Hoje dei por mim com vontade de comer cerejas… o desejo deve estar aí em força pois não fui a única a pensar nisso por este mundo blogista.
No tempo delas sou capaz de fazer uma refeição apenas com estes frutos de pele vermelha e sumo doce que adoro.
Ao contrario de quase todos os outros frutos cujo aroma não me importo de saborear em rebuçados, iogurtes, gelados… sumos… a cereja é a única que apenas gosto de sentir o paladar natural e fresco sem qualquer aditivo ou conservante.
Talvez por isso não sei, dei por mim a pensei num provérbio associado às cerejas:
“As conversas são como as cerejas atrás de uma vem sempre outra!”
E a verdade é que se forem boas, as conversas e as cerejas não nos cansamos de as ter… ou comer!
E no meio destes meus pensamentos flutuantes e loucos dei por mim a pensar que sinto saudades de degustar um belo cesto de cerejas com a mesma intensidade que sinto falta de uma bela conversa. Inteligente, perspicaz… que dê luta ao pensamento… que flua sem ser forçada… que não precise de tópicos como o tempo… a crise… os filhos ou os namorados.
Daquelas conversas que se tornam deliciosas… eternas… únicas! Que nos fazem perder a noção do tempo e do espaço! Que nos faça sentir como se acabássemos de chegar 5 horas depois de estarmos no paleio… na troca de ideias!
Daqueles momentos que começamos falar a em alhos e acabamos em bogalhos e que se pararmos para tentar fazer um retrospectiva de como começou a conversa não sabemos ao certo qual o ponto inicial… e sinceramente pouco nos importamos com isso.
Daquelas que mesmo quando regressamos a casa ainda nos lembramos de mais alguma coisa e acabamos por ficar mais um tempo em sms ou ao telefone com quem está do outro lado.
Hoje em dia é difícil momentos assim… tudo me parece morno… com falta de vivacidade… de garra.
Encontrar alguém que se esteja a marimbar para o que os outros pensam, que expõe as suas ideias sem reserva, sem pensar no que poderá tirar em proveito próprio de uma relação é raro.
Por isso hoje deu-me um daqueles meus apertos na barriga… aquelas vontades loucas de dividir na praia… no cume da Serra de Sintra uma cesta de cerejas com alguém que é raro e que me é muito querido um dos nossos momentos únicos de pura conversa… da mais descarada lanzeira… da mais carinhosa partilha!
Pena que estejas tão longe meu tio amado… não de sangue mas de alma! Companheiro de dias de brincadeira na praia do nascer ao pôr do sol…
Sinto a tua falta… mas estás no lugar mais sagrado da minha essência… na alma e no coração!
Até um dia!
17 comentários:
A propósito de cerejas. ;)
Muito bom o poema Sarnento.
BTW que história é essa agora do teu blog acabar agora que começei a ler?
Mau mau
Nada dura para sempre e, tendo em conta o ritmo a que me aborreço das coisas, o blogue já durou um bom bocado. Mas, uma vez que só o encontraste agora, ainda há muito para ler... só tens de ler para trás. ;)
E que belas são essas conversas, e que raras, tão raras!
Um lugar comum? Não uma realidade!
Ainda haverá pessoas com quem se possa ter esse tipo de conversa/cumplicidade?!
Não sei!
Tiveste a sorte de ter tido um tio amado, tio da alma, a pessoa especial, a pessoa com quem tenho quase a certeza, continuas a ter algumas conversas, só vossas, muito vossas.
Beijinho.
São boas...
As cerejas e essas conversas.
Mas essas conversas só se têm com quem estamos completamente à vontade...
... e quando estamos descontraídos.
E não é fácil.
Ter pessoas assim tão intimas.
E estarmos completamente descontraídos, num mundo de contração...
... mas é possível.
E bom.
Hoje até sai da auto- estrada para ver se encontrava daquelas vendedoras de cerejas de beira de estada...lol
Do restante sentir...:( mas mais :)
Sarnento,
Até posso ler para trás mas olha que eu sou uma leitora rápida e depois como fazemos hum?
=)
Kazon Indústria de Cosméticos;
Obrigada pela passagem darei lá um salto sim com toda a certeza.
Obrigada pelo convite
Teresa,
Sim existem ainda pessoas com essa capacidade magnifica... tu com certeza és uma delas.
Momentos raros devem ser aproveitados e vividos ao máximo.
Beijinhos
António,
Nada é impossível quando nos entregamos com alma e recebemos do outro lado.
E é isso que faz o momento ser único e especial.
Beijinhos
M.
Essas cerejas são as melhores... as de saco meio embranquiçadas mas duras e boas... deliciosamente doces...
Do resto? Sentir... sempre
=)
E tal como as cerejas, também nas palavras temos de ter cuidado com os caroços.
Beijoca!
Isso meu Caro Rafeiro sempre... não se pode ficar com nenhum entalado na garganta.
Beijoca
Utena não dês importância ao cão (sarnento),trata-se de um ser asqueroso desprovido de qualquer sentimento!
Eu gosto de cerejas grandes e muito maduras!
Conversas também,desde que a pessoa me deixe falar a mim também...Caso contrário é um monólogo e eu não gosto de monólogos (só os da vagina)!
Cacarol,
Confesso que até lhe acho graça sabias? =)
Quanto a monólogos também não gosto... gosto de debates de troca de ideias... isso sim é o que me satisfaz.
Beijinhos
Eu já estou como a Cacarol (problemas de identidade) e gosto delas,das cerejas,maduras e grandes!Saborosas de preferência...Mas volto para comentar o texto*
Rosinha,
Andas sumida... sim volta que o teu voltar tem graça
:)
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