Isto das relações é uma “cena” complicada de gerir… muito se diz…muitos conselhos se botam cá para fora mas como diz o ditado quem vai no convento é que sabe o que lá vai dentro e é bem verdade.
A verdade é que as novas modas nos relacionamentos que por aí pupilam nada têm de novo como está mais que visto… A troca de casais… as relações bissexuais… o troca lá dá cá não é de agora sempre existiu o que aconteceu foi que houve uma “castração” por parte da religião que tornou o acto da entrega simples e total do sexo em algo abominável.
Mas pronto deixemos as polémicas religiosas de parte, já me bastou ter sido expulsa 3 vezes da igreja, e concentremo-nos nas relações puras e duras.
Eu falo por mim criada como filha única sempre tive dificuldades em partilhar certas coisas e homem é uma delas… não critico nem sou hipócrita ao ponto de dizer que nunca me senti atraída por alguém comprometido… aliás ninguém é imune a isso e as coisas acontecem quando menos esperamos, mas para mim se algo leva a esse tipo de acontecimento é porque “algo está mal no quartel-general”…
Não entendo no entanto as chamadas relações liberais… de partilha… faz-me confusão que as pessoas estejam dispostas a isso… a sujeitar-se a isso!
Para mim é como se fosse a um restaurante e todos comêssemos do mesmo prato…não me entra na cabeça!
Existe quem diga que a relação assim inspira muito mais confiança, será? Eu pelo menos teria muita dificuldade de estar com alguém imaginando que ele até 10 minutos atrás teria estado com outra pessoa, tal como teria dificuldade em me entregar a alguém tendo sido eu a estar minutos atrás.
E depois existem as amizades coloridas (AKA curtes no meu tempo) que eu nunca entendi… a sério que não… curtes é um beijo…uma amasso… uma boa sessão de sexo o que é que isso tem de amizade colorida? Olha quero “saltar-te para a espinha” queres ser minha amiga? WTF?
Temos de ser amigos? Ou podemos até ser amigos?
O que eu acho é que nesta época onde a cibernética tomou posse de 90% do nosso tempo deixou de haver tempo para relações… para conquista…para perder tempo nisso…
Troca-se meia dúzia de palavras e pumba tudo a saltar para dentro dos lençóis e o envolvimento? Onde fica?
A realidade do que vejo? A solidão e a carência atacou em força esta geração… não sabem estar sozinhos e conviver com eles mesmos… custa-lhes sair tendo como companhia a sua própria… para um cinema… uma tarde na esplanada! Não ou saem com coloridos/liberais/ amigos/conhecidos ou ficam em casa agarrados ao teclado…ao ecrã da TV a viver romances de cordel enquanto suspiram pelos cantos com falta de algo que não têm porque não investem.
Chamem-me retrógrada mas eu gosto de cumplicidade a dois…da troca de olhares á conversa de banalidades…gosto daquela confiança que se tem que nos permite dizer a quem esta do nosso lado “agora não quero estar contigo preciso de estar só ou sair com os meus amigos” que só se tem com muito tempo de investimento e de entrega mutua…
Adoro os momentos a sós onde os beijos são intensos… as carícias sublimes e o sexo um acto de louvor ao que se sente… que nada é preciso ser dito pois quem esta connosco tem suficiente liberdade para descobrir e a confiança é tanta que os tabus ou os preconceitos ficam fora do quarto… conseguem isso nos momentos de 5 minutos de conversa?
E se não o tiver prefiro ficar só… amante de mim mesma… desperdício ou não… fria ou frígida… mau feitio ou apenas ermitã… mas de bem comigo!
Porque quando me entrego dou tudo e quero receber tudo.
Dentro e fora das quatro paredes… e aí… aí nem o Vulcão da Islândia me acompanha…
Duvidas? Não há nem pode haver…
E vocês? Que relação preferem?
24 comentários:
Prefiro as relações abertas e inconsequentes... o resto segue dentro de momentos :)
Anónimo,
Aguardemos então
=)
No geral concordo com a tua visão sobre as relações, e também sobre a falta delas.
Nada se equipara a uma relação em que existe amor verdadeiro, cumplicidade e a própria longevidade que o tornam mais profundo e maduro, no entanto eu não critico as amizades coloridas, porque existem muitas pessoas a quem lhes apetece muitas coisas mas não estão interessadas numa relação nos moldes da anterior por diversos motivos - receio em se magoar, receio de arriscar porque a pessoa nem parece aquela com que idealizaram mas pode ser útil para muitas outras coisas ou até pela falta de tempo que uma relação mais convencional obriga.
Por vezes as amizades coloridas são muito mais satisfatórias que as relações ditas convencionais, face ao que investimos nelas. Parece linguagem muito económica, mas dando por exemplo o meu caso, já tive mais que uma dessas devido ao factor tempo porque devido ao meu trabalho que me obriga a trabalhar até altas horas, não tinha tempo para jantares, nem copos, nem ao aperfeiçoamento das relações. Condenável? não creio.
Dizem que o amor é "partilha", no entanto conheço poucos sentimentos tão "egoístas" como o amor.
Martini,
Sim o amor é egoísta e exige tempo... entrega... e mais que tudo dedicação.
Condenável amizades coloridas não acho...lá porque não funciona comigo não significa que aponte o dedo que critique quem as tem... compreendo sim que as vezes é difícil manter uma relação e o facto de preferir ficar sozinha restringe-se a mim e a mais ninguém que sou muito black and white.
Volta sempre beijinho
Ah relações, belo tema....
Antes de mais o meu lema é "live and let live"... cada um sabe de si! Lá porque não serve para mim não quer dizer que não sirva para os outros :-)
Pessoalmente só relações a dois e bem fechadas, não quero cá partilhas!! lol! Adoro a cumplicidade, adoro saber que aquele olhar é só meu, adoro que todos os gestos de carinho sejam só meus... Onde o sexo é uma parte da relação, é como tu dizes, um louvor à relação e não o objectivo da relação. Requer investimento de emoções, tempo, dedicação e risco...mas com a pessoa certa tudo isso vale a pena.
Beijos grandes! E continuação de boas escritas :-)
OlgaM
Olga,
Sim sou como tu... entrego-me a uma pessoa na totalidade do meu ser mas mantenho o lema "cada um sabe de si" e isso é o que importa...
Beijinhos
Utena,
Amizades coloridas? Não, obrigada!
Não critico, mas não entendo.
O amor, a afeição, a ternura, o respeito, deu lugar à bestialidade, pura e dura.
A noção de família não cabe aqui?
Querem-se famílias estruturadas quando as mentalidades são estas?
Retrógrada? Talvez!
Mas coerente, mas respeitando e mais, RESPEITANDO-ME SEMPRE!
Beijinho.
de quando em vez passo por este canto anonimamente. E hoje resolvi comentar (ups!)
Partilho da tua opinião, é muito bom ter/sentir cumplicidade numa relação, a prazer da partilha, a entrega só se consegue com o passar do tempo, com as conquistas, a confiança. E estes aspectos são impossíveis de reproduzir nas amizades coloridas. também as tive, e momentaneamente são prazerosas...mas incompletas! o sentimento de ter e ser um porto de abrigo ou recreio é delicioso.
Obrigada por esta partilha.
Teresa,
Como foram essas férias?
Já tinha saudades de ter ler aqui no meu cantinho com as tuas opiniões sempre tão acertadas.
Sim primeiro respeitarmos-nos sempre sem criticar respeitar os outros mesmo que não concordemos...
Para mim relação envolve entrega sempre nada que se consiga na febre do momento.
Beijinho
Del Xiesca,
Antes de mais obrigada por leres e hoje por comentares...
Sim para mim vale mais as horas de estudo e não a meia hora de recreio...
Sermos tudo na vida de alguém e saber que o somos também isso é o que para mim vale a pena.
Beijinho
Para ser honesta, eu não sou a favor de relações abertas e inconsequentes, nem de amigos coloridos (até parece que estão numa fase de experimentação. Querem ser cobaias, ou quê?)
Para mim o amor tem de começar através de uma boa amizade. Se não houver uma estrutura, a relação baseia-se na cama e quando se tentam conhecer, apercebem-se que odeiam mais do que propriamente sentem alguma espécie de afecto. Eu sou da opinião de que o ser humano precisa da sua própria estabilidade emocional e de se conhecer bem, para começar uma relação com outra pessoa. Querer mudar quem é, por alguém que não irá com certeza mudar por quem quer que seja, é um gasto de energia desnecessário.
Tenho dito.
Beijinhos=)
Patrícia
Vim aqui parar através de 1 blog amigo:
acho que cada relação é única e a entrega que damos a essa mesma relação varia consoante aquilo que sentimos no momento...
não vou dizer que é melhor aventuras de 1 dia, os amigos coloridos ou esse tipo de relações mas já pensaste que algumas delas conseguem ser mais intensas e mexem muito mais do que aquelas relações de anos?
Eu sempre fui de namoros longos mas chegou sempre a um ponto que parecia que faltava algo... e aí pergunto, como alimentar as relações que chegam a esse ponto?
Com a vida que levo muito dificilmente terei namorada pois seria injusto para ela a minha "distância" e como tal prefiro estar sozinho...
E esse é o meu ponto de vista!
Vou estando atento a este blog,
continuação de bons posts!
Patrícia,
E disseste muito bem, sim penso que o problema das relações é mesmo esse não existe da parte de ninguém paciência e cedência… e acabasse por procurar no momento aquilo que não temos na partilha.
Beijinho volta sempre
MJ,
Bem vindo… penso saber de quem é o blogue e agradeço o comentário.
Passei pelo teu é maravilhoso ler… e vou seguir claro!
Quanto ao resto eu não critico nem aponto dedo falo por mim… também já tive curtes de momento mas ao contrário de ti são elas que não me dão aquilo que preciso.
Mas concordo que cada um é como cada qual e não nos devemos reger a todos de forma igual…
O meu blogue é o meu espelho aberto a imagens dos outros.
Volta serás sempre bem-vindo
Eu já posso ser chamado de kota, e como tal tenho uma visão mais conservadora de uma relação. Quando me entrego é de forma total, e não admito outra coisa por parte da outra pessoa. Amizades coloridas? Só com amigas que estejam com escarlatina ou icterícia...
Obrigado pela passagem no meu blog =)
Em relação a este tema: as curtes também não me deram o que estava à espera mas porque também não esperava nada a não ser aquilo... E a verdade é que tive curtes que depois passaram a namoros...
vou espreitando de vez em quando =)
Rafeiro,
E com isso disseste tudo =)
Mas confessa lá eras um doido em miudo certo?
MJ,
Nada a agradecer... é um prazer passar por lá!
Tive a minha dose de loucura até encontrar a pessoa certa, mas mesmo a minha loucura ao pé do que se vê hoje poderia ser considerada excesso de pacatez!
Como te compreendo Rafeiro
Já cheguei a esta conclusão há muito tempo atrás.
" O que eu acho é que nesta época onde a cibernética tomou posse de 90% do nosso tempo deixou de haver tempo para relações… para conquista…para perder tempo nisso…"
Todas as pessoas são diferentes, tal como as situações/circunstâncias que as envolve.
Se fossemos todos iguais não sei como seria.
Quando viajo gosto de curtir, outros sítios, outras pessoas, para curtir também é preciso conquistar, ainda que a curto prazo, ou não. Sinto atracção por determinada mulher e lanço as cartas, se for correspondido, tudo bem, caso contrário afasto-me.
Quantos a relações, gosto delas sérias, não caio no erro de dizer sólidas porque só o tempo e dedicação o permite. Não tenho receio de me entregar se for esse o meu desejo. Caí algumas vezes no erro de me deixar levar a 100%, terei que viver com isso. Agora sou mais cauteloso, uma " etapa " de cada vez.
Sharky JP,
Penso que o maior problema consiste nisso mesmo… no saltar etapas.
Atracção todos sentimos… é isso que desencadeia o primeiro passo mas depois existem etapas que fortalecem e criam laços que nãos e consegues em momentos…
Entrega acima de tudo... isso para mim conta muito
Eu vivo uma etapa de cada vez. Acredito que há pessoas que as prefiram saltar e irem directas ao assunto/situação/desejo, mas depois de adquiridas, o que resta?
Gosto de viver o momento e tudo o que trás consigo, para quê pressas e banalizar tudo?
Well, love hurts and unicorns don´t exist, if u see a spot, grab it or leave it ;)
Sharky JP
É exactamente isso que eu sinto
=)
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