segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ando...

Ando cansada de ser forte, de lutar… de sorrir sem ter vontade e dizer:
“Isto não é nada que não esteja habituada… passa!”…
Não passa… é tanto!
Apetece-me tirar a espada… soltar a armadura e vestir o meu corpo com um vestido branco de seda transparente… que me envolva… me arrepie… preencha cada contorno, cada curva… cada nódoa negra… e deixe subtilmente realçar a mulher que sou debaixo da capa de durona inabalável.
Maldita sina, a de ser guerreira, a forte do grupo… a cabra de serviço.
Preciso de parar por uns segundos, de me reencontrar… de me deitar numa cama feita pela natureza, enquanto ouço o som dos animais nocturnos, também eles temidos e incompreendidos… de sentir o meu corpo ser inundado pelo cheiro das flores que se dão durante a noite, que se libertam quando as primeiras horas negras aparecem… com o seu perfume inebriante e único… deixar-me estar… incógnita do mundo enquanto absorvo o poder que o céu estrelado nos dá!
Quero com a força que tem, quem sabe que merece, alguém que me faça feliz… que me complete… que me toque no corpo e me preencha a alma… que me dê desejo de ser mulher, companheira, amante, amiga… preciso de alguém que não me queira como mãe!
F@da-se a sério a quem me conhece eu apenas posso perguntar tenho aspecto de ser “usada” apenas para mãe? Para estender a mão e passar a mão pela cabeça…
Acarinhando?
Confortando?
Eu? Que me dá nos nervos esse tipo de comportamento? A quem enerva a inércia… os pobres coitados… ou perseguidos pelo destino?
Não! Não quero cama por melhor que ela seja… e eu sei ser óptima nela… acreditem… não estou a ser hipócrita ou modesta… sei ser porque conheço o meu corpo e como reage… sei ser porque sei como fazer reagir o do parceiro… porque me entrego… porque me dou a 100%... porque não me entrego a falsos tabus, a dogmas idiotas! Sei levar a loucura… a deixar quase cair ao precipício apenas para trazer de volta…para tornar a deixar ir na direcção dele… mas sou mais que isso… sou uma óptima companhia, alguém que te absorve apenas por olhar, alguém que te faz viajar numa conversa… alguém que pode apenas ficar parada a beira-mar em silencio porque precisamos apenas de estar um pouco na companhia um do outro!
Quero e tenho direito a ter alguém que queira o pacote completo, as fúrias sem sentido… os ataques de justiceira sem aviso, as gargalhadas em momentos tristes… que me dê mimo mesmo correndo o risco de levar uma dentada porque sou teimosa demais para assumir que preciso… que o quero!
Quero alguém que venha a mim com a certeza do que quer e o assuma… porque no fundo os contos de fada só o são, porque terminam na parte do “E foram felizes para sempre”, mas eu quero a minha história contada com os maus… os bons e os momentos assim-assim… mais não quero o príncipe nem o vilão… quero a personagem que ninguém da conta, mas que nas cenas que aparece sabemos que vai ter falhas, vai cometer erros… mas que vai estar ali do lado… mão na mão…olho no olho para o que for preciso… que vai ser nosso… que somos dele… com tudo o que dai posso advir!
Será assim pedir tanto?
Esta noite vou deixar de lado a dureza… e vou castigar o corpo tanto quanto sinto magoada a alma… vou treinar até deixar de sentir os músculos… até o suor se misturar com a magoa… amanha visto de novo a armadura brilhante e enfrento o mundo!
Preciso de uma pausa!
Chamemos-lhe o meu momento Kit Kat!
A Utena de sempre volta com o raiar do dia!
Aquele a quem já uma vez disseram a ti nada te magoa… tu aguentas tudo…
E aguento… isto tudo e mais um pouco… só preciso mesmo é que me deixem respirar por um momento… porque eu ando… mas ando tão fora de mim que me estou a tornar um perigo publico!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

13 anos?!

Alguém me explica como é possível esperar 13 anos para dar resposta a uma família, que a busca incessantemente, corajosamente, independentemente de todas as pedras colocadas no seu caminho?
Como é possível, ouvir sem sentir uma raiva a saltar de dentro do peito um advogado dizer que no caso de um rapto as “24 horas são as mais importantes” quando nós sabemos que a polícia só actua passadas no mínimo 48?
Ouvir coisas como falta de cooperação entre agências… Continuamos medíocres, pequenos lambe botas dos grandes de fora… continuamos a dar o cú a belo prazer a quem há algum tempo atrás nos pedia a nós autorização para o usar.
Mais uma vez se prova que neste país uns são filhos outros afilhados e a verdade é que chegamos infelizmente à conclusão que os afilhados são os de nacionalidade portuguesa…
O que esta família sofreu, não consigo nem imaginar… sinceramente não o quero fazer… falsas pistas, más informações… a mãe foi usada para tentativas libidinosas de vermes que infelizmente se designam homens…
Mais doloroso que perder o filho… a sua auto-estima, o pai que faleceu sem saber notícias do neto… perder a própria identidade, é não conseguir fazer o luto… fechar a ferida… encerrar um capítulo. Porque esta mulher… esta grande Senhora não perdeu a esperança de recuperar o filho ou ao menos de saber o que lhe aconteceu.
É uma pedra no sapato de muita gente, verdade? Incomodativa… talvez? Mas é uma mãe que não aceita meias justificativas, nem tentativas de desfechos mal explicados na história que é a sua… perdeu um filho e a justiça deste país não cumpriu o que lhe era devido… não só não actuou por forma a devolve-lo, como não lhe dá o termino que ela precisa para pelo menos tentar ter um mínimo de dignidade… para começar a tentar pelo menos aceitar o que aconteceu ao seu menino…ao seu bebé…
Recuso-me estar aqui a fazer comparações sobre actuações, cooperações em diferentes casos… crianças são crianças e se são retiradas à protecção do seu lar, ao refúgio do colo da sua família devem ser procuradas e devolvidas ao seu ambiente… e quem tem a alma suficientemente negra para as retirar de lá punido de uma forma exemplar e fulminante.
No meio disto temos factos, testemunhas… diligências que já deviam ter sido tomadas há muito… informações subnegadas sobre a “capa de segredo de justiça” a uma família que sofre na incógnita há mais de 13 anos….
Sinto que infelizmente no meio disto, esta decisão tardia nada mais é que uma tentativa de “cala boca” á família… sinto nos ossos com a certeza que reconheço nos olhos a guerreira que ela é que não vai desistir até duas coisas acontecerem:
·         Ou lhe dão noticias do filho, sejam elas o que aconteceu ou o próprio Rui Pedro,
·         Ou ela morre… e as coisas ficam, no limbo… nos casos arquivados sem serem resolvidos…
Seja como for ninguém tira a esta família os anos de sofrimento que passou, nem á justiça a vergonha de ter nas costas mais um caso mal resolvido… mas um sofrimento prolongado… mas justificativas empata f@das... Mais uma vez nada se faz… nada se deixa fazer… E as justificativas pobres mantem-se… como o típico “não podíamos deixar prescrever o caso”… assumam os erros…envergonhem-se com eles. E por amor da santa peçam desculpa por terem deixado esta família 13 anos suspensa… e sabe-se lá quantos mais virão.
Os erros existem para se evitar repetir… neste país parece-me a mim que as “cadeiras de poder” existem como uma tentativa de meia dúzia de pequenos seres terem a hipótese de fazerem o papel de “Deus”!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Dreamcatcher

Sempre me fascinou a história dos Índios, sempre abominei a forma como foram barbaramente executados, ameaçados, obrigados a viver sobre regras e normas que não entendiam nem eram as suas.
O homem comete barbaridades através da mão da ganância, dissimulada num capa falsa de “verdadeira religião”, “melhoria de civilização”… escondem-se por detrás da imagem de “salvadores dos pobres e oprimidos”, sem que nenhum deles tenha pedido a sua ajuda.
Invadem terras que não são suas, impondo regras, cagando leis… a mania de ser superior pela força das armas, pelo poder da guerra… Era assim naquele tempo… continua neste! E se algo não muda drasticamente vai continuar a ser…
Mudam-se os tempos, mas não as vontades dos “senhores da guerra e do poder” apenas a capa… e a forma como oprimem e manipulam.
E no meio disto perde a humanidade, a destruição dos conhecimentos que passavam de pais para filhos, a história de civilizações que tanto tinham para dar… perdidas… roubadas a quem de direito… negadas a quem as queria conhecer e aprender com elas.
É absurdo sentir saudades do que nunca se teve, desejo de aprender o que se sabe perdido para sempre… mas no fundo imagino os caçadores de sonhos como isso mesmo… com a capacidade de deixar passar apenas aquilo que nos faz evoluir como seres…
Gaia é um poço de sabedoria, mãe carinhosa dos seus filhos que tanto a maltratam, a ofendem, a desgastam… secam dos seus recursos tão generosamente dados para serem usados com conta, peso e medida.
Dou por mim muitas vezes a pensar, o que iram os filhos dos nossos filhos fazer, quando a terra estéril pela mão do homem deixar de alimentar seres famintos… os rios de saciar a sede… quando deixar de existir a sombra das árvores para abrigar e purificar quem cá andar! Consigo sentir frio nos ossos só de pensar que continuamos a caminhar com passos certos e firmes para a nossa destruição.
No meio disto tudo continuo a tentar manter o equilíbrio e a lutar pelo que acredito e pelo sonho que tenho e que divido com quem amo…
Um dia de cada vez… cada um diferente do outro… em direcção ao que acredito ser válido… em direcção ao que desejo… ao que sei que me faz feliz…

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A moda do New Age

Os New Age estão de volta, já estiveram bastante em voga nos anos 60, misturado muitas vezes com LSD e outras drogas alucinogénicas que tal, mas a verdade é que naqueles tempos o buscar incessante de razão, motivos e causas… de fugir dos parâmetros e das condições impostas por uma sociedade rígida dos seus valores levaram à prática de muitas loucuras, algumas com consequências devastadoras.
Agora voltam a estar na moda, a vida saudável, a transferência energética… e ver esta gente que inicia agora os passos neste campo que tanto tem de sedutor como de assustador é fascinante.
Falar então com alguém agora que descobriu algo no sobrenatural, seja ele uma experiencia ou um livro, que tem a sensação de descobrir o ovo do Colombo é de bradar aos céus.
Tentar explicar que os antigos já sabiam isso, que existem registos escritos milenares a explicar o que agora se pensa ter descoberto, que centenas de mulheres e homens foram queimados por saberem isso e quererem divulgar é escusado…  
Aliás escusado e inútil!
E depois com estas novas “descobertas” de espiritualidade, esta nova tentativa de tentar encontrar algo mais que as simples necessidades básicas do ser humano, aparecem gurus de esquina, sanguessugas de valores… energéticos e monetários que dizem ter a resposta para tudo e o que fazem é deturpar realidades maravilhosas e leis de amor básicos mas tão necessários para a mudança que se avizinha.
Atenção nada tenho contra o pagamento de “serviços” usados, até porque quando vamos ao médico, ao advogado ou a qualquer outro sitio pagamos, logo aqui também deveria ser o que me deixa irritada sobremaneira é usarem a credulidade destas “almas perdidas” para recarregarem… o Banco e a si mesmos.
E mais fula fico com as conversas que abundam por aí, dos chamados “donos da verdade”, “senhores da certeza absoluta” numa matéria que em nada depende de nós mas daquilo que nos mostram e das mutações implicadas pelas acções diárias do que nos rodeia.
Confesso que é preciso doses diárias de paciência, para puder respirar fundo e não responder a letra a estas pessoas que se auto intitulam “mensageiros”, os sabe tudo do Séc. XXI que nada mais são que crianças a fazer de parque de diversões, as instalações de uma fábrica de pólvora.
Ver… sentir… provar… ter náuseas…vómitos… dores de cabeça porque nos sentimos drenados como se de um poço em tempo de seca se trata-se não é algo que se deseje… que se grite aos 4 ventos.
Saber e nada puder fazer para evitar… pedir ajuda e nem sempre a ter… desejar ter conhecimento que muitas vezes nos é negado… ter conhecimentos que maior parte das vezes não conseguimos entender até estar na altura certa, não é motivo para divulgações mas sim de desespero que faz sangrar o coração!
È fácil dizer que se é, que se tem, que se sabe… quando nada disso acontece… pois quem consegue tamanhas façanhas não pediu para as ter... foi-lhe “imposto” porque se sabia que tínhamos a capacidade para aguentar o peso que dai advêm.
Mais uma vez não me queixo, não sou mais nem menos que os outros… sou apenas alguém que na maior parte dos seus dias luta para ter paciência e não meter um susto de morte a toda esta gente que aqui anda… que muito sinceramente? Resolvia uma data de frustrações se tivesse umas horas de bom sexo…
As respostas são necessárias mas continuar a procurar motivos na casa dos vizinhos sem antes limpar a nossa não leva a nada.
E principalmente não acreditem em tudo que vos dizem, usem a vossa capacidade de racionalização, pensem…ponderem… procurem e investiguem, pode ser que tenham uma surpresa agradável… uma coisa vos garanto, não existe nenhuma questão que não tenha resposta e muito provavelmente vocês já a sabem é só passarem a ouvir-vos com atenção ao invés de acreditem em tudo aquilo que vos vendem!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Já cheira...

Já cheira… já se sente aquela diferença de manha quando abrimos a pestana… quando vamos com o pé á procura das meias que retiramos durante a noite porque sentimos já o calor do inicio da Primavera.
Adoro a mudança entre estações… principalmente a que antecede e a que procede o Inverno…
Mas a Primavera é sem duvida especial… o colorir da paisagem com o rebentar das flores… o chilrear dos pássaros… mesmo quando começa a ser as 6 da matina e nos apetece fazer arroz com eles (estou a brincar) … Volta as andorinhas… e eu tenho sempre no meu quintal um casal todos os anos…
Começamos a sair do trabalho ainda com sol, as depressões iniciam o seu retrocesso!
E eu sou uma mulher que adora o Inverno, mas o suave calor desta estação que timidamente começa a dar o ar da sua graça deixa qualquer um de bom humor.
Estou desejosa pelo toque suave que nos deixa num estado lânguido… molinho e zen pela manha quando apanhamos os seus primeiros raios pelo vidro do carro, a hora do almoço quando colocamos os óculos de sol e pedimos uma bela salada, fresca que o tempo pede, e começamos a fazer planos malucos de não voltar da parte da tarde… e pelo fim do dia que ainda saímos com o brilho do sol… com as réstias do seu calor que nos permite dirigir-nos a uma esplanada, enquanto bebemos um belo sumo de frutas… ou uma caipirinha quando o dia é mais pesado e stressante.
Depois temos o senão desta estação, que é as filas de transito ao fim de semana, quando tudo o que é gente, sai de casa numa tentativa de “libertar a pulga” e invade estrada com o seu belo veiculo luzente a 20 KM/hora, no seu fato de treino “Made in China” em direcção a tudo o que é esplanada e nos faz desejar ardentemente pelo inicio da semana para puder desfrutar novamente de pequenos espaços sem os gritos das mãezinhas aos rebentos e os piropos dos paizinhos a tudo o que se mexa e tenha saias.
Eu sei… não consigo fazer um texto sem criticar algo… mas acreditem que não é defeito já é feitio… mas é um espectáculo triste de se assistir…
De qualquer forma sente-se já o cheiro suave da Primavera… e isso só me pode deixar com um sorriso e muito mais leve…
Já agora permitam que divida uma música que adoro… que me faz sentir nela um pouco da sensação que me deixa a primavera... Esperançosa que o sol venha e limpe algumas das sombras que habitam entre nós… que brilhe e que estenda esse brilho … que nos inunde e nos faça finalmente chegar a conclusão que colhemos o que plantamos… e que somos aquilo que damos.
Esta música mexe tanto comigo que não consigo deixar de me arrepiar quando a ouço… e a última vez que a ouvi foi especial pois estava do lado de alguém que sabe quem sou… que me aceita como sou … e que não cobra nada! Tal como não é cobrado…
Aceitem… amem! Sejam felizes


Caixinha de Surpresas

A vida ainda me surpreende pela positiva, e isso é tão bom... Há alturas que adoro admitir que estou enganada e que ainda existe pessoas decentes que nos deixam bem... que nos fazem sentir que não estamos... junto com meia dúzia de almas sós no mundo.
Engraçado como pequenas caixinhas de surpresas são colocadas no nosso caminho, disfarçadamente, como se de um teste se tratasse á nossa atenção... a capacidade de deixar de olhar o nosso umbigo e olhar em volta.
E quando o fazemos com a alma aberta e receptiva a facilidade com que vemos isso e surpreendente.
Uma das frases preferidas da minha avó era "quando Deus fecha uma porta, abre uma janela", sim é verdade, se mantivermos a capacidade de ver as coisas positivas no meio das negativas, mesmo as mais ínfimas apercebemo-nos disso...
No inicio deste ano, tive de deixar o ginásio onde estava, grande calamidade podem alguns pensar, se pensarem que o meu bem-estar mental e o bem-estar físico de certas pessoas depende disso, talvez se capacitem da calamidade que de facto foi... ter de mudar da rotina não é fácil para o ser humano... e se esse ser tiver a capacidade de ser um autentico bloco de gelo que amedronta e desencoraja certas tentativas de intercâmbio pior ainda...
Dentro dessas alterações da minha rotina, algo de bom aconteceu, criei laços com a pessoa que menos falava lá... sem forçar nada, sem querer nada... apenas algo tão simples que se torna esplendoroso na sua banalidade...
Apenas pelo prazer de trocar ideias, momentos cúmplices... dividir pequenas parcelas da nossa vida com alguém que ouve com vontade de ouvir e fala o que tem vontade de falar!
Nem coloco aqui a típica mentalidade pequenina do "se tivesse acontecido há mais tempo tínhamos aproveitado mais a companhia uma da outra" porque não é isso que interessa aqui... não o que interessa é que temos tempo para tudo desde de que a nossa entrega seja o mais fiel e verdadeira ao momento que estamos a vivenciar.
Hoje foi uma dessas pérolas maravilhosas que fica na memória... fomos fazer aula juntas... algo que as duas vivemos com paixão, com desejo... e o melhor disso foi saber que durante 50 minutos do nosso lado esteve alguém que sabe o que estamos a sentir só com um simples olhar... porque esta lá a dividir verdadeiramente o momento e não a fazer o frete... o jeito... em busca de companhia... não! Esta lá a VIVER O MOMENTO.
Por isso Kiki, o meu agradecimento pelo maravilhoso fim de tarde que tivemos hoje... pelos momentos que partilhamos... por achares tal como eu que a amizade é para ser vivida intensamente sem esperar nada em troca que não seja o dividir experiências.
E espero principalmente que quando te olhes ao espelho vejas a miúda forte, determinada, inteligente corajosa e linda que eu vejo. È um orgulho chamar-te amiga e um prazer "combater" do teu lado...
Never surrender...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um pouco mais de mim

Deixo-vos com um pouco mais do que sou... de quem está por trás da Utena...

Aroma:
Antes de ser conhecido já o usava... adoro a frangância única que deixa na minha pele... que indica a minha presença antes de eu me dar a ver...

Vicio:
O espírito desta aula, faz-me desejar ir ao limite...para além dele e ficar por lá!

Cores e Imagens:
Encanta-me a beleza do preto e branco... a força de uma imagem nesta cores é arrebatadora

Perco-me
Por um beijo que nos deixa sem ar... sem chão... sem saber quem somos e como somos... sou fascinada pela arte de beijar...

Pecado:
Adoro umas horas de puro "non fare niente"... de repouso...de pura estupidez natural do deixa estar que logo se vê

Saudades (daquelas que aperta o coração)

Dos meus fins de tarde... mágicos pôr-de-sol que onde me perdia na praia...na liberdade da garupa do meu cavalo Trovão onde só existia eu e ele!

E pronto fico-me por aqui por enquanto... É sempre bom conhecermos um pouco quem esta anónimo atrás da tela de um computador!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O sabor da chuva

O dia está húmido, a chuva continua na sua queda certa… forte… o som da água a bater contra as persianas do meu quarto leva-me a um estado de semi-dormência tal que por breves instantes tenho a nítida sensação de não me encontrar neste mundo.
Sinto na pele o formigueiro de me sentir fechada no meu quarto em pleno domingo… apetece-me sair para a chuva como fazia quando menina, sentir o seu leve toque deixar o meu corpo gelado e em pele de galinha… permitir que a sua mão molhada molde os meus cabelos em pequenos e perfeitos cachos sinuosos com traços de vermelho.
Dou por mim a suster a respiração, com as mãos suadas e frias, fechadas num punho… fecho os olhos e obrigo as minhas mãos a abrir enquanto as enxugo no duro tecido das calças de ganga… forço a respiração a um estado certo e ritmado… “Que se passa comigo?”- Penso… estou num estado alterado como a muito tempo não sentia.
Encosto-me na cama, e forço a mente a ir a ti há nossa conversa do dia anterior:
“-Tenho saudades tuas, engraçado… já vi de diversas maneiras diferentes esse teu cabelo que adoro… apanhado, solto… adorei a trança a Lara Croft!” dizes
“Lara Croft?! Riu-me (Impressionante como para ti é fácil fazeres-me rir), verdade já viste sim… falta veres molhado!”
“Não me provoques… para ver molhado de que maneira seria?”
“Não sei diz-me tu…!”
Desperto do meu sonho acordada com o bip do telemóvel, lanço-lhe um olhar irritado, rapidamente desvanecido quando vejo o teu nome… leio:
“Óptima forma de te ver de cabelo molhado, não te parece? Vem ter comigo a praia… nem que seja por 5 minutos… tenho saudades tuas!”
Não penso duas vezes, ainda te estou a responder e já saio pela porta fora…
“Encontra-me lá em 10 minutos!”
Paro o carro e saio, indiferente a intempérie que cai ao meu redor… Louca, penso vou acabar doente!
Olho ao meu redor e vejo-te… parado… encostado a tua mota… já completamente encharcado… sorris quando me vês sair do carro e diriges-te a mim no teu passo certo e seguro… firme! Posso classificar-te na tua forma de andar como alguém que sabe exactamente o que quer!
Colocas a mão na minha cintura, apertas-me de encontro a ti enquanto suspiras e murmuras: “A vontade que te tinha de te sentir!”
Encostas os teus lábios aos meus sem a urgência que deixaste transparecer na tua voz… saboreias e permites que o faça aos teus lábios… por instantes tudo se une em algo perfeito… o teu toque… o da chuva… o teu sabor… o gosto da água divina caída do céu.
Sinto a tensão sumir dos meus ombros como se um véu tivesse sido levantado de repente e mesmo entre a tempestade o ar luminoso rompesse por entre nós. Separas a tua boca da minha e sorris:
“Boa tarde também para ti” digo entre gargalhadas!
Ris e respondes: “Sim o teu cabelo também fica bem assim molhado… dá-te o ar de selvagem que tão bem escondes por debaixo da pele profissional que ostentas!”
Sinto o calor que emana de ti por entre as camadas de roupa que temos os dois vestidos… ficamos assim entregues um ao outro, isolados do mundo que corre lá fora… entre o barulho da chuva grossa que cai e das ondas agrestes que batem de encontro as rochas da praia… olhos nos olhos…
A capacidade de saber aproveitar os momentos que podemos dispor é natural em nós os dois…
Estreitamos o abraço sinto a tua respiração suave e alterada no meu pescoço, arrepio-me, não pelo frio que sinto sob a roupa pesada e molhada… dizes:
“Vais directa a cascata de água quente certo? Não suportava que por uma loucura ficasses doente” … suspiro e fecho os olhos…. Sei que o tempo de doce isolamento acabou… ganho forças para me fazer regressar a realidade e respondo:
“Sim vou! Faz o mesmo ok?”
Dirigimo-nos os dois aos nossos “veículos” ligação ao mundo real… sem olhar para trás.
Isso não existe entre nós… não há arrependimentos, censuras ou exigências… apenas partilha, entrega… cumplicidade.
Retorno a casa… os primeiros tremores de frio apoderam-se de mim assim que retiro do meu corpo a ultima peça de roupa, entro na banheira a tremer de tal maneira que me batem os dentes… deixo-me ficar debaixo da cortina de água quente até a pele ficar mole e o ar do wc saturado de vapor…
Penso enquanto me observo no espelho, húmido e condensado de vapor... Pronta para mais uma semana de trabalho no mundo real!
Sorrio... As loucuras da vida são assim mesmo.... Deliciosas

A mudança dos tempos

Hoje dei por mim a pensar até onde começa a mudança dos tempos e acaba o que supostamente é correcto.
A verdade é que eventualmente acabamos todos por fazer algo, contrário ao que nos diz a nossa vontade porque não queremos fugir ao evoluir dos tempos… porque queremos não nos sentir retrogradas. Eventualmente o preço a pagar é alto de mais… e o que se tira disso é muito menor do que deveria.
Vejamos por exemplo o caso dos casais de namorados hoje em dia, um dos factos mais que provados é que antigamente se faziam muito mais coisas que agora, aliás o ditado “o fruto proibido é o mais apetecido” assenta aqui que nem uma luva, hoje é tudo mais as claras, sem supervisão, sem conta ou sem medida.
Não quero com isso dizer que sou a favor do que era antigamente, sou contra qualquer tipo de castração, mas por um lado há que ter em consciência que certas libertações não trouxeram assim tantos benefícios como isso.
As coisas não têm de ser lineais, a história de homem dar sempre o primeiro passo, ou ser o que paga o jantar, ou mesmo o facto de se saber quantas saídas tem de haver antes do primeiro beijo… da primeira entrega não são contabilizáveis… não existe tabelas nem datas. Para mim existe momentos em que existe vontade, desejo… Qualquer coisa que torna o momento propício e único para isso. Como em tudo aplica-se aqui a regra do “quando um não quer dois não dançam” e quando existe vontade do casal não tem de haver regras politicamente correctas para o concretizar.
Mesmo pensando assim, e penso! Não estou a seguir nenhuma regra de pensamento modernaça a verdade é que a pergunta que coloco várias vezes é esta:
Ø  Até que ponto, estas mudanças de pensamento não alteraram irremediavelmente as coisas ao ponto de ter deixado de existir da parte dos homens o trabalho da conquista?
Eu falo por mim, gosto de ser conquistada, assim como gosto de conquistar, mas mais que isso gosto de sentir que existe da parte da pessoa que esta comigo, um interesse de o querer de facto.
Sentir que tem de haver da minha parte uma espécie de mendigar por atenção, não só me deixa frustrada como me entristece profundamente.
E se para completar o ramalhete ainda ouço do outro lado algo como “se eu não vier ter contigo, tu não ias ter comigo!” faz-me literalmente arrebentar a bolha da paciência.
Sou gaja com tudo o que isso possa significar… gaja não, sou mais uma espécie de Sra. Gaja , que significa basicamente que não tenho os ataques caracteristicamente associados a nenhum TPM, que não tenho ataques de ciúmes assoberbados, que não fico com ataques de alergia porque ele não me liga de volta e muito menos fico com problemas de consciência porque digo literalmente os meus desejos… as minhas vontades… no entanto tenho o reverse da moeda… gosto de ser namorada… no aspecto de gostar que me abram a porta do carro, que paguem o jantar e principalmente que procurem a minha companhia, que me façam a corte (palavra bastante antiga mas que explica tudo) e não que estejam a espera que a faça eu.
Posso dizer sem apelo nem agravo que quando quero algo vou atrás dele, se me apetece alguém, luto pelo que quero, seja ele satisfazer um capricho momentâneo ou algo mais duradouro, mas luto de forma diferente… Demonstrando que quero, que estou aqui… mas que para terem tem de haver esforço da outra parte.
E principalmente não coloco a carroça a frente dos bois e sinceramente não tenho paciência para quem o faz.
Concordo que tudo na vida é uma carta fechada, e os relacionamentos mais que qualquer outra coisa é inevitavelmente, e são precisas tentativas, experiencias, mergulhos de cabeça para saber até que ponto estamos certos do que sentimos, e mesmo assim temos enganos e baldadas de água fria.
E foi com isto que dei por mim a pensar, quando esta tarde fui dar uma caminhada, que me ajudasse a libertar a mente, a aclarar ideias:
Se as pessoas não fazem esforços, não lutam para estar com alguém a quem supostamente dizem ser a companhia com quem se vêem para o resto da vida, se o facto de se deslocarem até ela requer um esforço sobrenatural, porque preferiam ficar no sossego do seu espaço e ser a outra a ir… porque se antes de a conquistarem esse mesmo esforço era visto como um prazer… até que ponto a medida que avança esse mesmo relacionamento não se instala a rotina e a ideia do “está conquistada nada mais tenho de a fazer para a manter”…
Porque podem existir muitas certezas na vida, mas a que alguém está garantido não é uma delas… pelo menos não no meu caso.
Nada dou como garantido e eu não estou muito seguramente garantida a ninguém…

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Duas faces...

Viver a vida sem gostar da imagem reflectida no espelho, não é uma novidade para mim... como se costuma dizer:
"Estive lá... passei por lá"... Acrescento não volto!
A capacidade de ter saído de um estado negativo, de conseguir superar a irrealidade que nos mostra o espelho deturpado pela nossa própria mente, não é uni exclusivamente minha… apenas a maior parte é!
Como em tudo por mais conselhos que nos digam… por maiores escolhas de caminhos que nos proponham… independentemente da quantidade de saliva que gastem… nada resulta se não depender de nós.
Lição, confesso que ainda necessito de aprender, pois para mim quando alguém precisa de ajuda não olho a meios, nem a caminhos para o ajudar e a realidade é que a única coisa que acontece se a pessoa não quiser ser ajudada, é eu drenar a minha energia… energia que é sagrada pelo valor que tem no meu bem-estar, para nada… para se perder no vácuo…
No meio disto tudo, daquilo que já passei… do que sei que ainda vou passar, acabei por mudar, ou talvez por me adaptar a certas situações que sei a partida o que vai dar, para aonde aponta o caminho exacto e aquilo que supostamente tentam fazer no sentido de me manipularem para eu cumprir o meu papel, tal qual guião previamente escrito por um qualquer realizador maléfico do destino.
A verdade é que eu sempre gostei de ser do contra… sempre tive pouca paciência quando me tentam manipular e pior ainda detesto que me ponham a prova! Basicamente o que acontece é que faço sempre o contrário do que as pessoas esperam!
Aliás diverte-me as caras de sofrimento que assisto quando tentam infrutiferamente levar-me a fazer algo, quando tentam direccionar as coisas para um ponto e acabam inevitavelmente no outro!
Surpreende-me a mim mesma a capacidade que tenho de aguentar sofrimento ou desilusão… talvez porque por um lado a sinta antecipadamente… ou porque no meu eu interior algum corcunda de Norte Dame toque os sinos de alerta… O que basicamente se passa nesta altura é que estou-me literalmente a f@der para os toques insistentes do tão trabalhoso sentido, e estou com vontade de ver até onde chega a corda quando a deixo esticar!
Não tenho receio da dor, nunca tive… tenho receio de voltar a ser o que era… uma miúda assustada com tudo, fechada no seu mundozinho próprio, alienada da realidade… cega ao seu próprio valor! Sindroma do patinho feio… se não é uma patologia devia ser… e devia ser estudada e analisada. As pessoas não têm ideia do que isso faz com a vida/personalidade de uma pessoa.
Eu tive sorte… passei por lá… acampei por alguns tempos mas quando parti… quando me libertei do casulo tal qual borboleta deixei vestígios meus não os trouxe comigo!
Não os quero… sou alguém que acima de qualquer coisa se ama a si mesma com a paixão destinada aos amantes… Não aos namorados ou aos maridos… aos amantes. Paixão assolapada, exageradamente egoísta… maravilhosamente única!
Por isso não levem a mal se por instantes a Utena que conhecem não esta retratada no que vêm neste momento!
Ela esta cá, mais forte… menos disposta… definitivamente mais egoísta! E tudo isso porque decidi ver o que acontece, quando por alguns instantes deixo de rectificar as rédeas dos cavalos que levam a carruagem do destino… porque permiti que a curiosidade mórbida de ver o “circo pegar fogo” aflorasse a superfície.
Não se preocupem, o controle continua a ser meu! E os danos se existirem… se por alguns breves instantes eu permitir que existam vão ser apenas Danos Colaterais.
Porque vistas bem as coisas até eu preciso as vezes de bater com os c@rnos na parede…. Chamemos-lhe um acordar mais violento… Uma chamada para a realidade!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Começa a Maratona

E pronto ainda o Inverno está por aqui a dar o ar da sua graça... Ainda sopra os ventos e choram as nuvens e eu já começo a minha maratona para a abertura da nova colecção.
Já começam a darem a costa as caixas dos diferentes fornecedores... E lá começamos nós a desempacotar, catalogar, etiquetar... Enfim uma data de coisas acabadas em ar que nos tiram literalmente o dito dos pulmões entre o desembrulha, pendura, organiza e separa para as lojas.
Isto de se preparar uma nova etapa na vida da loja tem que se lhe diga, para terem noção nesta altura do “campeonato” já andamos em lufa-lufa a escolher a colecção de… Pois da próxima estação de Inverno. Ou seja ainda estamos nos saldos desta, já a sermos invadidas com a chegada da próxima e consequente parafernália de cores, tecidos, estilos e acessórios e já temos de dividir o cérebro em 3 e começar a ver e a pensar em que cores apostar para o próximo tempo de frio.
É um trabalho exausto física e psicologicamente, posso dizer que a sensação de desgaste é tal que a língua seca, os lábios gretam e os olhos recolhem em dois poços negros, conhecidos pelas olheiras que nem os correctores nos salvam…
Numa palavra ADORO!
A sério, não sou louca ou masoquista… mas adoro!
O ir ter com um fornecedor, que com eventualmente se cria um laço de “amizade” (uns mais que outros mas até temos tido sorte), olhar para os varões, passar os dedos pelas peças… absorver pelo tacto a suavidade do tecido… a leveza da confecção… o cair… as cores!
Idealizar a montra com elas, as clientes a quem se as vai vender… escolher entre diferentes marcas as que enquadram umas nas outras, as cores que combinam… aquelas que ninguém mais vai escolher porque o tema é mais quente e nos optamos pela diferença e investimos nos água!
As baldadas de água fria quando entramos numa colecção e nada nos chama… nos grita aos ouvidos… Eu sou a peça que vale a pena escolheres! (já nos aconteceu várias vezes).
O depois… as fotos tiradas o criar o portefólio que nos permite não esquecer passado 6 meses aquilo que vamos ter… o decidir com que material se abre a loja… qual o que avança primeiro… qual aquele que fica em stand para outra altura… a dor de cabeça para combinar acessórios que apenas são escolhidos na abertura com aquilo que idealizamos e o que realmente nos aparece!
Neste ano apenas fica a faltar algo que embora dolorosamente cansativo, me dava prazer em fazer… a fatídica viagem a Itália… antes de assumir este sonho na minha vida a 100% não tinha noção do que era a ida a terra da moda e da bela língua cantada… são 3 a 4 dias de pura intensidade… que leva o nosso cérebro ao limite e drena a energia que temos no corpo… dias de decisões rápidas e escolhas acertadas que nos faz marcar pela diferença neste mercado maioritariamente aberto a grandes marcas e a grandes supermercados de moda… onde entramos com personalidade e saímos clones das outras centenas de pessoas que por lá passam!
Não nunca gostei de ser mais alguém incógnito na multidão de caras fechadas e fardas iguais… marcamos pela diferença… apostamos onde ninguém aposta porque é sempre mais fácil copiar o vizinho…
E depois no final de noites mal dormidas… de dores musculares por má posição e pelo esforço de fazermos tudo sozinhas… depois da loja decorada, das peças marcadas… quando retiramos o ultimo pano que cobre a montra preparada para os 6 meses de uma nova estação… quando nos afastamos para a admirar e ouvimos os sussurros de quem passa… o virar a cabeça… quando vestimos as clientes e admiramos no manequim vivo as horas de amor que colocamos na escolha de cada peça… de cada cor… onde todas as decisões foram tomadas por nós… muitas vezes decisões suadas no meio da indefinição que se encontra o mercado hoje em dia… e os elogios aparecem…
Tudo se desvanece… as noites mal dormidas… os músculos doridos… as indefinições e indecisões… Fica apenas orgulho e a certeza que mais uma vez o objectivo foi cumprido e a maratona completa… apenas para iniciar uma outra essa diária de acompanhamento na loja… de luta… de vendas e de trabalho… para prosseguir o sonho e marcar a diferença.
No fundo seguimos um dos lemas de Paulo Coelho:
“Não tenha medo do sofrimento, pois nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos seus sonhos.”
Não tenho… Não temo… No fundo a vida até protege os audazes… e o que faço todos os dias faço de coração!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Outros Tempos

Estou naquela fase de idade, onde ainda não posso dizer: "no meu tempo..." mas que já me permite ter uma noção básica "daquele" tempo para este.
E as mudanças são muitas, em mim tanto psicológicas como físicas, no meio que me rodeia, na parte artística... o mundo evoluiu e está de facto em constantes mudanças, umas boas outras nem por isso mas sempre em movimentos... sem paragens nem descansos.
Umas das coisas que mais saudosistas me deixa é a musica, basta uma das faixas passarem em alguma estação do rádio para dar por mim a cantar feito louca em plenos pulmões, não me preocupando o que isso causa na poluição sonora em meu redor.
Agora o filme que de facto me marcou foi sem dúvida o Dirty Dancing (maravilhosamente traduzido como Dança Comigo. Ora ai esta uma coisa que não mudou as traduções fabulásticas e inventivas dos nossos tradutores de legendas, ainda é algo que me dá alergia só de pensar nas calinadas propositadas que se dá).
Mas voltando ao filme, todo ele me deixa, parva e romântica, não consigo ter uma ideia de quantas vezes o vi, quantas vezes ouvi a musica… E confesso que ainda hoje dou por mim a dizer as deixas da actriz na altura certa…
O filme é fabuloso, simples com uma história vencedora e arrojado para a altura, ainda agora existem cenas que me fazem pensar, o que raio se passou na cabeça do realizador para as fazer.
Confesso que sinto falta da leveza que sentia nesses tempos, sem grandes efeitos fossem eles na música como na arte do cinema… Nesse campo como em tantos outros aceito-me ser bastante minimalista.
Para mim o pouco é muito em certos casos e temos provas espectaculares disso em vários campos nos anos 80 que saíram vencedores e ainda hoje sobrevivem seja em activo ou em forma de lembrança.
E no meio disto tudo da simplicidade da história, na entrega magnifica dos actores… na própria magnitude da música ainda abriu as portas para um fabuloso actor Patrick Swayze, perdeu a dança ganharam as salas, o homem enchia o “grande ecrã” de uma forma maravilhosa… não era bonito, mas era um pecado… J
Infelizmente a doença não foi amiga dele… devem ter sido de muito sofrimento os últimos dos seus dias.
Mas para a história muitos filmes ficam na memoria… na minha vai sempre ficar este e ao contrário de muita gente não a ultima música mas esta… que ainda hoje me arrepia a espinha e me deixa um estúpido sorriso no rosto quando a ouço!
Enjoy!


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ainda existe?

Hoje uma companheira de ginásio, que se transformou numa boa amiga, fez-me a seguinte pergunta:
"Porque existem pessoas que ocupam o seu tempo a prejudicar os outros em vez de se preocuparem com as suas próprias acções?"
Confesso que se por um lado dei por mim a sorrir perante a "inocência" da pergunta por outro pus-me aqui a pensar até que ponto podemos nós ter a certeza absoluta que A ou B são de facto amigos... ou pelo menos fieis ao que mostram quando estão na nossa frente.
Sei que já escrevi várias vezes sobre falsas verdades, personalidades dúbias e outras características/designações mais ou menos afáveis… mas a verdade é que este tema tormenta me sobremaneira.
Não me vou por para aqui a fazer uma lista das qualidades… defeitos, ou mesmo dos pós e dos contras de se ser falso, cínico ou mesmo hipócrita… não me apetece chafurdar na lama que trazem sempre ao lume este tipo de “conversa”.
Não posso no entanto deixar de pensar até que ponto podemos dizer com a certeza absoluta, que temos amigos… Mas amigos a sério, sem ser os que preenchem as sondagens deste ou daquele site…
Eu fui abençoada com alguns, não muitos o suficiente, daqueles que não pensam duas vezes seja para nos dar colo, nas orelhas ou apanhar uma cadela de caixão à cova só porque o outro precisava de companhia no profundo esquecimento, que o fundo de uma garrafa nos trás.
Sou um “animal” solitário por natureza, e não se trata de uma tentativa idiota ou desesperada de angariar simpatias mas apenas algo que considero como feitio e não como defeito, não compreendo nem aceito a necessidade atroz que se vê e se sente hoje em dia, onde tudo o que fazemos tem obrigatoriedade de ter algo em troca:
“Se te ajudo no trabalho, quero os lucros porque senão vou fazer questão que todos saibam que não o fizeste sozinho, se te ouço vais ter que me ouvir… se vou a tua casa tens de vir à minha…” e quem diz estes temos imensos exemplos desse género.
Dar por dar, com a grandeza que o gesto abarca já não existe nem se vê e quando acontece… quando por algum mistério inaudito da natureza alguém ajuda, ouve, apoia ou estas lá simplesmente sem querer nada em troca ouvem os disparates do género:
“És especial… Não existes ou o meu preferido Tu não podes ser real”
Que mundo é este que vivemos, onde o simples facto de ajudar alguém é considerado raro ou inimaginável?
Como podemos estar confortáveis quando o normal é ser frio e oportunista?
A resposta a pergunta que foi feita, pelo menos a minha só poderia ter sido:
“Porque a natureza da humanidade é por norma mesquinha… salvas excepções que as existe sempre!”
Na realidade a duvida que se instala sempre na minha alma é onde foi no decurso da história que fazer o bem passou de obrigatório a raro?
Será que eventualmente houve um desvio ou o nosso “normal” é mesmo isso, porque idealizando bem não temos na historia nada que ressalte o contrário… Existe sempre os que tentam lutar pela vida ajudando quem se cruza no caminho e os que se agarram a aba do seu casaco numa tentativa desesperada de nos puxar para trás ficando eles com o lucro e as ideias.
 E depois quando nos arrebenta a bolha e mostramos que somos generosos, disponíveis mas não burros, que não temos paciência para as constantes f@das a seco, levamos também com a típica frase adorada: Nunca pensei que fosses assim!”
No fundo é como dizia Einstein:
“Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta.”

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Não ligo a datas... será?

Não ligo a datas... obrigatoriedade de comemorar para mim não existe... porque sentir o toque de quem se gosta... de quem supostamente se sente algo mais... dividir lembranças... repartir memórias não deve estar sujeita a um dia de calendário... ainda para mais um importado (mais um!)
Mas a verdade é que somos humanos... e com isso o que quero dizer, embora existam sempre alminhas que o contradigam, é que somos o mais básicos possível e estamos sempre a espera que o tal, esteja a preparar uma surpresa... já o estamos noutro dia quanto mais neste.
Por mais independentes, fortes, solitários, que possamos ser, e venha lá a primeira dizer que não, estamos sempre a espera tal qual cópias mal conseguidas de Julieta, que ele nos apareça ao menos com um ramo de flores de baixo do braço, nem que seja para 5 minutos de companhia… olho no olho… lábio no lábio. Nem precisamos falar, bastam aqueles minutos em que parece que o mundo desaparece e ficamos sem respirar… sem chão.
Posso dizer que eu esperava que algo especial acontecesse neste dia, que me fizesse por minutos esquecer quem sou… onde estou… e o que tenho passado… Pois esperar sentada é o ideal!
Céus engraçado como as coisas acontecem… como os momentos se precipitam para uma morte anunciada e nós não queremos ver! E ainda não quero mesmo quando tudo a minha volta me grita aos ouvidos… Dá clic! Deixa a cabra sair e refugia-te nela, já que estas nesta fase sadomasoquista que te leva a acreditar, que existe o pote de ouro no fim do arco-íris deixa que ela tome as rédeas que resolva… o pior que pode acontecer é ficares dormente por algumas semanas… mas sinceramente é algo que já não estejas habituada?
Não… sinceramente estou mais que habituada a bater com os c@rnos na parede… sou um bloco de gelo aparentemente… mas acredito sempre mais, tento sempre mais, luto sempre mais que quem esta comigo, não é um lamento, á apenas uma constatação de um facto e o que resulta daqui? Sofro sempre mais… e dói sempre mais porque nunca ninguém me viu quando verdadeiramente sofro.
Estou amarga, podem pensar enquanto me lêem… estou!
Amarga, magoada, destroçada, triste… numa palavra f@dida... Comigo… com quem supostamente causa o que sinto… supostamente sim! Porque se eu não deixasse não me fazia sentir assim!
Mas mais uma vez sou humana… talvez mais forte que algumas pessoas… talvez mais dura ou mais atenta… mas humana nem mais nem menos que toda a gente!
Mas ao contrario de tanta gente, alguém que adora quando existe alguém que sem pensar em porquês… ou em consequências larga tudo e vem ao meu encontro para 5 minutos de abraços… de beijos… de deixar o mundo frio, duro e cru ficar do lado de lá de uma barreira por nós construída.
De sentir alguém que não se esconde por trás de desculpas básicas…. Justificações más numa tentativa parva de explicar o que não tem explicação.
Será pedir muito? Não quero alguém rico, inteligente e bom na cama… quero apenas alguém que me aceite pelo que sou e não me use por aquilo que sou.
Alguém que divida comigo tudo e não apenas o que é importante para uma das partes… no fundo alguém que use mas que as use com sentimentos palavras que todas desejamos ouvir junto ao ouvido…
Que a sinta… que não as digas apenas porque é como o lançar o amendoim ao elefante que toca o sino no Jardim zoológico… porque inevitavelmente, as experiencias em especial as de Pavlov não resultam comigo, e dá merda…
E vai dar…. Mais dia… menos dia… mais hora… menos hora!
Só gostava de pelo menos uma vez na minha vida estar enganada… fazer como os miúdos pequenos… bater o pé fechar os olhos ao que me mostram, enfiar os dedos nos ouvidos enquanto vou repetindo cantarolando:
“Lá lá lá lá não quero ouvir… Não estou a ver!”
E sei que não vou ter essa sorte… mais uma vez vou ter de ser a guerreira…. Engolir as lágrimas, levantar o queixo e dizer… mais para eu acreditar que para os outros:
“Paciência não tinha de ser! Isto passa!”
E passa… fica apenas mais uma cicatriz… mais uma marca
Erramos… aprendemos e seguimos… resta apenas saber quanto tempo vou levar desta vez a fazer isso. É que fingir que estamos bem, custa muito mais que deixar a depressão invadir e controlar momentaneamente o que sentimos!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O toque do sol

Sou e não é novidade para quase ninguém uma apaixonada pelo frio... adoro a sensação que ele desperta... o seco... o gelo... o perder a respiração quando saímos e levamos em cheio com o seu toque dormente e gelado que momentaneamente nos apreende a respiração como se de sua propriedade se tratasse é uma das muitas coisas que gosto de sentir no Inverno.
Não posso no entanto deixar de começar a sentir falta da sensação morna e cálida que nos deixa um dia de verão... no seu final onde o calor passa de ser abrasador e começa a ser envolvente.
Sinto falta desses fins de tarde na altura em que todos começam a abandonar a praia e ela fica naquela fase entre o real e o imaginário… quando o sol ainda esta suficientemente quente para nos fazer sentir lânguidos… quando a água não esta demasiado fria que nos permite deixa-la envolver o nosso corpo recarregando-nos de energia… adoro a sensação que se instala depois quando deixamos que os raios que ainda estão no seu esplendor nos sequem a água do corpo como se de beijos mornos se tratassem… quando o som das ondas nos fazem sentir como que embalados nos braços de quem confiamos.
Estou portanto e confesso aqui, sem apelo nem agravo, desejosa que o nosso astro deixe de ficar tímido e dê o ar da sua graça… Estou mesmo a necessitar de começar a fotossíntese e de recarregar baterias…

O retorno

Houve alguém hoje que me disse pela manha:
"Até nos dias piores há sempre alguma coisa que nos faz sorrir"
E sabem que mais? É uma das maiores verdades que me podiam ter dito… e foi algo que me acompanhou pelo dia…
Foi um dia complicado confesso, dia de consultoria… de números… papéis… encontros com o passado, que até há pouco tempo atrás era o meu presente.
Dia que talvez pelo dia cinzento me deixou melancólica, pensativa com os meus próprios botões, porque será que as pessoas não são o que parecem… porque têm medo de me dizer o que pensam de mim… pior porque não me enfrentam.
Nunca fui desonesta, falsa ou mesmo cínica com elas… aliás é uma falta minha! Não o sei ser, no entanto não deixo de reparar que me tratam como se estivessem vendidos… desconfortáveis.
Por um lado a cabra que habita em mim até acha graça a isso… por outro cansa-me estas atitudes infantis de quem não sabe separar o que foi laboral da realidade corrente do agora.
Mas seguindo em frente deixem-me que vos dia que hoje foi também o dia de volta ao combat e a companhia da “querida” que tão sabiamente me aconselhou quarta-feira passada… Infelizmente só consegui voltar hoje… pelo que penso que estes dias sem treinar a aula me fizeram ficar mais atrasada… bolas eu que a queria acompanhar e mostrar que estou a evoluir… (aiii esta minha língua venenosa! Não resisto sou humana e é mais forte que eu…)
Posso dizer-vos que ela estava no seu modelito completamente combinado… calça igual ao top, fita igual ao ténis… posso dizer-vos também que baixou os olhos para o chão e se afastou de mim o mais humanamente possível, e eu não entendo porque… não lhe fiz mal nenhum… sou uma incompreendida…
Agora a sério, não entendo esta moda dos ginásios… sei que nada tenho com isso mas o que raio é que esta gente vai para lá fazer? Treinar? E podem explicar-me como?
Eu saio de lá rota…literalmente acabada… desgrenhada… suada…vermelha… ofegante!
Elas saem finas, frescas e fofas! WTF??? Mas como raio é possível?
E depois ainda olhem de cima para quem vai de facto maltratar o corpo para lá?
Comigo não violão! Estou desejosa que me seja facilitado o 2º round… a cabra anda com uma sede ui!
No entanto e tirando o facto de me sentir observada a força toda pelo PT, não… não estou a ser convencida!
Sinto-me exposta a um RX quando entro e quando saio da aula… e “sinto” esses mesmos raios durante o tempo de treino, as coisas hoje correram bem… treino intensivo… faixas duras… aula FABULOSA!
O rapaz sabe o que faz, dou com todo o prazer a mão a palmatoria… além de ser jeitoso como o raio que o parta, digo já com todas as letras. Mas tem prazer no que faz… sai também ele suado e completamente despenteado e isso meus amigos é dar o corpo ao manifesto e não apenas fingir e dá gozo acompanhar quem desta forma se entrega.
A parte disso hoje tive a hipótese assustadora de assistir aos metrossexuais, libélulas saltitantes que agora estão na moda e que não sabem se são peixe ou se são carne… e confesso desde de já que não tenho paciência nenhuma para aturar um homem que demore mais tempo que eu a arranjar-se e a decidir o que vai vestir para sair.
E menos paciência tenho para ver estas “coisas” a fazer uma aula preocupados com o cabelo que fica fora do sitio… correndo o risco de ficarem com alguma coisa fora do sitio mesmo porque vão fazer uma aula como o combat com calções tão curtos que são um atentado ao bom nome até para a minha deturpada moralidade.
A minha sorte? Consegui disfarçadamente transformar um ataque de riso, num ataque de tosse!
Continuo a achar que a culpa é sem dúvida minha que me entrego ao que faço sempre 110% mas pronto… quem sou eu para criticar a moda… e o bom gosto?
Sou só alguém que esta literalmente POR DENTRO DA MODA! Suas espécies mal-amanhadas de assassinos do bom gosto!
No final do dia e agora neste instante que transponho para o pc o dia-a-dia desta sexta cinzenta e chuvosa… não posso deixar de sentir o sorriso que mantenho no rosto e dizer:
É verdade sim…. Por pior que nos corra o dia há sempre algo que nos faz sorrir! Obrigada por me fazeres ver isso! Mais? Obrigada por estares ai… tens sido uma companhia fabulosa!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Caiam as máscaras

Não tenho paciência nem a mínima simpatia por essa raça que prolifera como plantas daninhas em campos de flores brilhantes e harmoniosas...
Irritam-me, enervam-me... tiram-me do sério de uma forma tal que dou por mim a cerrar os dentes e fechar as mãos em formatos de punhos para me controlar e não lhes arrancar a máscara á força de uma chapada bem assente.
Assustam-me com a capacidade sufocante que têm de se infiltrar num meio e mimar o ambiente até ele assumir o cheiro sufocante e podre da putrefacção do carácter.
Vivem de aparências, do que parece bem, do que ajuda a assumir algo que não são a mostrar o que não valem!
Mas o que de facto me arrepia é reparar que são o que maioritariamente encontramos… no bar, na rua, no trabalho… sorrisos amarelos acompanhados de palmadinhas nas costas numa forma subtil de procurar o sitio certo para enfiar a faca… o sitio que faça mais estrago e que destrua mais.
Não consigo… a sério que não e eu até sou uma mulher forte acreditem, mas sinceramente estou a ganhar fobia as pessoas… alergia crónica! Há dias que sinto a maldade que emana… a falsidade que se desprende e se vem colar ao meu corpo deixando um cheiro fétido e acre da hipocrisia que nos rodeia.
E depois elas tendem a ter a capacidade reservada as lapas de se colarem a quem as afasta, de imporem as suas ideias, as suas opiniões… de quererem desabafar os seus problemas mesquinhos e banais…
Não me achem fria ou desumana ao dizer que os problemas são de pouca importância para mim… sei o que são problemas a sério, sei lidar com eles sozinha (por opção ou não!), sei apoiar quem precisa (com palavras ou gestos), e o que me mostram estes arlequins que habitam por este mundo fora não são problemas são anedotas.
Que se passa comigo? Porque será que ultimamente a minha capacidade de tolerância esta tão reduzida aos mínimos… sinceramente não sei! Mais sinceramente ainda? Não quero saber.
O que sei é que tenho uma família que luta todos os dias, que se levanta pela manha plenamente consciente dos problemas que nos rodeiam mas sempre com muita força e poucas lamentações… sei que tenho uma irmã de alma que está numa luta constante a procura de um trabalho (sim trabalho cambada de parasitas medonhos… não de emprego), que lhe permita aguentar a sua vida e colocar comida na mesa, roupa no corpo e aprendizagem na mente do meu sobrinho lindo… porque carinho no coração e coragem na alma ela dá-lhe de sobra, e apenas tem recebido noticias más… portas fechadas! Mas não desiste! Nunca… Desistir não faz parte de quem é grande!
Sei com a certeza que ainda não estou louca que tenho seres que me rodeiam, poucos mas bons que se assumem pelo que são, sem medos… de cara lavada e coração puro!
Mas a sério que me custa ter de lidar diariamente com esta cambada de vermes que apenas ligam as aparências, ao que fica bem… como ficar bem numa foto ausente de vida…limpa de emoções!
Se calhar o problema sou eu! Espero sempre mais… quero sempre mais… vivo sempre mais.
Mas por um lado como poderia eu viver sem ser eu? Sem rir quando o motivo era para chorar? Sem gritar, sem falar… sem mostrar os meus pontos de vista estando-me a cagar se isso me vai trazer mais inimigos a costa?
Será que pelo facto de amar demasiado a vida me faz ser um alien nesta humanidade de seres que apenas sabe viver em porções mínimas e medidas com balança precisa? Eu que gosto de “cozinhar” a olho? De misturar o verde no azul? Os quadrados com as riscas?
Peço-vos com a força de alguém que sabe o que está para vir, retirem as máscaras… respirem fundo! Orgulhem-se do que são!
E vivam a vossa vida! Deixem os outros viver a deles!
E se possível lutem pelo melhor de um todo e parem de puxar a corda cada um para o seu lado porque ela arrebenta e aí! Aí acaba a brincadeira e vai ser um sarilho!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Perfeição

Sempre me disseram que o perfeito é inimigo do bom...
Aliás sempre desconfiei das coisas perfeitas... das pessoas perfeitas...revejo-me apenas em momentos perfeitos, que raramente acontecem e por isso têm a capacidade de perdurar.
Se eu ouvir algo como "o fulano fez o meu dia ficar perfeito... ou o meu marido é perfeito" fico com os cabelos da nuca eriçados e o pé atrás instintivamente.
Não existem perfeições, o ser humano é incapaz de tal feito, e sinceramente quanto mais perfeito me parece alguém mais desconfiada fico.
A natureza tem a capacidade de criar momentos perfeitos mas mesmo ela… na sua magnitude pura é incapaz de a alcançar sempre… e sinceramente é no meio do imperfeito que se alcança algo… que se evolui.
Ontem estava entretida a ver a Oprah a ouvir entrevistas entre ela e supostas donas de casa de vidas “perfeitas”, naquele estado em que estamos no limbo… entre a realidade e o mundo dos sonhos, quando algo me captou a atenção.
Perguntava ela a uma das senhoras: “Nunca desconfiou de tamanha perfeição? Não houve indícios?”
Ao que ela responde “indícios havia mas nada que me levasse a suspeitar de algo!”
A sério que me deu vontade de rir… Vá lá nem ela que deu a resposta acredita nisso… E por motivos simples e básicos que aprendemos a nossa custa desde de pequenos:

1.      Uma mentira custa a manter, dá trabalho, cria falhas… consequentemente é detectada.
2.      Alguém que vive do nosso lado durante anos, que dorme e acorda connosco, que divide tudo… acaba por se tornar previsível… acabamos por ver que alguma coisa não bate… não faz sentido.
3.      Somos por norma curiosos… é a nossa natureza. Logo se isto nos salta a vista nós investigamos… e descobrimos. O que fazemos depois com essa informação são outros quinhentos.

Está certo que cego é aquele que não quer ver… e a conclusão que tiro é que muitas vezes vivemos durante tanto tempo no nosso mundinho… de falsas aparências, de perfeição imperfeita que acabamos por nos acomodar e fingimos que as evidencias não estão lá… que imaginamos coisas.
Agarramo-nos tantas vezes ao que julgamos ser o correcto que esquecemos o que somos… e isso sem raça, credo ou sexo! A verdade é que existem pessoas… em maior quantidade que menor infelizmente que se casa, junta, amantiza ou o que seja e se anula… de uma forma que caracteriza uma morte prematura da personalidade… deixa de ser quem sempre foi e depois é normal que o mundo perfeito onde vivem… o seu pequeno “castelo de cartas” seja protegido a todo custo… e a preços muito elevados mesmo.
No fim do programa a Oprah disse algo que para mim resume em tudo o que se passa hoje em dia… foi mais ou menos assim:
“Por norma a primeira aparência que alguém nos mostra é a realidade do que é… Se ele nos mente é um mentiroso… se nos trai é um traidor!” eu tenho de acrescentar se, se mostra perfeito é de fugir…
Porque não existem vidas perfeitas… pessoas perfeitas… existem momentos perfeitos e esses são tão raros que devem ser estimados e aproveitados.
Vivam sem medo da imperfeição… tal como a morte não é tão feia como a pintam é apenas algo que faz parte da vida… e que quando aproveitada tem a capacidade de nos mostrar que mesmo no meio dela… o perfeito acontece!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Velhos são os trapos

Para mim que vejo no meu avó e nas pessoas mais velhas um porto de abrigo, não é nenhuma surpresa. Aliás a força de vontade... a coragem das pessoas mais velhas não é algo que me surpreenda, não é apenas algo que conto, que não me deixa admirada.
O comportamento dos mais novos, com relação a eles, e ao que se passa a volta é que me envergonha e me deixa agoniada.
Estamos na época do olha para o lado, do finge que não vê... a época do não quero saber desde de que não influencie a minha "maravilhosa" vida, o meu “perfeito” dia-a-dia.
O facto de sermos capaz de viver num prédio sem saber quem é o vizinho já não me admira, mas ver que as pessoas são capazes de passar ao lado, de alguém a ser maltratado, ofendido, abusado... ao lado de alguém a ser assaltado sem nada fazerem, deixa-me triste... aliás ofende-me pessoalmente.
Por isso não podia deixar em branco a coragem de uma mulher, em relação a mais de 5 miúdos em Inglaterra...
Plena luz do dia, 4 ou 5 marmanchos armados de bastões, atacavam impunemente uma montra de uma ourivesaria... não era á noite era de dia, numa rua movimentada... ninguém fazia nada.
De repente do nada, vem a correr uma senhora de idade já avançada, armada apenas da sua carteira de mão investe agressivamente contra os assaltantes, uma... duas... várias vezes. Bolsadas atrás de bolsadas, até os afastar da montra... até os dissuadir do roubo... até os colocar em fuga....
Interruptamente... uma atrás da outra, até inclusive ter impedido dois deles de fugirem... e apenas após este acto de altruísmo... de coragem...de alguém que já passou o suficiente para não permitir que quem é honesto e ganha a vida a trabalhar seja defraudado dos seus valores é que os mais novos que observavam actuam... que ganhem finalmente tomates e fazem o que lhes compete.
Não posso deixar de me interrogar em que época vivemos, onde o ideal é fazer ouvidos de mercador e passar ao lado... onde o estender de mão é fora de moda.
Como é possível ser necessário uma "velhota" ter de impedir um roubo porque aqueles que supostamente tem força física não o fazem...
Pergunto-me como consegue esta gente chegar à noite e repousar sem sentir um peso nos ombros a cabeça na almofada...
Vergonha... é a única coisa que sinto!
Estendam a mão a quem já cá anda a mais tempo mas com respeito e humildade... vão ver que ainda vão aprender muitas coisas com aqueles que supostamente mais nada têm a oferecer a humanidade.
A esta senhora... aos mais velhos como ela o meu sincero agradecimento por ainda não terem desistido de nós... por acharem que ainda valemos a pena. E as minhas sinceras desculpas pela forma injusta como os tratam... Nunca se sabe, pode ser que abramos os olhos e ainda não seja tarde de mais.
Valente!

Hipótese

Hoje foi dia de me armar em dondoca sem nada para fazer, levantei-me mais tarde agarrei no saco do ginásio pedia a minha mãe que me substituísse de manhã na loja e lá rumei eu ao dito cujo.
A verdade é que já que as mudanças têm vindo a ser uma constante na minha vida e já que me tenho adaptado a elas, pensei em dar uma hipótese aos PT lá do sitio de me estruturarem um treino sem ser apenas aulas, mas que ao mesmo tempo me ajudem a nível muscular e ósseo, que o DNA avança e há que começar a tomar precauções.
Por isso quando me inscrevi nesta nova maravilha da tecnologia que é este ginásio, dei autorização para me marcarem uma consulta com um PT de forma a termos uma ideia de como estou fisicamente e ver o que se poderá alterar no treino visto a melhorar o que já pouca solução tem.
Ora bem eu não sou uma mulher pequena e franzina, além disso o tipo de desporto que pratiquei, embora não tendo sido de uma forma profissional, foi o suficiente para me trazer uma estrutura meio amazona, que definiu desde de cedo como me mostro e como me vêem.
Por isso acaba sempre por se tornar divertido, ver os mais novos, tentarem consolidar um treino que me esgote e me faça sentir que poderá haver resultados.
Confesso aqui que a “pequena” hoje até conseguiu.
Gostei dela de inicio, sem muitos floreados nem conversa barata, directa ao ponto. Concisa no que poderia ser e no que eu de facto queria, com mais que uma sugestão para a mesma ordem muscular, justificando as suas opções e mais importante ouvindo as minhas.
Não fez nenhum bicho de 7 cabeças o facto de eu gostar de combat, ficou surpreendida por eu ter como ela diz “demasiada força de braços”, embora tivesse inteligentemente chegado à conclusão que isso se deve ao facto de eu não fingir que faço a aula, mas que me entrego quando a faço.
Surpreendeu-me a mim pois conseguiu num circuito deixar-me cansada, de forma suficiente para tirar a conclusão que após os 68” do treino que me sugeriu irei sentir os efeitos desejados e necessários para libertar a mente e “castigar” o corpo.
Agora o que me deixou de facto surpresa foi o puxão de orelhas que levei:
“A Utena não come o suficiente. Não me faça ter de andar em cima de si não? Quero que coma de 2 em 2 horas e que coma bem 1 hora antes de vir treinar para puder queimar as calorias todas que deseja!”
Ora depois de ter fechado a boca e de me ter passado pela cabeça um “EM CIMA DE MIM?!?!?!? AINDA SE FOSSE UM GAJO JEITOSO!” concordei com ela, de facto a minha alimentação não tem sido a mais saudável ultimamente, não porque tenho comido porcarias, mas sim porque não me tem apetecido comer ponto.
Mas isto é como tudo e se eu tiver de tomar vitaminas também as tenho de ingerir, e se é para dar uma hipótese a uma mudança de treino, terá de ser uma justa e sem batotas.
Por isso para além de manter o combat, que ela nem pensou em alterar (eu consigo ser intimidadora quando quero), e de começar a fazer uns alongamentos para as minhas dores lombares (maldita idade), vou fazer religiosamente pelo menos uma vez por semana este treino, e compensar o que perco com o trincar ou beber de algo com o intervalo máximo de 2 horas entre deglutição (esta foi forte agora).
E prometo manter o espírito aberto a esta nova fase para não cortar evoluções, eu vou dando notícias das evoluções.
E nestas alturas que me apetece dizer:
“Olá eu sou Utena e estou aberta a mudanças a 1 mês e alguns dias!” J
A sim é verdade, quando acabei o treino fiz-me de dondoca parte II com o tratar da maquilhagem, vestir-me, e meter-me no carro directa ao trabalho que isto de andar de cú solto não é para quem quer é para quem pode e gosta. Aqui a je não tinha paciência.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Porque Será?

Porque será que ultimamente tenho a impressão de estar literalmente a dar pérolas a porcos?
Não a sério, não estou a querer ser a vítima da zona, a choramingas lamechas... não tenho paciência para isso e sinceramente nem sei ser.
A verdade é que aquele ditado do "Quem mais chora mais mama", não resulta comigo porque não sou de baixar cabeça nem de puxar lustro a quem lida comigo diariamente ou não.
Sou apenas eu, com o que de bom e de mau isso possa significar, não forço a minha presença a ninguém, não peço a presença de ninguém e estou sempre presente para quem precisa.
Peçam ou não, tenho a estúpida mania de estar sempre disponível… uma espécie de ombro amigo/colo grátis/conselho ao quilo…E mesmo tendo eu a fama de ser nua e dura no que digo, sem floreados, passagens de mãos na face ou outros salamaleques que tal, sabem que estou lá para ouvir, ajudar e muitas vezes resolver os problemas… mais vezes causados por eles próprios que outra coisa.
Não posso no entanto deixar de contrastar duas coisas maravilhosas (e sim se já me lés a algum tempo denotarás um sarcasmo por trás desta afirmação):
1º Tirando a quantidade que não enche uma mão, nunca tenho quem ajudo disponível para ajudar…Não que eu siga os conselhos, ou exponha os meus problemas, a quem nem os deles sabe resolver, mas confesso que as vezes a companhia nem que fosse para me fazer erguer os olhos ao céu ia saber bem.
2º Quando por um acaso do destino não estou disponível, porque não posso, porque não me apetece… arma-se o carmo e a trindade… e só não estoira a 3º guerra mundial, porque eu tenho fama de ser mais belicamente destrutível que as supostas armas de destruição maciça que possivelmente haveria no Iraque.
Por isso não posso deixar de chegar a conclusão que no meu caso, a quem não assusta a solidão… que nunca se escondeu por trás de um livro para não demonstrar que esta sozinha numa esplanada… alguém que só por si sente prazer na sua própria companhia… que numa tarde de verão ao pôr-do-sol, não tem problema nenhum de invadir o espaço de “pombinhos” enquanto relaxa tendo como companhia uma caipirinha e os seus botões que o ditado “Mais vale só que mal acompanhada” assenta que nem uma luva.
Porque convenhamos ando demasiado cansada de ser sempre eu a querer… sempre eu a ir… sempre eu a lutar!
Por isso façamos uma experiência como fazíamos no tempo de escola que tantas vezes me faz sentir nostalgica.
Por um mês vou deixar de estar disponível para quem for… atenção, isso não significa que vou virar ermitã… velha chata sempre vestida de chinelos acampada em frente a TV. Não significa que vou desfrutar da minha companhia, da companhia de quem de facto sempre esteve do meu lado para pequenos/grandes momentos partilha…de gargalhadas e de ataques de choro descontrolado… alguém que sabe o que preciso só porque suspiro de maneira diferente… e o resto do mundo… se me quiser terá de vir a mim… com vontade de dividir um serão e não monopoliza-lo… porque senão meus amigos a fonte secou…
Garanto-vos como daqui um mês as novidades deste texto vão ser no mínimo interessantes… no máximo… bem o meu máximo é sempre muito a frente e dificilmente explicável.
Mas uma coisa garanto a velha Utena, mau feitio e indisponível… a Utena que prefere estar sozinha a enfiar-se no meio de um grupo que sejamos sinceros nada trás de novo… esta de volta.
E isso significa que o esta para o bem e para o mal!
Porque de bem levam tudo de mim… de mal também, mas não da maneira como imaginam… Aliás é 1000 vezes pior.
A tempestade continua…só esta ligeiramente disfarçada.

One last cry



Porque muitas vezes é preciso uma última lágrima, que nos faça respirar, erguer os ombros  e seguir em frente...
Adoro a música, apaixonei-me pela voz e a letra… convenhamos até diz quase tudo... Faz parte de mim partilho com vocês

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ups I did it again!

Não! Tenham calma que nada tem a ver com a música da Brit Brit... quero apenas relatar mais uma das que me acontecem na minha vida... daquelas que só me poderiam acontecer a mim.
E depois admiro-me eu de ter "inimigas" juradas sem ter culpa nenhuma... e o mais engraçado? Não tenho mesmo!
Quem me conhece minimamente bem, sabe que eu não sou grande de fã de ambiente de ginásio. Aliás nem de ambiente, nem de mentalidades, nem das chamadas seguidoras aguerridas dos profissionais que lá ganham o seu pão de cada dia… pão ganho e carne oferecida (pronto ok vou tentar não ser acutilante e má língua)
A verdade é que tento ser o mais humanamente possível educada com toda a gente, simpática o suficiente para não ter de fazer uma guerra sangrenta das 24 horas do meu dia.
Logo coloco o meu sorriso 35 quando entro, cumprimento toda a gente com um sonoro “boa noite como esta?” e mantenho-me no meu canto, sossegada e quieta, bem comportada QB, para fazer a minha aula que tão bem partida me deixa.
Uma das coisas que nunca faço, e ai sublinho o nunca, é partir do princípio que sou melhor que os outros, que modéstias a parte no Combat até sou, e muito menos parto do pressuposto que alguém quer a minha opinião. Aliás a minha experiencia diz-me que quando isso é feito, o destino trata de nos dar um belo de um pontapé no traseiro que deveria servir de abre olhos, mas que infelizmente para muita gente não acontece.
Ora estava ontem esta vossa amiga a colocar as ligaduras para entrar para a aula, num estado meditativo/vegetal de forma a não ouvir os disparates que abundam por metro quadrado no ginásio, quando se chega a mim uma menina, provavelmente a líder lá do sítio, com as suas calças número acima e o seu top número abaixo, espeta o peito para fora e diz: “Olha querida, não te preocupes se não apanhares a aula à primeira tá! Que isto aqui o ideal é divertiste-te depois vês que eventualmente apanhas o jeito!”
Na altura confesso que me passou muita coisa pela cabeça:
1º Detesto que me tratem por querida. (Logo aí saltou o chamado instinto assassino acompanhado pelo levantar de sobrancelha esquerda. Sinal de fuga para quem me conhece. Ela não entendeu. Vai ter hipótese para isso. Ui se vai!)
2º Nunca na minha vida eu iria dizer tamanha barbaridade sem saber que tipo de treino a outra pessoa faz. (Mas isso sou só eu! Que sou parva e tal)
3ºPassou-me pela cabeça manda-la logo pró pai de todos nós, mas ao em vez disso ri-me (mau sinal) e disse: “Já fazes combat a muito tempo?”
“4 Anos – Responde ela”
“ Ok espero um dia chegar a tua altura!” (Quando o inferno congelar e eu embrutecer completamente)
4º É melhor respirar fundo que isto anda difícil e ainda quem paga as favas é esta amostra em frente de toda a gente!
Ora entra a menina aqui na aula, coloca-se no seu cantinho, bem afastada do centro das atenção, que eu sou bastante perspicaz e entendo meias palavras muito bem e ouço o treinador dizer, bem hoje vamos voltar aos velhos tempos, penso fixe… mesmo o que eu estava a precisar… aula por impulso sem pensar… só deixar o corpo levar! E levou… meus amigos como levou… ao limite, até pingar gota a gota de suor e me arrancar sorrisos fáceis do rosto… pelo menos até ouvir a seguinte tirada de cima do palco ampliada pelo microfone na voz rouca de cansaço do instrutor:
“A aluna nova é nota 20. Parabéns estilo e técnica perfeita. Capta no íntimo o espírito do Combat”
Juro que quase senti as caçadeiras a virarem para mim e a engatinhar prontas a disparar… e pensei: “Pronto esta tudo f@dido... Eu bem tento!”
E pronto… F@dido por cem, f@dido por mil né?
E eu até gosto de deitar lenha na fogueira…Quando sai olhei para ela e disse:
“Obrigada pelo conselho… sim de facto o combat acaba por entranhar na pele e torna-se único connosco. Fazes á 4 anos não é? Dá-lhe mais um a um e meio e chegas lá. Ou pelo menos melhoras mais um pouco. Bom fim-de-semana!”
E vim embora com um sorriso rasgado a pensar de mim para mim:
“A cabra está de volta! E vem com sede.”
Até porque convenhamos… a certas coisas que se podem evitar… mas a vida ia ficar tão monótona…
Já agora… o jacuzzi estava óptimo e depois do treino intensivo e da piçada  final caiu que nem gingas…
Bela forma de controlar uma tempestade J