sábado, 29 de janeiro de 2011

Desiluções ou estava mesmo a frente dos olhos?

(Obrigada pela partilha Kiki... é linda)
Todos nós temos a mania de ver os outros conforme gostaríamos que fosse e não como realmente é.
Aceitar alguém sem dar os famosos "bitaites" é mais forte que qualquer pessoa e venha o primeiro dizer que não o faz... Por mais que depois se aceite a pessoa o problema e que a primeira impressão esta criada e depois, vem, as famosas desilusões onde maioritariamente das vezes é culpa nossa.
Confesso que tento, mais que faço um esforço enorme, para tentar “ver” a pessoa como ela é, não como ela se mostra ou como eu a quereria ver, e a verdade é que isso me tem evitado alguns “abre olhos” e me tem feito viver bastantes surpresas agradáveis.
E mais que achar graça a ver as manobras que algumas pessoas se sujeitam a fazer para criar a imagem ideal aos olhos de outrem, divirto-me de uma forma, digamos que não muito simpática, ao vê-las tentarem fazer-me ser o que não sou, ou exporem teorias rebuscadas e afirmadas com veemência da minha personalidade.
Por isso não se iludam quando afirmo que não tenho bom feitio, ou quando me dá os meus ataques de raiva incontrolada, onde a minha língua bifurca e o veneno sai sem controlo, não estou a tentar ser humilde, não é algo esporádico, eu sou mesmo assim e assumo-o com a cabeça erguida e o coração o mais aberto para que não sejam apanhados na curva.
Sou como afirmo aqui, para quem quiser ler, amada ou odiada, e quem me conhece bem sabe que sou assertiva no que digo, bruta de uma forma que as vezes se tornam agressivas... Sou guerreira, não engulo sapos… mas também sou amiga do meu amigo e embora não passe a mão pela cabeça o meu colo está sempre disponível para quem quiser, desde de que seja honesto… e não precisa de o ser comigo desde de que o seja com ele mesmo. E acreditam quando digo que eu sei se estão a ser.
Não ligo a conversas fiadas, detesto que me passem a mão pelo pêlo e dou valor a gestos que podem ser considerados por qualquer um como irrisórios, sejam eles o beber um chá depois de um dia esgotante de trabalho, com alguém que também o teve, e que vem para dividir momentos, palavras, risadas ou mesmo alturas de silencio, a envio de fotos como esta acima apenas para uma partilha que nos mostra que fazemos suficiente diferença na vida de alguém para estarmos presentes, nem que seja em pensamento num momento seu de lazer.
A vida é engraçada, podemos passar meses ao lado de alguém que falamos, cumprimentamos e convivemos sem fazer a mínima ideia que a cumplicidade que criamos pode ser especial, mas como alguém costuma dizer na vida não há coincidências, e basta um clique para nos fazer dar o passo que torna esse cumprimento frívolo num abraço quente e companheiro de partilha e divisão. Basta para isso estar atento ao que nos rodeia.
Por isso estejam atentos ao que vos rodeia, sem falsas pretensões, nem ideias predefinidas… quem sabe a surpresa não é agradável… ou então a desilusão não custa tanto a aceitar…
Pelo menos podemos sempre deixar de dizer a frase, nunca pensei que fosses capaz de fazer isso, quando essa capacidade esta lá… nós e que não a quisemos ver.
Aceitem para serem aceites a humanidade já sofreu demais por causa da incapacidade do ser humano de não aceitar as coisas como elas realmente são e tentar molda-las para o que ele quer.
E já agora se não for pedir muito parem também com juízos de valor e pensem pela vossa cabeça… vão ver um mundo novo a abrir-se sem barreiras.
Aprendam e ensinem… o que levamos daqui é mesmo isso… partilha!

6 comentários:

M. disse...

Desiluções?

É mesmo isso que queres dizer?

:)

Paula disse...

M.
Não te podes desiludir com aquilo que já contavas mesmo sem saberes...
É mais tristezas por se concretizar o que não querias que acontece-se.

:)

Anónimo disse...

Todos temos a capacidade do melhor e do pior, depende de como o optamos por fazer ou não fazer, e de retribuir em proporção sem apelo nem agravo.
(Des)ilusões, ou passos de ilusionismo? Até o melhor mágico do mundo deixa sempre a ponta do véu descoberta.
Td se resume a expectativas, e a melhor forma de combater a desilusão é mesmo não as criar.
É fácil? Não(!) nunca é... Mas quem disse que as coisas fáceis têm piada?

;)

Paula disse...

Anónimo/a expectativas crias sempre... querendo ao não.
O que convém e não as extrapolares para contos de fadas ou filmes de terror.
Aliás os contos de fadas só são porque terminam sempre na cerimónia de casamento se visse-mos o que acontece depois até nos assustávamos porque chegávamos a conclusão que ia ser igual a todos os outros contos.
As coisas fáceis não tem piada tens razão... mas as difíceis de mais também não são fáceis de suportar.
Enfim nunca estamos contentes com o que temos.
Obrigada pela visita.

Gi disse...

Este ainda não li nem analisei...(só para me orientar)

Paula disse...

ahhhh acho que já percebi o "em atraso"