quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Julgar por julgar

Todos nós julgamos certo? Tiramos juízos de valor através do nosso sentido que por vezes mais nos pode enganar! A visão...
Nem sempre o que a primeira imagem nos mostra é o que realmente é, e aquilo que vemos a primeira vista muitas vezes temos de confirmar duas ou três vezes para termos a certeza.
Não estou aqui a tentar mostrar aquilo que definitivamente não sou, também julgo assim como também sou julgada, acredito no entanto que a segunda esta em maior percentagem que a primeira.
Tento, a custo confesso, controlar essa tendência de julgamento que tão característica é da nossa espécie.
Juízos de valor são meio caminho andado para não vivermos experiencias que de outra forma poderão ser inesquecíveis.
Tenho plena noção que o primeiro dos sentidos tem um voto muito grande naquilo que poderá acontecer em relação a alguém ou a alguma coisa, mas se pusermos de lado décadas de hábitos de julgamentos conseguiremos viver a vida de uma forma muito mais tranquila e verdadeira.
Tenho perfeita noção, eu e todos os que tiverem pelo menos dois neurónios e meio a funcionar, que os primeiros julgamentos são baseados em pormenores mesquinhos e que pouco peso tende a ter no que realmente interessa, mas que contam bastante na impressão que adquirimos em relação a algo.
São no entanto fundamentados, na aparência, na forma, no aspecto… coisas que pouco ou nada contribuiu para o que realmente interessa numa relação de amizade.
Hoje em dia, apercebo-me que esses julgamentos pequenos, estão a adquirir suma importância no dia-a-dia de cada um de nós, e a levar que muitas vezes se minta, se altere personalidade para agradar quem não se deveria.
Homens, e neste caso refiro-me a espécie, vivem em função de títulos que não mostram quem são, o Sr. Dr. Fulano, o Eng., Sicrano… o raio que os parta é o que é! Como se um titulo que pode muitas vezes ter sido comprado, vejam o caso conhecido do Sócrates (o PM não o filosofo), que do nada passou a Engenheiro, não alteram em nada aquilo que és. Uma óptima pessoa ou uma merda.
No máximo o que se irá conseguir é uma entre abertura de porta de alguém tão ou mais básico que eles, na expectativa de se puder aproveitar daquilo que poderás valer.
Porque no fundo é isso mesmo que advém dos julgamentos, até que ponto interessas o suficiente para seres chupado até ao tutano…Cuspido e deitado fora.
Porque quem te aceita pelo que és… feio…careca…zarolho…coxo…rico ou pobre… estúpido ou inteligente, sabe com o que conta, ampara e estende a mão sempre que precisares. E o melhor? Sem te pedir nada em troca.
Para mim é uma luta constante confesso não julgar, até porque tenho muito pouca paciência para gente burra, e que abunda infelizmente aqui no paraíso a beira-mar plantado, mas quando o faço penso sempre no seguinte:
“Lembra-te que sempre que quando apontas um dedo, quatro ficam virados para ti!” interessante certo?
Ter a capacidade de julgar justamente, após conhecer a fundo uma pessoa é adquirida depois de nos julgarmos a nós mesmos… E se o fizermos com conta peso e medida apenas temos a ganhar. De nós e dos outros.
Crescimento e evolução pessoal não é algo que se nasça… Adquire-se!
E da forma que pouca gente gosta, com trabalho árduo, mente aberta e coração liberto.

8 comentários:

M. disse...

Grande texto e bela foto como complemento...

Julgar é quase inato (julgo eu...). Também evito. Mas reconheço que quanto muito mudamos o vocábulo mas os conceitos mantêm-se...

Perante essa inevitabilidade resta-me tentar não praticar injustiças… Realço: tento…

Gi disse...

Crescimento e evolução pessoal não é algo que se nasça… Adquire-se e eu tenho aprendido com os teus textos!
Grata por isso...
Julgo eu que sou mais julgada do que julgo,mas admito a possibilidade de estar errada...
Sempre a aprender e a crescer!
Beijo sem juízo de valor*

Paula disse...

Olá M.
Sempre bom ter os teus complementos no que escrevo.
De facto julgar é inato... tão inato que nos julgamos a nós mesmos... Julgamos que somos mais ou menos do que realmente somos.
E como tu mesmo dizes tentar não praticar injustiças... reconhecer e pedir desculpa se o fazemos.

Paula disse...

Ola Tilida,
Agradeço as palavras... escrevo como terapia... como forma de crescer comigo mesma. Se ao dividir isto com quem me lê ajuda então é a cereja no topo do bolo.
A evolução é mesmo isso crescer...errar...cair...levantar e recomeçar.
Beijos sem julgamento apenas de agradecimento

Mega disse...

Julgar é algo que eu tento sempre evitar.
Ou melhor não o expressar.
É assim tenho as minhas convicções que são minhas.
Em termos de expressar prefiro opinar e não fazer juízos.
Mas cada um é como cada qual pois tambem opino sobre mim.
E como sempre gostei.
E opino que escreves bem sem te julgar.
Beijos

Paula disse...

Ora ai esta uma forma simpatica de "julgar" o "opinar" mais suave... mais justo... mais bonito enfim mais tu.
Beijos com opinião!

Anónimo disse...

«Ter a capacidade de julgar justamente, após conhecer a fundo uma pessoa é adquirida depois de nos julgarmos a nós mesmos… E se o fizermos com conta peso e medida apenas temos a ganhar. De nós e dos outros.
Crescimento e evolução pessoal não é algo que se nasça… Adquire-se!»
Concordo a 100%... muito bem dito, muito bem escrito. Parabéns pelo texto!! beijinhos!!

Paula disse...

Obrigada minha anónima conhecida que eu aprendi a gostar sem julgamentos mas com muito carinho
Beijinhos