segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Deixem-me rir a ver se não choro!


A sério o Universo só pode estar a brincar comigo, não é que me considere assim de tão suma importância para ele perder o seu tempo nesta brincadeira de rato e gato, mas só pode ser isso mesmo.
É impressionante como sou constantemente testada, como me sinto a ser levada ao meu limite, que embora grande, estou a um pouco de não conseguir controlar o que ai vem… e a verdade é que não vai ser nada bonito de ser ver.
Sábado escrevi bastante convicta que não iria lutar mais contra a maré, que ia deitar a toalha ao chão e dar-me por vencida… não derrotada, vencida!
Que ia retemperar forças, estabelecer margens… evitar dores de cabeça dos outros pois as minhas já são demais.
Ora a que conclusões me fazem chegar? Que se não lutar contra a maré, a put@ da corrente me vai fazer ir pela barragem abaixo.
È que não é normal, não é mesmo! Não sou eu a fazer-me de coitadinha desgraçadinha, protagonista de um qualquer fado de taberna… é que parece que lá em cima alguém decidiu fazer o meu ano de 2010, algo típico de uma comédia/tragédia grega.
Não vou fazer neste texto um balanço do meu maravilhoso ano, vou deixar isso para mais perto do fim, para puder chorar, berrar, gritar tudo o que bem me apetecer até limpar a alma para um novo que vem a caminho, mas vou descrever aqui o que me sucedeu 24 horas depois do texto que tão convictamente escrevi.
“ Domingo dia 12 de Dezembro de 2010, pelas 9h00 da manha, levantei-me da minha caminha, após uma noite até repousante e o dia estava luminoso pelo que pensei que vinha ai um dia bom para relaxe e retemperar forças, fui ao WC tratar da minha higiene matinal, ao sair passei pelo quarto dos meus pais para ver como estavam os meus meninos de 4 patas, e ai é que as coisas começam a dar para o torto, o meu mais velho, já com uns simpáticos 13 anos e com alguns problemas de coluna, não consegue andar… fica a olhar para mim com aqueles olhos de venturina, num pedido silencioso de ajuda que me destrói a alma e mina o coração,
Aproximadamente uma hora depois, começa a reagir e a conseguir andar novamente, meio trôpego é verdade, mas já a andar, nesta altura já com uma dor de cabeça descomunal, mas disposta a não deixar que me deitem abaixo, estas partidas que ultimamente me fazem e porque tinha de testar o carro que adquiri para as minhas deslocações diárias rumo ao Seixal a casa do namorado. A viagem corre tranquila sem sobressaltos e ao som da M80, lá vou eu a relaxar pelo caminho e a tentar que a cabeça me deixe sossegada por algum tempo. Chego por volta das 11h20 mais coisa menos e resolvemos sair para almoçar e para um passeio a beira-mar
Após algum tempo na rua, e porque a dor de cabeça não passa, combinamos voltar para casa dele onde tomo algo para as dores, encosto a cabeça no colo dele, e ao fim de algum tempo consigo raciocinar sem ter sinos a tocar tal qual corcunda de Norte Dame nas têmporas.
Decido sair por volta das 19h00, para retornar ao meu poiso, convicta que o dia até se acabou por compor, relaxada e feliz, quando o Universo resolve brincar novamente no seu belo tabuleiro, e o meu carro começa a aquecer feito forno louco em noite de Natal, e eu acabo por voltar de reboque para casa, depois de ter chorado de raiva e me ter passado ao telefone com pai, mãe e namorado, e não foi com mais ninguém porque mais ninguém me tentou animar na altura.
Termino pois o meu dia apática por volta da 1h00 da manha com os sinos novamente em acção e com uma dor de estômago daquelas para acompanhar o ramalhete!”
Agora digam-me lá se não é de eu me começar a rir, para não desatar aqui a chorar?
Quer dizer é que não há cú que aguente…. Quem é que consegue com esta merda toda a acontecer, conseguir levantar a cabeça e seguir em frente de sorriso e nariz empinado?
Pode-se mesmo dizer que no fim tudo correu bem, que o meu menino está bem, pelo menos até a próxima crise, que o carro esta bom é apenas provavelmente a ventoinha, mas sinceramente ando cansada de ver o bem de todas as coisas que me acontecem, porque resumindo quem me tira o stress que apanhei, e as dores de cabeça com que fico? Ninguém!
O que me dá animo no meio disto tudo é que eu sou um osso duro de roer, e filha da minha mãe, uma cabra dura que não vai ser o Universo seja ele omnipotente, omnipresente e mais forte que eu que me vai derrubar!
Chega! Estou farta e cansada e não vais ser tu com os teus testes que me vão fazer não conseguir manter a cabeça erguida, as costas descansadas e a luz no rosto!
Venha a próxima estou aqui pronta para ela!

4 comentários:

M. disse...

Acho que não precisas de adendas...

Tá tudo escrito.

Há dias assim. De merda. Bom para medir os outros dias.

Paula disse...

Boas M.
Pois há dias assim de testes e merdas que tais que só nos apetece gritar até perder a voz.
Venhem e vão!
Não ficam... não deixo

Gi disse...

Já não estamos no mesmo dia mas hoje também não está grande coisa...

Paula disse...

Mas tem de ficar. Fazer frente as coisas com unhas e dentes.
Força