sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Serei apenas eu a pensar assim?

Não consigo assimilar as relações de hoje em dia, não sei se é o meu lado retrogrado a falar mais alto ou não, mas custa-me ver alguém investir em algo da forma errada.
Para muitos as coisas não são assim tão preto no branco, conseguem dividir com uma facilidade extraordinária a família, ou a relação estável por uma fugaz... eu não!
Hoje enquanto estava no ginásio falava sobre isto com uma amiga minha... a facilidade com que se saltam etapas hoje em dia assusta-me.
Perdeu-se a conquista... a luta por ter quem queremos... o conhecer parte da alma de quem está do nosso lado.
E uma coisa é quando somos mais velhos, não que para mim faça alguma diferença, onde não existe tempo a perder... onde muitas vezes a única coisa que já se procura é apenas contacto humano por umas horas...mas outra é ver miúdas e miúdos que começam por conhecer alguém e na semana seguinte ou já passam a noite ou então vão passar o fim-de-semana juntos numa imitação burlesca de lua-de-mel... como dois conhecidos
que sabem que por algum tempo são donos da alma um do outro.
E pior, se é que possa ser considerado pior, é a ilusão que criam, para eles e para quem os rodeia como se soubessem exactamente onde se estão a meter... com o que lidam.
Pergunto-me se serei apenas eu que sente que cada dia as pessoas menos sabem estar sozinhas, será assim tão assustadora a solidão?
Serei apenas eu que sente que numa relação muitas vezes quando se saltam fases acabamos por estar mais sozinhos que quando estamos sós?
Será tão difícil assim assumir que para se ser feliz muitas vezes temos de dar tempo ao tempo?
Verdade que não sou uma qualquer máquina que se movimenta no mundo, segura das suas ideias... absorvida nos seus idealismos. Sinto falta daquele abraço no momento certo... do beijo roubado quando menos se espera ou da cumplicidade que apenas se alcança na entrega total do corpo... mas apenas o quero quando roça a posse da alma...
Se assim não for, fica apenas o fictício de algo que por desejamos tanto ser real apenas nos deturpa os sentidos... e no fim inevitável nos deixa mais vazios e solitários.
Engraçado no meio disto tudo a conclusão que chego é que procuramos tanto o amor... e quando o encontramos sentimos-nos assustados pela sua magnificência.
Irónico não?
Namasté

8 comentários:

Anónimo disse...

É complicado, Utena, muito complicado..responder a essas duvidas...Hoje em dia encontramos cada vez mais pessoas que procuram uma relação sem compromisso.
Beijinhos

Paula disse...

Von,

Nada contra quando se assume isso... e quando não assumimos todos por iguais

Beijinhos

Anónimo disse...

Bom dia simpática.
Exactamente, Utena, o grande problema é que a maioria das pessoas não o assumem. Eu acho que se nos assumissemos, sem tabus ou preconceitos, o nosso mundo seria bem melhor. Mas em vez disso, muitas vezes, preferimos enganar-nos a nós próprios o que, convenhamos, é uma grande chatice.
Beijinhos

Paula disse...

Bom dia Original =),

Sim infelizmente o politicamente correcto impera mas onde não deve.
Ser como é esperado no trabalho faz sentido no que conta a sentimentos não!

Beijinhos

Anónimo disse...

O triste é que há imensas pessoas por aí fantásticas que só encontram trastes que só andam a enganar essas pessoas e (alguns/algumas)a elas próprias!
Deixem-se de tretas querem sexo sem ter de ir às meninas, sem abrirem os cordões à bolsa... se isto não acontecesse há bastante tempo diria que são sinais da crise económica...assim digo só que são sinais de tempos que que os principios e valores morais andam um pouco esquecidos... mas lá está "cada um sabe de si"!
Mas por favor sejam honestos e digam o que de facto pretendem das pessoas!
beijos,

Paula disse...

Olga,

Estás chateada Ken Lee até sinto aqui as faiscas...

Beijos

Coisas de Feltro disse...

Acho que anda é tudo confuso. Há pessoas que se apaixonam uma vez por mês e dizem que agora é a sério. Se querem dar uma, dêem, mas deixem-se de lirismos. Se doze vezes por ano acaba sempre da mesma maneira, não é altura de aprenderem? Ou param e dão um tempo a elas próprias ou encaram a coisa como ela é. Não culpem é depois os outros pelos seus próprios fracassos!

Paula disse...

Coisas de Feltro,

Não sabes que é sempre mais fácil culpar os outros pelos erros que cometemos... assim saímos sempre como os coitadinhos