segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O mal é eu começar a pensar


Ultimamente tenho ficado em casa na hora de almoço, o meu avô veio passar as festas e como já tempo sozinho passa ele organizamos-nos para pelos menos os almoços e jantares ele ter sempre alguém do lado dele.
Um pouco de companhia para ele e absorção de momentos para nós que não sabemos quando o perdemos e porque a nossa vida é feita de momentos que devem ser vividos antes dela acabar.
Como ando pela cozinha a organizar as coisas tenho sempre a televisão ligada, mais para ter ruído de fundo e não para ouvir o que por lá dizem.
O problema consiste no facto de eu ter ouvidos como os morcegos e ouvir uma agulha a cair a metros de distancia de mim, o que faz com que acabe sempre por apanhar frases soltas, pensamentos lançados ao vento que de tão estúpidos que são ficam a brasa marcados no meu lóbulo cerebral e depois tal qual erva daninha vão crescendo, corroendo... acumulando e quando dou por mim estou a matutar sobre certas "alarvidades" ditas.
Uma delas tem a ver com a versão deturpada e irreal que existe do patronato, sobre como manipulam, usam, abusam dos pobres funcionários que tem de se sujeitar a  maus tratos pois precisam do emprego para sobreviver.
Sempre me fez alergia a mania que se tem de levarmos a todos por igual... quase como se fossemos todos bagos de arroz de um saco atado e bafiento sem ponta por onde se pegue.
Se por um lado existem patrões de merda que a única coisa que pensam é em lucros não querendo saber por quem passam por cima, existe aqueles que tiram à própria boca para terem as suas contas a horas, algo nos tempos que corre é praticamente impossível.
O engraçado? É que por norma são sempre estes que se fodem pois aqui encaixa na perfeição o ditado: "Quanto mais te baixas mais se te vê o cú!"
Falam os pobres e preocupados sindicalistas (estou a ser sarcástica para que conte) nos direitos dos trabalhadores... horas extras, subsídios, descanso, ordenados ao fim do mês, impostos pagos, regalias... and so on!
E se assim não é atacamos com greves esse mostro verde que é o patrão!
E se depois o desgraçado fecha porque não tem como manter a porta aberta com tantas obrigações e compromissos ainda leva com indemnizações e um atestado de burrice por parte da bela classe governamental.
O empregado? Esse coitadinho vai enfrentar uma fila na SS para conseguir um subsidio de desemprego e depois terá de se apresentar quinzenalmente num local a indicar além de provar que esta a procura de emprego... a vergonha...o ultraje... ter de provar que esta a procura de um meio de sobrevivência quando na maior parte das vezes diz a boca cheia que pelo ordenado que pagam prefere ficar a viver a custa do subsidio pago por quem? Pelas mesmas bestas de carga de sempre!
O patrão? Esse guloso que vive a custa das pobres classes dos operários tem direito a uma sopa dos pobres já que mesmo descontando...mesmo tendo todas as obrigações de subsidio vê zero!
E depois?
Depois ouvimos como eu ouvi um idiota dizer:
"Se uma empresa tem prejuízo feche a porta e aventure-se noutra coisa!"
Esquecendo-se muitas vezes de verificar que nas pequenas e médias empresa muitas das vezes reside o ganha pão de famílias inteiras e mesmo tendo prejuízo ainda é dali que tiram o suficiente para comerem a sopa todos os dias.
Cada vez me convenço mais que do que este país precisa é mais de quem suje as mãos e menos de quem bote veborreia cá para fora!
E para terminar como comecei já dizia a minha avó:
"Em boca fechada não entra mosca nem sai merda!"
Olhem que muitos dos que para aí botam faladura deviam ter isto em causa.
Namasté!



18 comentários:

Anónimo disse...

Posso trabalhar para ti?

Alexandra Santos disse...

E se eles fossem todos para a merdinha? Já ouviste a linda teoria de que devemos sair da UE? Inacreditável, diria eu, parece que quando entraram para a mesma não sabiam o que faziam... ou pior, entraram para ver se enriqueciam esquecendo que têm direitos, mas também deveres!

Já alguém falou da enorme percentagem daqueles que estão num emprego e não gostam dele? Já alguém falou daqueles que preferem receber subsidio de desemprego a trabalhar? Pois é, não compensa... além de que hoje vão passar uma vez mais na TVI outra reportagem sobre portugueses que estão a abandonar o país!

Beijinho e boa semana!

JP disse...

Há burros e idiotas que cheguem neste país que chegam....enfim, não os mandes todos, aos idiotas, para a SS (Seções de Assalto do Reichstag de Hitler:)

Mas tens toda a razão no que dizes, há pessoas que não sabem o que dizem e depois sai asneira....mas não penses muito.

Há pouco quando fui à rua vi muito fumo, julgava que era de alguma chaminé....se calhar és tu a pensar:)

Beijinho

dom disse...

poderia ser um dos que vai dizer ah e tal estás a ser mazínha... mas não consigo de deixar aqui a minha "poia" e esquecendo ser teu namorado aqui vai:
Muitos criticam a entidade patronal sem saberem a verdade. É sabido que existem patrões que roubam...MAS...existem de facto e felizmente os patrões que são de facto aqueles que fazem algo pelos trabalhadores. São estes que colocam do próprio bolso €€ quando a empresa não pode e são esses que não são protgidos pelo estado ao contrário do que se pensa (EU SEI DO QUE FALO). Quanto aos coitadinhos que vão para as filas, se houvesse menos subsidios e fossem trabalhar (sim porque trabalho existe, mas o povo que quer cadeira, monitor e jornal na mão) fazia melhor...existem demasiados Abonos, RSI, RMG, etc...(para quem não sabe o que é as siglas, desloque-se ao Areeiro ou Praça de Londres e pergunte) e é vê-los na esplanada do café a fumar e a viver à minha custa ou a vossa custa...e quando se lhes fala em trabalho ficam a gozar e a dizer vou chular o estado...e eu perguto...então quem é o verdadeiro chulo?
Em relação as sindicatos, eu vejo-os como partidos politicos que vivem à custa das cotas dos "otarios" que são sócios...que quando é preciso ajudar, fica-se 3 ou 4 anos a espera de resolução até que o trabalhador tenha de colocar advogados por conta própria (EU SEI DO QUE FALO) ...
Portugal não é e nunca irá ser um estado social enquanto ouver a mentalidade do intruja que é isso que o nosso povo é, o tipico gajo que só está bem a intrujar o próximo. E sim, se estão a pensar e a ler nas entrelinhas que poderei ser salazarista, fique aqui desde já assumido que o SOU .
Cumprimentos.

Paula disse...

Português,

Tens a certeza que queres?
Pensa bem antes de o pedir

Paula disse...

Alexandra,

Faz-se tudo em cima do joelho neste país e a entrada na UE foi mais uma dessa prova!
Pagou-se para não trabalhar agora aguentem as agruras!

Beijo

Paula disse...

JP,

Viste o fumo?
E o que eu passei para escrever com ele a minha volta. Um suplicio meu amigo é o que eu te digo um suplicio.

Beijo

Paula disse...

Dom,

A verdade é mesmo essa, ficamos bem a enganar os outros e achamos que somos os melhores quando o fazemos.
Algo esta mal mas para o mudar seria preciso mexer no bolso de quem ainda tem o poder e para isso é preciso os chamados cojones já não existe quem os tenha no sitio?
Existe claro mas estarão mesmo dispostos a isso?
Hummm não me parece

Beijo

Alexandra Santos disse...

há coisas que metem nojo e eu não sei porque raio de um momento para o outro todos se levantaram para criticar o que foi feito ou deixou de se fazer. Muito sinceramente, falta algo neste povo, digamos honestidade e dois dedos de testa para perceberem que também pecaram e contribuíram que vivemos... nem que fosse votar com raiva.
Falam do patronato, mas alguns continuam a viver porque ainda têm patrões que lhes pagam o ordenado a tempo e horas.
Voltando à União Europeia, Portugal entrou para a mesma sem condições... hoje fala-se em sair, mas qual será o custo? Teremos ganhos? Na minha opinião não! Tal como não compreendo como este povo segue fielmente pessoas que aparecem nos pequenos ecrãs e que não sabem do que falam. Temos um divida, temos de a pagar, é simples! Só tenho pena que pela merda de uns todos paguem!

Sabias que agora quem tem 50 000 euros na conta, por exemplo, é considerado burguês???? 

Um beijo!

Paula disse...

Alexandra,

Nem vou comentar essa dos 50.000€ porque infelizmente nem merece que o faça!
Eu tenho um lema:
"Queres ter o que eu tenho trabalha para isso eu faço o mesmo!"

Beijo

Alexandra Santos disse...

Darling,

deixo-te o vídeo de quem proferiu tais palavras e outras barbaridades... continuo sem perceber como há gente que não põem a mão na consciência, dando voz a estes parasitas! 

https://www.youtube.com/watch?v=KE6C1uYEHC4


beijo

A Loira disse...

As pessoas estão em crise, mas da cabeça.

Paula disse...

Alexandra,

Obrigada fica aqui o registo.

Beijos

Paula disse...

Vera,

Eu não diria melhor!

Beijos

Moi disse...

Pois... que dizer!
Eu já desisti de comentar a mentalidade de quem acha que faz muito pelo povo, quando arranja sempre forma de salvaguardar o bolso deles... enfim, veremos onde tudo isto vai parar... (ao fundo!)




Beijos

Paula disse...

Moi,

Quanto mais inventam mais merda fazem.

Beijo

Unknown disse...

É para isso que existem os ranhosos dos sindicatos... para defenderem os supostos oprimidos, oprimidos esses que só conhecem os seus direitos, mas dos deveres querem é distância. Se querem que os patrões possam dar-lhes melhores condições, que tal fazerem por as merecerem no lugar de ficarem a reclamar? É este o grande mal do nosso país e já o Ricardo Araújo Pereira falava disso... eles falam, falam, falam, falam e eu não os vejo a fazer nada, fico chateado, com certeza que fico chateado!

Como querem ter ordenados altos como por exemplo os alemães se também não produzem tanto como produzem os alemães?! Como querem manter os seus empregos se passam a vida a reclamar e a fazer greves para prejudicar todo o país?

É como eu digo: este país não tem futuro e sabe Deus quando é que terá... tal como o primeiro-ministro, também eu aconselho a imigração a todos os que podem sair daqui.

Paula disse...

Fire,

A solução é não emigrar mas lutar pelo que se acredita com cabeça e consciência.
Já estive fora do meu país que amo de coração não me vejo a sair daqui outra vez, o povo tem força apenas tem de aprender a usar de novo a garra que tiveram os nossos pais e avós