terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Era uma vez


Ontem nas minhas deambulações por uma conhecida rede social (o famoso Facebook), numa conversa entre mim e as minhas irmãs conhecidas pessoalmente ou ainda não (mas a faltar pouco queiram os Deuses), veio a “baila” uma conversa que confesso aqui me deixou de queixo caído.
Ora passo aqui o resumo, uma suposta senhora, “amantizada” com o pai do filho de uma minha amiga, fez questão de dizer à criança (criança convém aqui esclarecer com 5 anos), que o Pai Natal não existe.
Fiquei incrédula por um momento, depois ofendida, fula, f@dida e por fim triste… A sério triste, o que se passa com os adultos de hoje em dia? Que tendência é esta de acabar com o universo imaginário das crianças?
Não sou psicóloga, muito menos mãe, mas já fui criança e ainda agora como adulta o imaginário para mim é uma mais-valia, um refúgio, qualquer doutorado na área infantil de psicologia por mais ele próprio, alucinado, saberia dizer a esta senhora que a imaginação de um infante não é apenas um processo, mas algo de suma importância no seu desenvolvimento de carácter e personalidade.
Pergunto-me se com o andar da carruagem, vamos deixar de ouvir, nas noites frias embrulhados numa manta, o inicio sempre delicioso de “Era uma vez…”
Que interessa que seja lenda ou histórias da carochinha, o Pai Natal, o Coelho da Pascoa ou a Fada dos Dentes, faz parte da imaginação dos mais novos, e se deitaram-mos as mãos as lembranças mais doces dos nossos tempos de meninas, vemos que é uma das alturas que recordamos com mais carinho!
É engraçado como a sociedade hoje em dia tem dois pesos e duas medidas, perdem tanto tempo com festividades como o Carnaval ou o dia das Bruxas, também eles do campo imaginário das crianças e depois destroem a magia, ela sim especial e com lições de união, fraternidade como o Natal.
A verdade é que não estou propriamente Natalícia este ano, confesso e não nego, mas também não sou assim tão estupidamente amarga para estragar a fantasia de uma criança!
A preparação da chegada do Pai Natal, o deixar o prato com as bolachas e o copo de leite, a excitação de ir para a cama, o acordar de manha para as prendas, não é banal é mágico, para os pequenos e para os adultos, estragar isso devia ser considerado crime por parvoíce mórbida.
Já não basta as crianças não saberem brincar, não puderem correr nos campos, subir as árvores, lidar com o que melhor a terra nos dá, ainda aparecem estas aventesmas a estragar aquilo que quem verdadeiramente tem direito sobre a educação deles lhes tenta transmitir.
Vá lá malta controlem o Grinch que há em vocês, eu tenho motivos para querem passar o Natal a dormir e mesmo assim faço um esforço de falar com cada criança que por mim passa com paciência e carinho e de forma a prolongar o espírito natalício, porque o Natal é deles, não nosso!
E tentem recordar os vossos tempos, em que andavam atrás dos pais a pedir uma história na hora de dormir… vão ver que as crianças serão muito mais felizes agora e muito mais fortes em adultos.
Lembrem-se Filho és… Pai serás! Chegam lá com consciência! E eduquem os vossos e deixem os filhos dos outros em paz!

5 comentários:

M. disse...

Complicados er criança hoje. Te-las ainda mais...

O imaginário infantil está moribundo. Hoje as crianças "aborecessem-se" "estão cansadas"...

Nunca pensei ver isso. E lamento ver.

Gi disse...

Eu quero ser tua amiga no facebook...please!
Eu quero,eu quero...Quero ver a tua carita e ver tu a desiludires-te com a minha...nhé...nhé
Vá lá...Adiciona-me!
Lol

Gi disse...

Quem foi a cabra?

Paula disse...

M.
As crianças deixaram de saber ser crianças.
E estranho

Paula disse...

Olá minha linda Tilida, eu adicionar adiciono mas estas como lá?
A cabra aqui sou eu amor, ela é uma vaca armada aos pingarelhos.
Não conheço a figura pessoalmente.
Beijo a sorrir