segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Errare humanum est


Como diz o ditado: "Errar é humano e perdoar é divino", nesta época em que atravessamos de mudanças, alguns subtis outras extremamente gritante, cada dia mais vemos que a sociedade tem medo de errar, ou pelo menos de assumir os seus erros!
Seja em que escalão seja, ou no que de mais diversificado se possa assistir raramente vemos alguém assumir um erro. Pensando bem e pelas cabeças de agulha que por ai andam, erros é algo em vias de extinção, pois se por um lado a culpa morre solteira por outro as pessoas não erram, fazem ajustes ou como já algumas vezes ouvi... alteram ideias com o pressuposta de os erros não serem e passarem a ser falhas.
Nunca tive medo de assumir os meus erros, mais de assumir aos quatro ventos que errei. Sou sem sombras de dúvidas extremamente orgulhosa, e dificilmente peço desculpas, mas em contrapartida a assumir que errei e muitas vezes a assumir erros que não são meus podem ver repetidas vezes, algumas delas no mesmo dia.
Acredito piamente que errar tem como propósito educar e ajudar a crescer, desenvolvendo não só o carácter como a força psicológica verdade que detesto fazer duas vezes o mesmo erro, ou pior ainda que o cometam comigo, aliás nessa altura salta a segunda parte do ditado, e o perdoar é mesmo divino porque eu não perdoou-o nem esqueço.
Não podemos ser perfeitos certo?
Mas  não posso deixar de me preocupar com as evoluções dos sinónimos de errar hoje em dia, pois se não existem ou estão em vias de deixar de existir como podemos aprender com o que não é fisicamente palpável?
O que se pode esperar de uma juventude cujo exemplo que tenham em casa, na escola, entre amigos seja onde for é que o não assumir de um erro, não traz consequências?
Quer dizer errar todos erramos, assumir raramente o vimos fazer... no meu tempo de moçoila o não assumir um erro era sinonimo de uma palmada valente no rabo e garanto que o que me fazia doer mais eram as consequências desse erro e não os cinco dedos marcados no bumbum.
Hoje não... as crianças erram com os pais, os pais com as crianças, os alunos com os professores e vice-versa, os políticos com o pais, erramos com quem amamos com a mesma naturalidade com quem detestamos e a nossa atitude é sempre a mesma.
De completa e total desinteresse com quem erramos desde de que não nos descubram o erro e mesmo se descobrirem temos sempre a hipótese de negar... com alma...com garra... com fúria! Mentimos, magoamos, ofendemos mas não assumimos o erro!
E no meio disto tudo, desta frieza assustadora só me posso perguntar porque? Que se ganha em não assumir que se erra? Que se falha… Basicamente que se é HUMANO!
Não se ganha nada, nem conhecimento, nem apoio, nem confiança… Nada.
Perde-se! Perde-se tanto… Amor-próprio, crescimento… mas mais que tudo perdemos a capacidade de saber aprender. E estagnamos neste estúpido comportamento em que eu não erro… no máximo cometo umas falhas!
Pois eu erro, erro muito, todos os dias… comigo com quem amo e com quem detesto, com quem conheço mal e com quem não conheço. Erro e assumo, cresço e evoluo…
Sem medo de ser o que sou… com esperança de ser melhor do que me estou a tornar… com fé que com os erros aprenda e com o que aprendo nestes cometa outros e outros!

6 comentários:

M. disse...

Só não erra quem não arrisca viver...

Só não pede desculpas quem não tem a quem...


So sad...

Paula disse...

Very sad...
Mas infelizmente esta a tornar-se o dia a dia

Mega disse...

Só não erra quem não faz.
E se erramos só temos mesmo que assumir, o erro e as consequencias.
Mas pronto como nós poucos existem mas nós tambem sabemos bem resistir.
Beijos resistentes

Paula disse...

É mais facil esconder a merda para debaixo do tapete como bem sabes.
Eu gosto da casa limpa arrumada e orientada.
Erro assumo, aprendo e evoluo
Beijos

Anónimo disse...

Errar, errar até à vitória final!
Já ouvi isto em qualquer lado....
Carissima, salvo melhor opinião, assim não vai longe.. se é que tem algum lado para ir.

Logos e Praxis

Paula disse...

Anónimo aonde eu tenho de ir só a mim me diz respeito.
Identifique-se e assim talvez eu entenda essa amargura toda.