sábado, 4 de dezembro de 2010

As mulheres são de Venus os homens de Marte....

Todos nós já ouvimos com certeza esta bendita frase "as mulheres são de Vénus e os homens de Marte", verdade?  É algo que de vez em quando nos assola como uma piada ou como uma frase publicitária sobre um qualquer produto.
Poderia até ser verdade senão houvesse agora uma tão grande quantidade de híbridos que nos deixa tontos e desorientados sem saber ao certo quem é o quê.
Não estou a falar de preferências sexuais, nem a levar as coisas para esse campo, apenas no sentido de haver características certas para o lado feminino e o masculino que agora muito dificilmente se consegue distinguir em certas situações e ocasiões.
No meio disto tudo, do que assola a sociedade hoje em dia, eu sinto-me como uma estranha num mundo surreal, onde tudo esta de pernas para o ar e nada se parece com o que deveria ser
E se na realidade as mulheres são de Vénus, eu pergunto-me de onde raio serei eu!
Os ventos da mudança sopram cada vez com mais força e intensidade, no entanto parece que um cegueira global invadiu o planeta terra e iludiu os seres que nela habitam, e que tal como os ratos seguiram a flauta de Hamelin, seguem iludidos uma realidade nada verdadeira direitos ao precipício de sorriso nos lábios.
E esta sensação que me persegue tal e qual pesadelo sombrio, a mim e a mais alguns que continuam imunes a música hipnotizadora da flauta, tem-me deixado o coração apertado e um nó na garganta.
Sei com uma certeza tão absoluta que até assusta que as mudanças estão a caminho e que tal como tempestade de areia, vai chegar e infiltrar-se em todas as cavidades, em todos os sítios, em todos os lados, sem que possa ser evitada, sem que nada se possa fazer.
A sensação de impotência é tão imensamente grande, que me sinto um ser estranho de mim mesma, como se o meu próprio corpo as vezes não me pertencem-se, como se visse o mundo através de uma cortina de bruma, tão facilmente quebrada, mas tão dificilmente atravessada.
E por vezes quando me sinto mais em baixo, mais desesperada, menos forte, quando deixo que por uma milésima de segundo a brecha na armadura se sinta, se veja…Sou assaltada por sentimentos tão fortemente desesperadores que me interrogo como mais ninguém pode sentir que a terra sangra… como será possível não ouvirem o grito desesperado de alerta dos guardiões… daqueles que tentam manter um equilíbrio tão frágil como água que escorre por entre os dedos sempre que a tentamos segurar com mais força.
O mundo está surdo, cego, de alma e coração fechado aos pedidos de ajuda que nos assolam por todos os lados, e que se por uns breves instantes fechássemos os olhos e deixássemos de pensar exclusivamente em nós ouviríamos com uma nitidez tão incrível que seria como se os tivéssemos a sentir ao ouvido.
Não posso, nem quero e muito menos devo deixar a minha alma sucumbir a tristeza palpável que sinto por saber que quando se aperceberam das mudanças que venhem a caminho será tarde demais, nem vou ser eu a dizer o típico “eu bem te avisei”, mas a época que se avizinha vai fazer cair muitas máscaras, algumas delas que nem eu imagino mesmo estando a observar pelas brumas, e vai ser doloroso para muita gente…
Eu inclusive… sei com a certeza que vem da alma, que vou sentir a dor excruciante da verdadeira realidade, que embora imaginada nunca tem a verdadeira força da verdade preto no branco do que é. Não temo a mudança abraço-a de coração aberto, não temo a dor, estou habituada a lidar com ela, com a minha… com a dos outros… com a que me pertence por afinidade e aquela que acolho para mim como uma tentativa de alivio para alguém… maldita mania de ser guerreira e lutar as lutas que não são minhas, maldito feitio filho da put@ que me faz ser guerreira de uma batalha que sei que maioritariamente esta perdida, mas que me faz seguir em frente até não ter força para levantar os braços…sem uma palavra de agradecimento, sem uma mão que me ajude depois a ficar de pé… mas também que se f@dam tentativas falsas de apoio, faço o que faço porque quero e não porque sou obrigada, porque verdade seja dita ainda esta para nascer o c@abrão que me obrigue a fazer algo contra a minha vontade.
Acordem antes que seja tarde, revelem o vosso eu interior ao mundo, sem medo do que possam pensar, deixem de tentar ser aquilo que os outros gostariam que fossem mas mais que isso tudo, aprendam a olhar para o espelho e a gostar do reflexo que esta reflectido nele…

8 comentários:

Anónimo disse...

olá gosto muito do que escreves cada dia mais mas deixa que as férias durem quando acabar acaba o sofrimento e a dor amote cada dia mais

Paula disse...

Minha libélula mais linda...adoro-te muito também
obrigada por tudo.
Amo-te

M. disse...

Utena. Uma ajuste de contas? Um balanço?

É que disparas (bem) em vários sentidos. Não sei se seria bom todos nós mostrarmos o nosso verdadeito interior. Tenho dúvidas.

Gosto de franqueza. Não gosto de pessoas que a declaram.

Reprimir não é necessariamente mau. Podemos não o querer. Há regras. Normas. E (até) moral. Que nos moldam. Às vezes bem. Outras não sei.

Já estou a divagar. Culpa tua!

Vou reler porque dá panos para mangas...

Gi disse...

Volto já para TE ler com atenção...
Andas muito produtiva!

Paula disse...

M.
Digamos que é um grito de desabafo, um libertar de peito.
Gosto de franqueza de saber ao certo quem é quem sem mascaras, sem falsas pretensões do que a realidade não é!
:)

Paula disse...

Olá Tilida tive muito tempo sem escrever, e para mim a escrita é terapeutica... por isso a produtividade.
beijos

Mega disse...

Já li um livro com este título.
Mas embora tenha imensas palavras o livro, não chega aos calcalhares da intensidade que tu aqui demonstrastes.
Adorei
Beijos muitos

Paula disse...

Obrigada, pelas palavras, pelo insentivo de voltar a escrever por seres tu.
beijos