas que só alguns a sentem.
Confesso que já adorei o Natal e tudo o que o envolve, o fazer a árvore (que tinha de ser a 1 de Dezembro e desfeita a 06 de Janeiro), o decorar meticulosamente a casa, as iluminações nas ruas, o facto de as pessoas andarem mais alegres, menos cínicas, menos egocêntricas.
E o escolher das prendas para mim era uma animação, fazia lista, estudava escrupulosamente o que dar a cada um, cada prenda escolhida de uma forma prefeita com a personalidade e o que iria fazer o outro feliz.
Vivia o mês de Dezembro mais leve e raramente havia motivo para me tirar o sorriso da face, fosse ele discussões, cansaço, testes no tempo da escola… Nada!
Podia dizer que cresci e perdi o meu encanto pelo Natal, mas não seria verdade. Até a pouco tempo o meu carinho por esta quadra, era inabalável, o que eu queria lá saber se era uma época consumista, se pouco se ligava ao verdadeiro significado do Natal, nada abalava o meu estado de felicidade correspondente a quadra.
Mas a verdade é que de um tempo para cá tenho vindo a perder a vontade de festejar, confesso que esta ou outra qualquer….
Ando farta de as pessoas verem motivos para festas só porque sim, sem haver significado nas coisas que fazem.
“Vou dar uma prenda a fulano porque ele me deu, mas dou só no valor de 5€ porque ele de certeza que vai ao chinês”
Fod@-se a mentalidade das pessoas anda a cansar-me… sinto-me deprimida, triste, aborrecida, cansada, FARTA …
Farta da falsidade, da hipocrisia, da mentalidade pequena que se implementou na mente desta gente tal qual parasita se aloja no intestino das crianças e não as deixar crescer nem evoluir.
Perdi a vontade de celebrar, ando com um nó na garganta que nem me deixa engolir água, já marquei exames, análises clínicas para saber porque motivo não tenho animo, não tenho fome, não me apetece sorrir, mas isso é tapar o sol com a peneira o que eu ando mesmo é triste.
Triste de uma forma que até a mim, que raramente me incomodo com estas coisas me assusta. Tenho no meio da tristeza laivos de pequenas alegrias, ainda dou valor as pequenas coisas, mas deveria ser o contrário.
Por isso desculpem-me se não ando aos pulos feito ” put@ “ histérica na discoteca depois de ter tomado um ecstasy, porque é Natal, ou se mudo de estação sempre que o George canta o “Last Christmas”, ou se este ano as prendas vão reflectir o meu estado de ânimo, não estou virada para ai, e garanto se me atravessa a frente alguém com um barrete vermelho enfiado na cabeça o enfio noutro sítio….
Há e já agora como a época assim o exige “Feliz Natal” a toda a gente

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sensualidade.... Ainda existe?

Hoje dei por mim, sentada em frente do meu monitor a pensar que me apetece "escrever" sobre algo diferente. Não sou muito de ir contra aquilo que a minha mente me pede para fazer e estive aqui a pensar no que gostaria de desenvolver que ainda não o tivesse feito.
Passo bastante tempo em contacto com o publico, a minha vida seja por ter seguido o sonho, ou por ainda fazer aquilo que estudei para, tem muito a ver com o lidar com diferentes tipos, estilos e personalidades… Homens, mulheres, crianças, adolescestes e alguns híbridos indefinidos que muitas vezes se cruzam no meu caminho.
Devido a isso acabei, por me moldar de forma a assumir muitas vezes, tal qual camaleão diferentes estilos e posturas, que se por um lado podem não ter nada a ver comigo servem como um fato para uma personagem que me permite relacionar com todas as pessoas sem colocar em risco a minha sanidade mental e paz de espírito.
Ora o meu dia-a-dia permite, observar tal qual espectador de um filme que entra a socapa no cinema, sem ser visto, as pessoas na sua descontracção e “estupidez” natural sem se preocuparem com a imagem que querem transmitir mas sim aquela que realmente lhes é pessoal.
Se por um lado posso apanhar sustos de morte, ataques de riso, ou mesmo ficar incrédula e sem conseguir reagir durante breves instantes, noutras dou por mim a pensar que a sensualidade esta em extinção na raça humana.
As coisas estão a tornar-se simplesmente nisto, a sensualidade passou a sexualidade ou seja se eu fizer um buscar no Google por exemplo, tal qual sempre faço para encontrar uma imagem que acompanhe e descreva o meu texto, 99% das que apanho muito pouco consistem em sensuais mas sim em sexuais… onde dois corpos, em posições lascivas, enroscados um no outro nos dão a prefeita noção daquilo que quererá estar por trás.
Acreditem eu gosto de sexo, bem feito é um dos momentos de maior prazer e paz que se pode alcançar, divido com quem se ama, não tem explicação. Sou confesso sem falsos pudores ou parvos moralismos algumas vezes puramente sexual, onde o sexo é apenas isso, uma entrega animalesca, uma busca de conforto puramente e exclusivamente sexual.
Mas na maior parte das vezes, sou sensual, sou digo isso com a certeza de quem se conhece até ao fundo da própria alma, de quem sabe exactamente o que é e o que quer.
Dou valor a sensualidade, adoro-a, entrego-me a ela… adoro a sensualidade existente numa musica, numa dança, numa conversa, numa troca de olhar onde nada se diz apenas se mostra…. Gosto de quem sabe ser sensual, de quem me faz ser sensual…
A sensualidade para mim é quase como uma luta entre dois seres, sem obrigatoriedade de serem de sexos opostos… pode existir no mesmo sexo, porque o facto de o usarmos significa que a outra pessoa nos faz ser atractivos, nos faz entrar no jogo de sedução onde a conversa flui mais facilmente e o que é dito é mais compreendido pois não o é apenas em palavras mas também em gestos e olhares.
Gosto inclusive do jogo da sedução, com estranhos, onde ele é controlado por mim, mas que me ajuda no meu dia-a-dia laboral, pois em parte ser sensual consiste em “levar a água ao nosso moinho” sem atritos ou discussões que não levam a nada e só nos fazem ficar cansadas e com rugas… claro que muitas das vezes não temos paciência para isso, eu sei isso muito bem onde mando a sensualidade as urtigas levanto o nariz e parto para o bate boca literal, em ambos os casos as coisas acabam eventualmente a serem feitas a minha maneira, mas da primeira as coisas são muito mais fáceis de levar.
E depois temos o que mais prazer me dá, pelo menos a mim que é o da sedução com quem gostamos, uma roupa que revela sem nada mostrar, um olhar que aquece sem haver toque, uma palavra junto ao ouvido…banal sem significado mas que nos arrepia até a alma, um beijo inocente acompanhado de um toque sedoso da língua… um abraço… uma sugestão… uma dança…
A sensualidade é isso, é o controlo do nosso corpo usado para seduzir o outro, a mente, a vontade…
Uma entrega ao acto mais sensual e poderoso que existe depois de termos dado durante algum tempo algo de nós, não é um instante…. É um momento único… é algo memorável e delicioso.
Por isso e porque observo tanto no meu horário laboral pergunto-me onde para isso, onde para a sensualidade… não a vejo…pior não a sinto.
Hoje é tudo muito carnal, onde quando menos entrega existir melhor… eu gosto da dança… do fogo…. Das regras a serem quebradas… do perigo que a sensualidade exige do fazermos as coisas correrem conforme a nossa vontade… de sermos levados conforme a vontade de outro….
Exige inteligência, conhecimento, tempo, entrega… prazer! Prazer sem ser físico, que é o que vejo que as pessoas procuram hoje em dia.
Vivemos na época das fast food… das comidas rápidas de plástico… dos encontros fugazes no banco de um carro…
Eu gosto da comida temperada… feita com tempo, apurada em lume brando… para depois ser degustada e não comida a presa com os olhos presos no ecrã ou no mostrador do relógio…
Eu gosto de tudo que envolve esforço…luta…conquista! No resumo o que é a sensualidade se não isso mesmo… o esforço constante para agradar a nós e aos outros!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fascínio

Sou completamente fascinada por água, como aliás podem constatar pelos meus textos mais antigos...
Gosto de tudo o que tenha a ver com ela,  a sua textura, o seu toque, o seu sabor... Seja salgada ou doce, da companhia ou de piscinas, em lagos, rios ou mar!
Tenho consciência que não se cuida dela da maneira como se devia, mas por esta altura já não é de surpreender que não respeitamos as reservas naturais como deveríamos, de forma a evitar ficarmos sem os bens mais preciosos que a natureza, tão gentilmente, colocou ao nosso dispor.
A água, principalmente a que esta para ser admirada na natureza, acalma-me, sossega-me a mente e o espírito… é quase como se de um refúgio meu se trata-se, pois quando preciso pensar, ou mesmo apenas quando necessito de somente estar num estado vegetativo onde nenhum pensamento se prende, gosto de estar junto ao mar, prender-me no seu infinito e deixar-me ficar num uno, numa comunhão de estados… de mentes… onde a minha acaba por se dividir e o meu subconsciente transmite as respostas que procurava e que muitas vezes nem sabia que andava a procura.
Nas minhas deambulações pela internet, quer seja para “matar” tempo onde o meu cérebro se recusa a processar informação, quer seja a procura de inspiração para os meus textos que partilho com quem tão carinhosamente me segue, tenho por norma uma tendência forte para ir em busca de imagens de água com a particularidade de ser em preto e branco.
Gosto das imagens nessa cor, ou na ausência dela, que será o mais correcto neste caso de se dizer, esta forma de transpor a imagem, para mim é uma das mais bonitas, pois não me perco na magnitude brilhante das cores, limitando-me a absorver um pouco da alma do artista que captou aquele segundo para a eternidade.
Hoje a minha mente fixou-se nesta, gosto de cascatas, de imaginar quando olho para a fotografia, como deve ser o barulho produzido pelo cair da água por entre as pedras, que se irão moldar de acordo com a vontade e paciência da força rítmica criada por ela ao longo dos anos, quase que consigo sentir a água salpicada no meu rosto de cada vez que me aproximo mais da sua fonte, caminhando por entre o lago que se criou na sua base… sentindo as minhas roupas molhadas e pesadas e o meu corpo arrepiado pela frescura pura, pelo cheiro característico da rocha molhada…
O mais engraçado é que eu quando miúda, tinha um medo terrível da água, da sua força, do seu poder, lembro-me que me debatia tal qual gato selvagem quando a minha avó materna me tentava levar a molhar os pés nas margens do Areínho, uma praia fluvial no Norte.
Depois emigrei para África, para as águas quentes, tranquilas, pulsantes de vida, aprendi a nadar no mar sozinha, e a respeitar a sua magnitude, se por um lado não tenho qualquer receio das suas águas por outro, nunca o menosprezei…
Engraçado como são as memórias, como uma simples imagem pode despoletar flashes das nossas vidas, tais quais slides passados num retroprojector de uma qualquer sala de aulas.
E eu de menina medrosa da força do mar, passei a moça receosa, a adolesceste confiante e aventureira e por fim a adulta respeitosa que encara cada entrada nas profundezas desse mundo que é o mar como uma aventura a ser vivida, aproveitada com consciência, conta, peço e medida.
De todas as minhas lembranças, e eu sou sortuda, tenho bastantes, guardo uma, a minha primeira vez que deslizei, tal qual perdoem-me a falsa modéstia, sereia pelas águas escuras e quentes, da praia do Morro dos Veados, um local que guardo na minha memória e no meu coração, exactamente como vim ao mundo… onde nada se entrepôs entre mim, entre o meu corpo e o toque suave das águas salgadas do mar… Já repeti a experiencia, de cada vez que a faço, é mágica a sensação…única. Mas nada bate a primeira onde a única luz que tinha era o brilho pálido da lua no céu…
Era conhecida nessa praia por Menina do Mar, termo carinhoso que me foi dado por um homem ele sim do mar, cuja idade nunca soube, mas sei que a pele parecia curtida pelo tempo passado junto as suas margens, em contacto com o sal e a torrente do sol…. Dizia que nunca nos seus anos de pescador tinha presenciado algo assim, como eu… que melhor me dava dentro de água que fora, que independente das horas que lá passasse nunca saia com as mãos murchas ou os lábios roxos….
 E no fim de tudo isto não posso deixar de pensar… passaste de fugitiva do mar a sua companheira… e o mar passou de carrasco a confidente….
A vida dá muitas voltas…. Tantas que as vezes até fico com a cabeça zonza!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

33 anos

O tempo passa, rápido...veloz...sem esperar por nada nem por ninguém.
Parece lampejos de memória, ou de uma novela que para encurtar história passa uma imagem com a legenda "anos depois".
Os meus 33 anos passaram a correr, com momentos inesquecíveis por bons ou maus motivos, com alturas em que desejava voltar atrás para puder experimentar melhor ou aproveitar as experiencias que se sucederam na minha vida.
Tive gente a partilhar esta aventura que é a vida, que já nem das feições me lembro, gente que recordo com carinho, que sinto falta e saudades e pessoas que nem sequer me quero lembrar delas.
Fiz merda, muita porcaria que se não me arrependo serviu para evoluir como indivíduo e para ser o que sou hoje, que sei não agrada a todos, mas quem somos nós para o fazer.
33 anos, é uma idade marcante, digamos que uma meta que alcançada cria expectativas, almeja mudança e evolução na nossa vida. E eu sou uma exploradora constante e uma aprendiz incessante do que pode mudar, evoluir… e crescer na minha personalidade.
Sou no fundo uma comum mortal como todos os outros, que teve a sorte de ter, em alturas passadas e presentes, “mestres” que me acompanham com conselhos, apoio e colo e embora nem sempre siga os seus conselhos guardo-os com carinho para momentos futuros.
Fazendo um balanço sincero, sem dramatismos, posso dizer que foram uns bons 33 anos e que colocados na balança os bons momentos anulam os maus, nós humanos temos tendência em esquecer o que de bom temos e lembrar e perpetuar tal como carpideiras andantes os maus tempos, as lágrimas e as fatalidades.
Por isso agradeço, aos meus inimigos (que sei ter uma capacidade sobre-humana para os criar), aos meus amigos, aos meus irmão de alma, à minha família, tudo o que passamos… todas as gargalhadas, todas as lágrimas, as brigas, os mimos, os consolos… os momentos de silencio e apenas de partilha.
Agradeço aos que já não voltam e aos que estão para vir… por esta experiencia enriquecedora que é no fundo a vida. Porque já dizia o poeta…
“Viver não custa, o que custa é saber viver!”
Parabéns a mim…. Desejos para vocês todos.
Venha o próximo ano!

sábado, 4 de dezembro de 2010

As mulheres são de Venus os homens de Marte....

Todos nós já ouvimos com certeza esta bendita frase "as mulheres são de Vénus e os homens de Marte", verdade?  É algo que de vez em quando nos assola como uma piada ou como uma frase publicitária sobre um qualquer produto.
Poderia até ser verdade senão houvesse agora uma tão grande quantidade de híbridos que nos deixa tontos e desorientados sem saber ao certo quem é o quê.
Não estou a falar de preferências sexuais, nem a levar as coisas para esse campo, apenas no sentido de haver características certas para o lado feminino e o masculino que agora muito dificilmente se consegue distinguir em certas situações e ocasiões.
No meio disto tudo, do que assola a sociedade hoje em dia, eu sinto-me como uma estranha num mundo surreal, onde tudo esta de pernas para o ar e nada se parece com o que deveria ser
E se na realidade as mulheres são de Vénus, eu pergunto-me de onde raio serei eu!
Os ventos da mudança sopram cada vez com mais força e intensidade, no entanto parece que um cegueira global invadiu o planeta terra e iludiu os seres que nela habitam, e que tal como os ratos seguiram a flauta de Hamelin, seguem iludidos uma realidade nada verdadeira direitos ao precipício de sorriso nos lábios.
E esta sensação que me persegue tal e qual pesadelo sombrio, a mim e a mais alguns que continuam imunes a música hipnotizadora da flauta, tem-me deixado o coração apertado e um nó na garganta.
Sei com uma certeza tão absoluta que até assusta que as mudanças estão a caminho e que tal como tempestade de areia, vai chegar e infiltrar-se em todas as cavidades, em todos os sítios, em todos os lados, sem que possa ser evitada, sem que nada se possa fazer.
A sensação de impotência é tão imensamente grande, que me sinto um ser estranho de mim mesma, como se o meu próprio corpo as vezes não me pertencem-se, como se visse o mundo através de uma cortina de bruma, tão facilmente quebrada, mas tão dificilmente atravessada.
E por vezes quando me sinto mais em baixo, mais desesperada, menos forte, quando deixo que por uma milésima de segundo a brecha na armadura se sinta, se veja…Sou assaltada por sentimentos tão fortemente desesperadores que me interrogo como mais ninguém pode sentir que a terra sangra… como será possível não ouvirem o grito desesperado de alerta dos guardiões… daqueles que tentam manter um equilíbrio tão frágil como água que escorre por entre os dedos sempre que a tentamos segurar com mais força.
O mundo está surdo, cego, de alma e coração fechado aos pedidos de ajuda que nos assolam por todos os lados, e que se por uns breves instantes fechássemos os olhos e deixássemos de pensar exclusivamente em nós ouviríamos com uma nitidez tão incrível que seria como se os tivéssemos a sentir ao ouvido.
Não posso, nem quero e muito menos devo deixar a minha alma sucumbir a tristeza palpável que sinto por saber que quando se aperceberam das mudanças que venhem a caminho será tarde demais, nem vou ser eu a dizer o típico “eu bem te avisei”, mas a época que se avizinha vai fazer cair muitas máscaras, algumas delas que nem eu imagino mesmo estando a observar pelas brumas, e vai ser doloroso para muita gente…
Eu inclusive… sei com a certeza que vem da alma, que vou sentir a dor excruciante da verdadeira realidade, que embora imaginada nunca tem a verdadeira força da verdade preto no branco do que é. Não temo a mudança abraço-a de coração aberto, não temo a dor, estou habituada a lidar com ela, com a minha… com a dos outros… com a que me pertence por afinidade e aquela que acolho para mim como uma tentativa de alivio para alguém… maldita mania de ser guerreira e lutar as lutas que não são minhas, maldito feitio filho da put@ que me faz ser guerreira de uma batalha que sei que maioritariamente esta perdida, mas que me faz seguir em frente até não ter força para levantar os braços…sem uma palavra de agradecimento, sem uma mão que me ajude depois a ficar de pé… mas também que se f@dam tentativas falsas de apoio, faço o que faço porque quero e não porque sou obrigada, porque verdade seja dita ainda esta para nascer o c@abrão que me obrigue a fazer algo contra a minha vontade.
Acordem antes que seja tarde, revelem o vosso eu interior ao mundo, sem medo do que possam pensar, deixem de tentar ser aquilo que os outros gostariam que fossem mas mais que isso tudo, aprendam a olhar para o espelho e a gostar do reflexo que esta reflectido nele…

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Pergunta dificil!

Houve alguém a algum tempo atrás, que me perguntou o seguinte:
Como sei que estou apaixonada? Como nós sabemos se amamos alguém?
Na altura fiquei sem saber ao certo o que responder e confesso que hoje, passados já alguns anos sobre essa pergunta, continuo sem saber como podemos explicar um estado de alma, ou um sentimento.
É difícil, senão impossível colocar por palavras sentimentos tão grandiosos como o amor ou a amizade, certo? Quer dizer já muitos poetas o fizeram, de uma forma brilhante é verdade, mas palavras são palavras, e o que pode ser para mim não o é para ti.
Vejamos esta explicação como o tomar um remédio, o que te faz bem a ti pode muito facilmente criar alergia ao outro.
Podemos sempre dizer que amar, é rir com o outro, chorar porque ele está triste, sentir dor porque estamos separados, querer dividir a vida, quer prolongar a nossa existência com marcos ou situações. Mas ao certo ninguém consegue explicar o que é que se sente quando se ama, quando a paixão invade a nossa vida, sente-se e ponto tão simplesmente complicado como isso.
Somos de facto um “bicho” complicado, que nunca esta bem consigo mesmo, mas os sentimentos a nossa capacidade de sentir, erradamente ou não é sem dúvida das mais complicadas.
Sentimentos como o amor, o ódio são impossíveis de dizer ao certo o que são e porque são!
Sentimos apenas, como sentimos a batida regular do coração ou a respiração metódica, sentimos como se sente o vento no rosto sabemos que esta lá, apenas não se consegue descrever.
Deveria haver uma formula, básica, simples que dissesse o que é o amor ao certo, nós levantávamos de manha e fazíamos o teste, se desse estrela, sim se fosse lua não, era mais rápido menos complicado… mas tu cá tu lá!
E o contrário também, uma fórmula rápida e eficiente de sabermos se o outro está de facto apaixonado por nós, evitávamos dor, lastima, magoa, raiva, pena… Guerras!
Sim eu sei ao mesmo tempo, perdíamos emoção, sentimento, entrega, descoberta…
Merda de facto estas tretas do coração são muito complicadas mas como dizia Frederick Nietzsche:
“Há sempre um pouco de loucura no amor, porém há sempre um pouco de razão na loucura”
Sejamos então razoavelmente loucos na vida

Nada como um desafio...

Ora andava eu nas minhas leituras preferidas, quando me deparo com um desafio proposto tão amorosamente pelo “Retiro o que disse”, ora como não sou de me cortar e adoro um bom desafio, meti mãos as teclas, cabeça ao assunto e lancei-me ao trabalho.
Posto isto e como 7 era o número exigido cá vai a resposta…
7 Coisas a fazer antes de morrer:
Ø  Ir ao Egipto,
Ø  Nadar nas águas quentes das Caraíbas,
Ø  Ser mãe… Sim é um desejo que tenho,
Ø  Ver as amendoeiras em flor do alto de uma montanha num fim de tarde,
Ø  Estar com os lobos, sem nada a separar-nos,
Ø  Presenciar uma aurora boreal
Ø  Fazer o caminho de Santiago a pé.
7 Coisas que mais digo diariamente:
Ø  Amo-te,
Ø  Ai balha-me a Nossa Senhora da Agrela,
Ø  Bom dia
Ø  Posso ajudar?
Ø  Vais sozinho ou queres que te mande?
Ø  Se faz favor
Ø  Porra ( e outros piores)
7 Coisas que faço bem:
Ø  Ouvir,
Ø  Cozinhar,
Ø  Gargalhar
Ø  Apoiar
Ø  Acarinhar
Ø  Sorrir
Ø  Escrever (penso eu de que)
7 Defeitos meus:
Ø  Teimosa
Ø  Briguenta
Ø  Vingativa (as vezes)
Ø  Agressiva (com as palavras)
Ø  Desconfiada
Ø  Impaciente
Ø  Dorminhoca
7 Qualidades minhas:
Ø  Protectora
Ø  Lutadora
Ø  Decidida
Ø  Simpática
Ø  Amável
Ø  Compreensiva
Ø  Lutadora
Pronto desafio respondido, é algo complexo, escrever o que realmente queremos e somos e não aquilo que gostaríamos de ser ou que gostaríamos que fossemos.
Mas quando nos conhecemos, nada é impossível de ser fazer.