sábado, 12 de março de 2011

O mais novo

Faltava falar do terceiro dos meus patudos adorados… o mais novo… e talvez por isso o mais carente. Roger (AKA Cara de Macaco).
O Roger foi uma surpresa para a família, quando a princesa ficou grávida a nossa ideia era não ficar com mais nenhum patudo… estes meninos dão muita alegria mas não é nada fácil quando temos de dizer Adeus, pelo que tínhamos decidido dedicar todo o nosso tempo ao casal e quando chegasse a hora de partirem não tornávamos, pelo menos por algum tempo, a dedicarmo-nos a mais nenhum.
A história deste menino começa em 25 de Novembro de um ano distante, a patuda tinha entrado em trabalho de parto, e por problemas de infância, as coisas complicaram-se pelo que tanto eu como a minha mãe tivemos de ser as parteiras… não é um trabalho limpo e fácil. É preciso ter estômago pois uma das coisas a fazer é cortar a película que envolve os recém-nascidos, o cordão umbilical e dar de comer à mãe a placenta, pois é ela que vai desenvolver nutrientes necessários para a sua recuperação e faz criar leite.
Ao certo não sei quantas horas foram de trabalho de parto, sei que era manha quando começou e já noite cerrada quando terminou.
Nasceram 2 casais, o Roger foi o ultimo a nascer, e pela altura que o conseguiu fazer já vinha semi-morto, ao inicio pensamos que nada podíamos fazer… mas depois de retirar a película enchi-me de coragem e apliquei respiração boca-a-boca (neste caso boca - focinho) e conseguimos que recuperasse a consciência.
Tivemos de ser “mães” para os 4 bebés pois a princesa não tinha leite, levantar de 2 em 2 horas, bater nas costinhas quando se engasgavam, enfim o normal.
Depois do episódio no parto, ficou decidido que se o pequenito se salvasse ficava connosco, os outros 3 foram entregues a famílias que sabíamos iriam tratar bem deles… entre elas esta a minha avó que ficou com a primeira a nascer.
Desde do inicio sempre foi diferente dos irmãos, se alguém vinha a nossa casa escondia-se por detrás do sofá e só saia quando a porta da rua batia… a relação entre mim e ele sempre foi a mais forte.
Nunca nos deu muitas dores de cabeça, com doenças, ou fugidas, é um cão tranquilo… desde de que tenha uma mão, ou um colo onde se aconchegar por ele pode cair o mundo lá fora.
Gosta tanto do contacto das nossas mãos que costumávamos brincar quando era mais pequenino que a minha mãe o conseguia hipnotizar, pois ficava deitado na mão dela e bastava dois ou três mimos para ficar em posição de “frango de churrasco” sem se mexer.
Faz parte da nossa vida já lá vão quase 10 anos em nenhum dos dias que os formam nos arrependemos da decisão de o mantermos na nossa companhia.
É um cão maravilhosamente doce, que entendemos com um simples olhar, tão perspicaz que sente se o chamamos nem que seja com um sussurro…
Damos todos os dias motivos para nos fazer sorrir… seja com brincadeiras tolas, ou pedidos de mimos inocentes…
É o meu peluche dos fins de noite em que me encosto no sofá por 10 minutos de relaxe que antecede o deitar…
Para isso basta abrir os braços e dizer…vem a mãe!


6 comentários:

M. disse...

Cada cão tem a sua personalidade (e os seus heterónimos...lol).

Mas gosto de todos. E dos que deles gostam:)

Paula disse...

M.
E eles têm personalidade vincada mesmo :)

Também gosto de ti mas não digas nada a ninguem :))

Teresa Santos disse...

Por que não haver uma escola onde os cães fossem os "professores" da grande maioria dos humanos?!
Que ideia mais idiota, dirás.
Desculpa mas não te dou razão!
Poderá ser uma frase feita, poderá ser o que se quiser, mas o que é facto, é que - e cada vez mais -, eles, os animais, (e o cão de forma muito particular) nos dão verdadeiras lições de HUMANIDADE, amizade, ternura, cumplicidade.
Não quero sequer pensar que vou, um dia, perder a Miu.
A Miu veio cá para casa logo que chegou a altura de poder ser retirada da mãe, já lá vão 14 anos. Para uma persa, isto já significa uma idade muito avançada.
Não quero pensar nisso!
Beijinho.

Paula disse...

Teresa,

Não acho nenhuma ideia idiota, aliás tinhamos muito que aprender com eles.
Não vamos pensar em perdas vamos aproveitar momentos...
Beijinhos

Teresa Santos disse...

É isso que faço, acredita!
Aquele ronronar que bate de encontro ao meio quando lhe pego compensa-me, de certa forma, de momentos menos bons.
Beijinho

Paula disse...

Sei como é... faço o mesmo!
beijinho