sábado, 26 de fevereiro de 2011

Dreamcatcher

Sempre me fascinou a história dos Índios, sempre abominei a forma como foram barbaramente executados, ameaçados, obrigados a viver sobre regras e normas que não entendiam nem eram as suas.
O homem comete barbaridades através da mão da ganância, dissimulada num capa falsa de “verdadeira religião”, “melhoria de civilização”… escondem-se por detrás da imagem de “salvadores dos pobres e oprimidos”, sem que nenhum deles tenha pedido a sua ajuda.
Invadem terras que não são suas, impondo regras, cagando leis… a mania de ser superior pela força das armas, pelo poder da guerra… Era assim naquele tempo… continua neste! E se algo não muda drasticamente vai continuar a ser…
Mudam-se os tempos, mas não as vontades dos “senhores da guerra e do poder” apenas a capa… e a forma como oprimem e manipulam.
E no meio disto perde a humanidade, a destruição dos conhecimentos que passavam de pais para filhos, a história de civilizações que tanto tinham para dar… perdidas… roubadas a quem de direito… negadas a quem as queria conhecer e aprender com elas.
É absurdo sentir saudades do que nunca se teve, desejo de aprender o que se sabe perdido para sempre… mas no fundo imagino os caçadores de sonhos como isso mesmo… com a capacidade de deixar passar apenas aquilo que nos faz evoluir como seres…
Gaia é um poço de sabedoria, mãe carinhosa dos seus filhos que tanto a maltratam, a ofendem, a desgastam… secam dos seus recursos tão generosamente dados para serem usados com conta, peso e medida.
Dou por mim muitas vezes a pensar, o que iram os filhos dos nossos filhos fazer, quando a terra estéril pela mão do homem deixar de alimentar seres famintos… os rios de saciar a sede… quando deixar de existir a sombra das árvores para abrigar e purificar quem cá andar! Consigo sentir frio nos ossos só de pensar que continuamos a caminhar com passos certos e firmes para a nossa destruição.
No meio disto tudo continuo a tentar manter o equilíbrio e a lutar pelo que acredito e pelo sonho que tenho e que divido com quem amo…
Um dia de cada vez… cada um diferente do outro… em direcção ao que acredito ser válido… em direcção ao que desejo… ao que sei que me faz feliz…

8 comentários:

tilida5ever design disse...

Sorteio no meu blogue!Participa...

Coisas de Feltro disse...

Concordo Utena, e quando se vê filmes como "O Livro de Eli", ou "A Estrada"...tememos.

Isabell Culen disse...

Dizes "é absurdo ter saudades do que nunca se teve". Eu digo que as descendencias dos outros vão ter saudades do que nós temos hoje, como o simples O2 que respiramos. Digo dos outros pois não vou trazer nenhum ser ao mundo pois sei que não vai ter aquilo que tenho hoje.

Penso que hoje tocaste num ponto fulcral da historia da humanidade.
Beijinhos

Paula disse...

Rosinha,
Só vi agora mas ainda vou tentar ir ao sorteio.
Beijinho

Paula disse...

Coisas de Feltro,
Esta na hora de começarmos a fazer algo para evitar que as coisas cheguem ao ponto do não retorno.
beijinhos

Paula disse...

Isabell,
Não posso mudar a tua ideia, penso que isso é uma decisão uniexclusivamente tua. Penso apenas que não é isso que muda o que temos hoje mas sim as nossas acções.
Beijinho... cheio de 02

Gi disse...

Eu também adoro índios principalmente porque eles tem chefes...Beijinhos*

Paula disse...

LOLOL Rosinha,
E tinham Xamãs também...
Beijinhos