quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Opiniões...apenas opiniões

Não consigo entender certas coisas, talvez seja muito burra e esteja com dificuldades de compreensão, ou talvez não consiga mesmo entender a mentalidade deixa andar que se foi progressivamente instalando neste país.
Não pretendo com este texto criar uma qualquer novela em estilo Anita vai (neste caso seria Utena em versão...) e virar comentadora, sou alguém que trabalha que se desunha, que tenta manter sempre um espírito aberto e uma mente estimulada.
Mas acima de tudo amo o meu país de coração, talvez tenha a ver com facto de ter sido emigrante, que me faz dar valor a este país de sisudos ruminantes que pouco ou nada cumprimentam os vizinhos mas que depois têm coisas maravilhosas, encaram a vida de uma forma que mais nenhum encara e que tem a palavra doce e única chamada saudade.
Não sendo eu saudosista, adoro a envolvencia que se sente quando se fecha os olhos e se traduz aqueles momentos que nos encantam a alma como saudade de...
Sou filha de sindicalistas, em minha casa sempre se falou dos direitos dos trabalhadores em contrapartida com os deveres em relação ao patronato, cresci a ouvir as histórias dos tempos em que o trabalhador era considerado menor que nada, onde direitos era um termo demagogo que se encontrava na letra D do dicionário. Mas eram tempos que se fazia tanta coisa, onde se defendiam os direitos mesmo correndo o risco de não se chegar a casa.
Fazer greves naquele tempo deveria ser considerado um atentado à saúde pública mas eram feitas e bem feitas, a união existia, eram todos por um agora? Estas greves são uma autêntica anedota.
E podem já guardar as armas os defensores das greves, os amantes dos papa tudo dos sindicatos porque opiniões valem o que valem e são nossas e esta é a minha.
Por isso não consigo criar uma opinião que justifique o porque das greves nos transportes públicos, quem vai sofrer com isso?
Será os cães grandes, grandes senhores de dinheiro que levam o carro para o trabalho?
Será o governo? Vão atacar-lhe os bolsos? E fazem isso depois dos tansos terem pagos os passes? Sim porque primeiro paga-se para garantir ordenados e depois para-se e o que acontece? F@de-se mais uma vez os que precisam de chegar a horas ao trabalho.
E o que fazem os que de facto são prejudicados com isso? N A D A... Resmungam, refilam, contestam e amocham que nem tansos a espera do transporte que chega tarde e a más horas e enfiam-se que nem sardinha em lata sem dignidade para irem apertados, entalados e "enrabados" até ao serviço.
Por causa de uma contestação que não vale um chavelho e que no caso dos motoristas da CP até um subsidio recebem para se apresentar ao serviço.
Só podem estar a brincar certo? Errado continuam impunes a fazer as mesmas coisas e a dar os mesmos resultados.
E depois temos os anjos do altar colado dos sindicatos que não arredam pé de lá nem com creolina a instigar (AKA obrigar)  à greve geral no dia 14 porque como é lógico vão pegar no ordenado que recebem sem fazer um corno e pagar o dia às pessoas que o vão perder.
Porque não se recebe o dia, nem o subsidio quando se faz greve, e para as pessoas que a fazem faz falta e não vêm isso? Ainda ouvem esta espécie de gente que fala e fala mas que no fim assina os acordos como um qualquer boi manso que se preze?
A sério e ninguém acorda para isto?
Querem saber como se poderia fazer as coisas? Como de facto se mostra as grandes patentes como se pode prejudicar sem perder um tusto?
Durante um mês reduzam a produtividade 90%, façam sempre o vosso horário, cumpram tudo nos conformes mas ENGONHEM por amor da santa, finjam que trabalham (para muitos isso nem é complicado) mostrem que o desagrado se pode transformar em prejuízo a sério mas defendam o vosso e quando forem trabalhar e houver greve nos transportes? Não sejam compreensivos enfiam dois pontapés bem acentes em quem as faz porque sinceramente? Eles continuam a gozar com quem quer trabalhar.
Mas isso são claro apenas opiniões minhas valem a merda que valem.

20 comentários:

Alexandra Santos disse...

Em primeiro lugar a tua opinião não é merda! É uma opinião válida e dera a este país que tantos outros cidadãos tivessem este tipo de esclarecimento!
Querida, também eu aqui por causa sempre ouvi falar
daquilo que tu ouviste, ou tu achas que eu sou assim porque? Sou frontal e quando tenho de dizer digo... aliás
se levarem com um salto nas fuças não é admiração alguma. Estava um caos o transito em Lisboa, estou exausta pelo tempo que estive nas filas de transito no sentido A1 norte... Quanto ao resto estamos em sintonia, falam, falam, falam mas é de camarim! Enfim, a ver vamos o que esta trapagem vai dar!

beijinhos

Paula disse...

Alexandra,

Mesmo assim cada uma vale o que vale!

Beijos e guarda os saltos mulher =)

Anónimo disse...

Pois.. infelizmente é o país que temos...onde cada um só quer saber de si e ninguém quer saber do outro, do próximo...
Degradante é a palavra que me ocorre para o que vi hoje de manha dentro dos autocarros...
Manifestações?? façam muitas muitas já que têm dado muito resultado...
beijinhoss,
OlgaM

Anónimo disse...

Isto de introduzir um comentário entre duas senhoras vai dar chatice.

Utena, tens toda a razão mas não adianta refilar.
O trânsito estava caótico? Boa ideia para fazer jogging.
Os homens recebem senha para se apresentarem ao serviço? Ah, não, disseste para se apresentarem ao trabalho. Cada coisa no seu lugar.
Haja pachorra!!!
Dia 14 de Novembro vai ser pior.

Alexandra
Importas-te de traduzir a frase "um salto nas fuças"?

Boa noite a ambas.

AC disse...

Também não concordo com greves..prejudica a já débil economia do país, prejudica os desgraçados que necessitam dos transportes para irem trabalhar que chegam consecutivamente atrasados, e prejudica os próprios grevistas que perdem um dia ou horas do seu salário que nos temos que correm tanta falta faz às famílias...

Acho que davas uma excelente dirigente sindical e aprovo as tuas sugestões..essa seria uma excelente forma de boicote.

Quando há greves no meu serviço é assim que me comporto..devagar, devagarinho e marcha atrás mas sem nunca fazer greve.

Pretty in Pink disse...

Sabes concordo a 100% contigo...Estas greves não servem para absolutamente nada do modo como são feitas...só para nos enterrar ainda mais

Beijinho*

Paula disse...

Olga,

Está na hora de se agir sim mas com cabeça a saber fazer as coisas.

Beijos

Paula disse...

Observador,

Jogging?
Jogging?
Mas tu achas que uma moça como eu corre de salto alto?
BTW aproveito e respondo pela Alexandra gaja que é gaja tanto calça o tamanco como o sapato de salto chanel e é com esse que afinfa uma cacetada nas fuças de uns e outros.

Beijos

Paula disse...

AC,

Dirigente eu?
Nem pensar sou demasiado radicalista para isso.
Mas a verdade é mesmo essa pede-se sempre esforços aos mesmos que dão sem se aperceberem que acabam por ser eles os mais prejudicados

Paula disse...

Pretty,

A contestação é um direito que deve ser usado mas com cabeça e para que de facto faça diferença.

Beijos

JP disse...

Já tinha saudades de vir aqui, ver-te a resingar!

Direitos? Ainda existe isso? Neste país? Com a bandeira ao contrário e a Constituição molhada?

Nã, nã....já foi!

Beijo

Unknown disse...

Estou admirado, ruivinha. Nunca imaginei que fosses filha de gente de esquerda. Até porque o teu discurso dificilmente é de esquerda.

Em relação às greves, eu sou a favor de que os grevistas sejam todos despedidos. O que não falta é gente que aceita trabalhar no lugar deles e sujeita a menos regalias do que as que os grevistas já têm. Estão a gozar com a nossa cara em nome dos propalados direitos... mas e os deveres? Sem deveres não pode haver direitos, pá.

Teresa Santos disse...

A tua revolta é a minha revolta, as tuas questões são, na sua generalidade, aquelas que me coloco.
E é a raiva, e é a indignação.

Em relação à greve dos transportes, e em jeito de "resposta" à tua questão:

"Por isso não consigo criar uma opinião que justifique o porque das greves nos transportes públicos, quem vai sofrer com isso?"

digo-te que a considero, e desde sempre, desde que os seus "tristes" funcionários, aqueles que apesar de tudo recebem o seu salário, com algumas mordomias acrescidas, que deixaram de respeitar os seus concidadãos, ou seja, aqueles que não têm alternativa senão ir (ou faltar ao trabalho, sendo-lhe descontado o dia) enlatados, esmagados nos pouquíssimos transportes que encontram.

Respeito? Solidariedade?
Nada disso existe, nada disso!

A tua sugestão para resolver o problema tem toda a pertinência, mas...?
Mas não tenhamos ilusões.

Somos!
Somos "sisudos ruminantes", nada mais do que isso.

Beijinho.

Paula disse...

JP,

Eu sou um bocadinho rezingona tens razão!
É o mundo meu amigo anda de pernas para o ar é o que é!

Beijos

Paula disse...

Fire,

Os meus pais foram sindicalistas mas não são de mentalidade de esquerda aliás lá porque se é sindicalista não significa que o sejamos!

Beijos

Paula disse...

Teresa,

Mas podemos ser tão mais.
Tão maiores.
Apenas deveria mudar todos os dias.
E era tão fácil...

Beijinhos

Anónimo disse...

Ola Ruiva......

A classe operaria e ao Povo trabalhador.

No passado 15/9 o "povo" (sem os pobres que não vão a manifestações e não papam golpes, assim como os mais ricos) revoltou-se contra os partidos politicos, agora viram-se contra os sindicatos...só me resta dizer....--volta Salazar estás perdoado--- o rebanho espera-te qual messias numa noite de nevoeiro!

Um beijo Republicano e Laico

Logos e Praxis

Paula disse...

Meu querido e sumdido Logos et Parxis,

A minha opinião vale o que vale!
Não se coaduna com manifestações de merda que não levam a lado nenhum nem com greve de papistas que não valem o prato que comem.
Mais uma vez digo que na vida tudo se consegue quando se tem alma e espírito para se as conseguir...infelizmente o povo perdeu o dele espero que o encontre, espero que não o perca de novo... mas o povo é sereno em busca da utopia da fortuna fácil e da vida facilitada.

Beijos
(Confesso já sentia saudades dos comentários do menino)

Teresa Santos disse...

Era, tens razão, mas os responsáveis, aqueles que podiam fazer alguma coisa não estão interessados.

Beijinho.

Paula disse...

Teresa,

Somos nós que temos de os tornar interessados.

Beijos