segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Não ligo a datas... será?

Não ligo a datas... obrigatoriedade de comemorar para mim não existe... porque sentir o toque de quem se gosta... de quem supostamente se sente algo mais... dividir lembranças... repartir memórias não deve estar sujeita a um dia de calendário... ainda para mais um importado (mais um!)
Mas a verdade é que somos humanos... e com isso o que quero dizer, embora existam sempre alminhas que o contradigam, é que somos o mais básicos possível e estamos sempre a espera que o tal, esteja a preparar uma surpresa... já o estamos noutro dia quanto mais neste.
Por mais independentes, fortes, solitários, que possamos ser, e venha lá a primeira dizer que não, estamos sempre a espera tal qual cópias mal conseguidas de Julieta, que ele nos apareça ao menos com um ramo de flores de baixo do braço, nem que seja para 5 minutos de companhia… olho no olho… lábio no lábio. Nem precisamos falar, bastam aqueles minutos em que parece que o mundo desaparece e ficamos sem respirar… sem chão.
Posso dizer que eu esperava que algo especial acontecesse neste dia, que me fizesse por minutos esquecer quem sou… onde estou… e o que tenho passado… Pois esperar sentada é o ideal!
Céus engraçado como as coisas acontecem… como os momentos se precipitam para uma morte anunciada e nós não queremos ver! E ainda não quero mesmo quando tudo a minha volta me grita aos ouvidos… Dá clic! Deixa a cabra sair e refugia-te nela, já que estas nesta fase sadomasoquista que te leva a acreditar, que existe o pote de ouro no fim do arco-íris deixa que ela tome as rédeas que resolva… o pior que pode acontecer é ficares dormente por algumas semanas… mas sinceramente é algo que já não estejas habituada?
Não… sinceramente estou mais que habituada a bater com os c@rnos na parede… sou um bloco de gelo aparentemente… mas acredito sempre mais, tento sempre mais, luto sempre mais que quem esta comigo, não é um lamento, á apenas uma constatação de um facto e o que resulta daqui? Sofro sempre mais… e dói sempre mais porque nunca ninguém me viu quando verdadeiramente sofro.
Estou amarga, podem pensar enquanto me lêem… estou!
Amarga, magoada, destroçada, triste… numa palavra f@dida... Comigo… com quem supostamente causa o que sinto… supostamente sim! Porque se eu não deixasse não me fazia sentir assim!
Mas mais uma vez sou humana… talvez mais forte que algumas pessoas… talvez mais dura ou mais atenta… mas humana nem mais nem menos que toda a gente!
Mas ao contrario de tanta gente, alguém que adora quando existe alguém que sem pensar em porquês… ou em consequências larga tudo e vem ao meu encontro para 5 minutos de abraços… de beijos… de deixar o mundo frio, duro e cru ficar do lado de lá de uma barreira por nós construída.
De sentir alguém que não se esconde por trás de desculpas básicas…. Justificações más numa tentativa parva de explicar o que não tem explicação.
Será pedir muito? Não quero alguém rico, inteligente e bom na cama… quero apenas alguém que me aceite pelo que sou e não me use por aquilo que sou.
Alguém que divida comigo tudo e não apenas o que é importante para uma das partes… no fundo alguém que use mas que as use com sentimentos palavras que todas desejamos ouvir junto ao ouvido…
Que a sinta… que não as digas apenas porque é como o lançar o amendoim ao elefante que toca o sino no Jardim zoológico… porque inevitavelmente, as experiencias em especial as de Pavlov não resultam comigo, e dá merda…
E vai dar…. Mais dia… menos dia… mais hora… menos hora!
Só gostava de pelo menos uma vez na minha vida estar enganada… fazer como os miúdos pequenos… bater o pé fechar os olhos ao que me mostram, enfiar os dedos nos ouvidos enquanto vou repetindo cantarolando:
“Lá lá lá lá não quero ouvir… Não estou a ver!”
E sei que não vou ter essa sorte… mais uma vez vou ter de ser a guerreira…. Engolir as lágrimas, levantar o queixo e dizer… mais para eu acreditar que para os outros:
“Paciência não tinha de ser! Isto passa!”
E passa… fica apenas mais uma cicatriz… mais uma marca
Erramos… aprendemos e seguimos… resta apenas saber quanto tempo vou levar desta vez a fazer isso. É que fingir que estamos bem, custa muito mais que deixar a depressão invadir e controlar momentaneamente o que sentimos!

9 comentários:

Anónimo disse...

Erros desses não são erros é algo que não se controla, e no dia que controlarmos, já não estamos vivos...
Qd menos se espera as surpresas acontecem, as boas e as más... E ambas repletas e plenas de intensidade, portanto aguarde, uma delas acontecerá. Jogue com a probabilidade da vida, no meio de muitas más acontece sempre alguma boa e vice-versa.

Mas não se canse, nem seja parca a pedir (seja lá a quem for), peça sim inteligência (qb), dinheiro (sim faz falta e dá mto jeito) e bom de cama (simmmm isso definitivamente que sim)

Paula disse...

Anónimo,

O problema é o cansaço que se instala e nos deixa inertes e sem vontade de pedir.
E sim eu sei como são as probabilidades na vida estou sempre aberta a elas.
Já agora obrigada... conseguiu deixar-me aqui a rir... fez-me bem

M. disse...

Eu não ligo a uma data de coisas...lol

Anda lá! Bate lá na parede! Ou então...contorna-a:)

Paula disse...

M.
Eu também não mas umas sabem tão bem!
Sou mais de ir com eles a parede de facto... contornar não faz de facto o meu estilo

Sofia disse...

Olá linda, como concordei com este texto! Eu também não peço nada de mais, apenas uma pessoa com a qual eu deseje (com)partilhar a minha vida.
Beijinhos,
Sofia

Luísa Lopes disse...

Reformulando a frase:
"Paciência, não tinha der ser"
Eu diria:
"Eu mereço melhor!!!"

Até parece frase feita, tirada de livro de auto ajuda bacoco, mas acredita que é verdade.
Mereces sim. Luta, minha querida, as forças chegam sempre quando menos se espera.
Bjos

Paula disse...

Sofia,

Será que é por pedir pouco que as coisas ficam assim tão dificeis?
Desejo para ti o que para mim desejo.
Beijinhos

Paula disse...

Ola Faaby,

bem vinda

Paula disse...

Luisa,

Só gostava as vezes de uma pausa sabes... tipo pausa Kitt Kat... mas enfim sei por experiencia propria que as minhas reservas de força aparecem sempre que preciso delas.

Beijinhos