sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

São ideias... estarão erradas?


Não critico, não sou contra… aliás como diz o ditado mais vale pedir que roubar, no entanto que existe algo com que não simpatizo minimamente são os peditórios.
Os forçados peditórios para tudo mais um par de cuecas, pede-se para o cancro… para a fome… para os sem abrigo… para isto e para aquilo.
E quem pede são sempre senhoras e senhores bem formados e arranjados, com uma capacidade irritante/”impingidora”, de nos abanar a latinha em frente da cara com ar de poucos amigos como se fosse obrigatório contribuir para algo onde na maior parte das vezes 80% não vai ter ao sítio certo.
Isso quando não enfiam crianças com ar angelical as portas do supermercado onde nos acenam com o saquinho de plástico como quem diz vai lá comprar umas coisinhas e dar, porque os tipos que estão por detrás disto precisam de levar os saquinhos e oferecer a uns amigos, e a quem devia chegar os bens essenciais apenas têm direito quando já estão quase ou mesmo fora de prazo.
E que dizer dos CD’s de música infantil… das chamadas telefónicas… onde uma ínfima parte do valor é que serve para ajudar (se lá chegar claro está mais uma vez) e ainda temos de pagar IVA?
Cambada de hipócritas que se escondem por detrás de falsas asas de bons samaritanos e bem feitores, onde lucram sempre os mesmos e perde quem ajuda e quem deveria ser ajudado.
Sou a favor sim do voluntariado… de dar a cara… as mãos e o suor por quem de facto precisa. De oferecer um prato de sopa directamente a quem tem fome sem interferências de papões como os que se assumem na chefia de instituição solidárias e levam balúrdios de ordenados no final do mês para casa… assim como participações em festas onde o desperdício servia tantas das famílias carenciadas de quem tanto gostam eles de falar.
Por isso nunca participo numa campanha… não perco tempo com explicações… com chocalhares de latas em frente da minha cara!
Perco sim tempo em ouvir quem muitas vezes apenas precisa de desabafar as suas mágoas, com quem sem me conhecer me pede um abraço.
Divido o meu tempo num bolo e num sumo, numa gargalhada… acredito sinceramente que faço alguma diferença…
São ideias... são minhas! Estarão erradas?
Namasté

22 comentários:

Unknown disse...

Utenamiga

Um dia o camarada Silva foi a Entradas botar uma faladura num comício sobre a luta contra a reacção. Que decorreu no adro da igreja para caber mais gente. Dormiu em Castro Verde.

No dia seguinte, quando voltou a Entradas descobriu que lhe tinham posto uma bomba debaixo do seu carro e... puf!!!

Face a isto, o secretário local avançou com uma proposta: atão nã querem lá vêri! Um cabrão fez o que fez e nã se vai ficar a riri! Vamos fazeri um peditório.

Juntou-se o pessoal de novo no adro e foi uma menina com um saco vermelho por entre os assistentes. Encostado à esquina do adro estava um compadre: Ê cá nã percebo nada. Ontem dei dinhêro pra bomba e hoji dou mais dinhêro pró carro?

Peditórios...

Qjs

Pretty in Pink disse...

Eu acho que tens uma certa razão, mas para mim aquelas campanhas que me parecem mais verdadeiras e alias, são as únicas a quem dou, é quando pedem comida e não dinheiro. Com dinheiro nunca dou porque impingem uma contribuição mínima e nunca ninguém percebe para onde vai, aliás porque dos 5 ou 10 que damos ha sempre uma parte que vai para os que pedem e só o restante vai para quem precisa (se for...) Assim sendo só dou comida e a instituições que conheço bem, porque o que não falta aí é gente a aproveitar-se dos que não tem nada para aldrabar as pessoas...

Beijinho*

Paula disse...

Henrique,

Vá-se lá entender esta forma fácil de arrecadar dinheiro.

Òsculos

Paula disse...

Pretty,

Pelo menos assim sabes que dês pouco ou muito vai para quem merece.

Beijinho

Unknown disse...

Namasté,

Também penso assim, daí eu ter sempre um pé atrás em relação ao Banco Alimentar e até mesmo das instituições católicas como a Cáritas. Ajudar é bonito e nobre sim, mas será que estamos mesmo a ajudar quem realmente precisa? Eu tenho conhecimento de casos em que a Cáritas e até mesmo o Banco Alimentar chegam a ajudar (inconscientemente, claro... não podemos pensar que o fazem de propósito) gente que não precisa na verdade de ser ajudada. São esses falsos pobres que surgem que nem oportunistas que acabam apenas por prejudicar quem realmente precisa de ser ajudado. É por isso que eu acho que todas essas organizações deviam antes de mais obrigar as pessoas inscritas a apresentarem uma espécie de atestado de pobreza, serem todas bem investigadinhas, que é para saberem se merecem ou não de facto ser ajudadas, coisa que a Segurança Social faz com os brancos e não com as minorias...

Aqui no meu bairro multiétnico, onde vive imensa escumalha, há gente que sabe ir à igreja buscar arroz e massas, mas que depois sabe também ir lá ao café beber uns copos. E para fumar também há sempre dinheiro...

Em relação às Leopoldinas e às Missões Sorrisos, não dou um único cêntimo. Os ricos como o Belmiro que doem dinheiro, pois eu preciso mais do dinheiro para viver que eles.

Autora de Sonhos disse...

Dar a cara, voluntariado...sem dúvida!

Paula disse...

Fire,

Não são só falsos pobres que se governam se fossem nem me afecta tanto mas sim os que batem no peito com a lenga lenga de mea culpa e depois no fim se aproveitam da generosidade alheia.

Beijo

Paula disse...

Autora,

Dar a cara sempre...
Saber como se faz e quem se ajuda

Luísa Lopes disse...

Abençoados os que não precisam de pedir ou não dependem de quem pede.
Dar, para mim, é isso mesmo: Dar! Sem preconceitos, com verdadeira vontade de ser solidário com quem precisa.
Quem faz os tais peditórios, (cancro por exemplo), claro que tem de ter um visual credível. É como ir a uma entrevista para um emprego e vestir o fato de domingo.
Eu já pedi. De diversas maneiras, em variadissimas situações. E estou grata a quem deu. De forma anónima ou directa. Sem olhar para o umbigo e pensar nos impostos.
O meu mundo ficou melhor. Também dou, dei e darei. De forma velada ou de forma directa, e mesmo sem que me tivessem pedido.
Acredito que talvez nem sempre chegue a todos, que haja jogo sujo... mas sem fé na humanidade, muitos ficam pelo caminho. Com falta de um tratamento, com falta de uma manta ou até de um sorriso.
Por tudo isto, Utena querida, desta vez e, não me leves a mal mas não estou de acordo.
Beijinho.

Paula disse...

Luísa,

Nada tenho que levar a mal a tua opinião ser diferente da minha.
É a minha forma de ver as coisas, cada um tem a sua mas continuo a achar que o voluntariado directo faz mais a minha forma de ser...

Beijinhos

Unknown disse...

Utena,

Pois, mas esses existem em todos os lados, de todas as cores e credos...

Paula disse...

Fire,

E considerada uma "raça" a parte... a maioria =)

Anónimo disse...

Como tudo na vida não se pode generalizar, e temos de dar valor a pessoas e instituições que fazem a diferença na vida de quem mais precisa. Claro que há muitos que se aproveitam mas isso resolver-se-ia com a apresentação de rendimentos comprovando a necessidade de ajuda. há muitas formas de ajudar não só contribuindo em peditórios nem só no voluntariado.. por vezes podemos ajudar quem está bem mais perto e de forma bem mais simples. Por isso todos devem sim ajudar da maneira que se adequa a cada um e conforme a disponibilidade de tempo... o que importa é ajudar (como se puder).
Beijinhos,
OlgaM

Paula disse...

Olga,

Penso que tem de haver conscienciosa até quando se ajuda.
O que eu sinto é que as pessoas acabam por dar para aplacar o sentimento de culpa.
Que não deveria existir...quando se dá com vontade e não por obrigação...

Beijinhos

Anónimo disse...

Não sei, eu gosto de ajudar quando e conforme posso, mas lá está cada um é como cada qual... para algumas pessoas talvez seja para aplacar a culpa... para outros é ajudar o próximo que está em dificuldades... tem de partir de cada um....
beijinhos,
OlgaM

Paula disse...

Olga,

E ainda bem que assim é
=P

Beijo

Unknown disse...

ruivinha,

Dessas coisas nós também não estamos livres. Ninguém é perfeito e todos pecam... ou vais-me dizer que não? :)

paulo abreu disse...

tu fazes diferença sim és uma boa ouvinte e amiga obrigada por me ouvires ja fez muita diferença na minha vida um beijo grande

Paula disse...

Fire,

Se tenho pecados? Ui tantos...

Paula disse...

Paulo,

Obrigada pelas palavras e pelo carinho

Beijinho

Teresa Santos disse...

Ah!

Onde está o comentário que deixei neste post que me encantou?

Fugiu?

Muito a sério, não entrou?

Beijinho.

Paula disse...

Teresa,

Não tenho esse teu comentário querida...
Não deve ter entrado.

Beijinho